O Natal é uma época tradicionalmente consumista. Somente os últimos anos fizeram Portugal esquecer um pouco essa tradição de gastar subsídios de Natal em presentes ou em refeições “melhoradas”. Aliás, deveria antes dizer que Portugal não se esqueceu, mas sim viu o governo “reter na fonte” esses subsídios, tanto parcialmente como na totalidade. Este ano, porém, a “coisa” é diferente.
Esquecendo-nos da parte alusiva à comemoração cristã do nascimento de Jesus Cristo, verifica-se a existência de uma componente, praticamente toda ela, preenchida por mais gastos monetários, por parte de quase qualquer cidadão. Porém, são épocas como esta que fazem um país empobrecido, como é o nosso, retomar “as rédeas” do crescimento. Aliás, verificar-se-à que este Natal terá sido mesmo um dos melhores, em termos económicos, dos últimos anos, no que diz respeito ao registo de utilização de cartões de débito e de crédito.
Por isso, o facto de o Tribunal Constitucional (TC) ter decretado a obrigatoriedade de as pessoas receberem os seus subsídios, ou parte deles, faz com que a economia melhore, e Passos Coelho ainda tenha de agradecer ao colectivo de juízes do TC, único orgão deliberativo a que o governo vai retirar verbas no Orçamento de Estado para 2014, pois este TC está a fazer um verdadeiro serviço à Nação. Obrigado, TC!
Crónica de Nuno Araújo
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