Fazer anos não é assim tão fixe…

Ora viva!
Para quem não sabe eu fiz anos no domingo passado. Sim… Eu sei que se esqueceu de me dar os parabéns… Shame on you! Agora, para castigo, vai ser obrigado a comentar esta crónica dando-me os parabéns! Pumba…
«Ei… Pst… Onde é que você pensa vai? É só depois de ler tudo, não é agora. Primeiro lê, depois logo comenta, ok?! Obrigado.»

Ora continuando… A partir de ontem decidi que nunca mais faço anos! Não que me importe com o facto de ter mais um ou dois anos em cima. O que me chateia mesmo é a despesa que fazer anos acarreta. Eu ainda sou do tempo em que fazer anos significava ganhar algo: ou roupa, ou prendas, ou até dinheiro. Hoje em dia é exactamente o contrário. Fazer anos é dispendioso, trabalhoso e dá muitas dores de cabeça. Já não falando que cada vez ganhamos menos prendas nesse dia. É quase como se fossemos até à igreja e, em vez de sairmos de lá mais ricos de espírito, saíssemos de lá com o espírito na mesma mas mais pobres na carteira!

Se não acredita no que lhe estou a dizer aqui ficam dois excelentes exemplos:

Como um bom aniversariante que se preze decidi fazer uma festa para a família, no meu dia de anos. O “problema” foi quando os meus amigos disseram que também queriam que celebrasse com eles. Então e agora?! Juntar a família e os amigos, numa só casa, não ia dar… Até porque a casa não é muito grande e o frigorífico não aguentaria com tantas minis. Levar toda a gente para um restaurante e fazer um jantar de grupo? Sim, era uma opção. Mas a ideia de juntar quem me trata por, “filhinho” ou “meu menino”, na mesma mesa daqueles que me tratam por, “fanfarrão”, “Gilton”, ou outras alcunhas ainda piores, tinha tudo para correr mal. Decididamente esta não era a melhor solução.

O que fazer… O que fazer… Ah! Já sei. Vou fazer duas festas, pensei eu.

– A primeira foi um jantar de grupo, com os amigos, na véspera. Até aqui tudo baril. Cada um pagava o seu, não existiam despesas para mim. Mas o pior foi depois… Depois, o aniversariante teve de pagar uma rodada. pois as regras assim o ditam! Agora eu pergunto?! Quem é que foi o anormal que inventou estas regras? Um tipo que faz anos a 29 de Fevereiro, só pode! Então que lógica é que tem ser o aniversariante a pagar as bebidas? Hum?! Não deviam ser os amigos a pagar copos ao “bebé”? Tipo, cada um pagava-lhe uma bebida, ou assim?! Isso sim era uma regra como deve ser, não esta regra parva. Pff…

– Depois, no dia seguinte, foi a vez da família vir aqui almoçar a casa. E veja lá se adivinha quem é que pagou tudo?! Pois… O aniversariante! É porque com a família não há cá aquela história do «cada um paga o seu». Ai de mim que me atrevesse a apresentar uma conta à minha mãe, levava logo uma “estampilha”, que até dava três voltas nas cuecas sem tocar no elástico.

E é por todas estas razões que eu que pergunto: será que compensa? É que bem vistas as coisas, não me parece que fazer anos seja lá um grande negócio para o aniversariante… Ok, é certo que recebemos prendas, somos abençoados pela companhia das pessoas que amamos e blá, blá, blá. Mas, para isso, eu podia perfeitamente ir até a casa deles. E eles nem precisavam de me dar nenhuma prenda. É que com o dinheiro que ia acabar por poupar, em comida e bebida, dava perfeitamente para me ofertar umas belas de umas prendas jeitosas. Assim, sim, seria um bom negócio.

Por isso pessoal! Esqueçam essa história de fazer anos. Deixem-se estar como estão que só ficam é a ganhar. Mantêm-se jovens, poupam uns trocos e ainda ficam com uma desculpa espectacular para comprar roupa e sapatos para vocês. Esqueçam o ditado: “O Natal é quando um homem quiser.” e adoptem “O aniversário é quando uma pessoa quiser!” Este sim, vale a pena ser partilhado e divulgado.

Até para semana pessoal. (Ah! Já me esquecia. Agora é a parte em que deixam o comentário, com os parabéns, à minha pessoa!) Obrigado