Feliz Dia da Gaja!

Ora viva!
Hoje celebra-se o Dia Internacional da Gaja! Um dia mais ou menos como o da Mulher, mas com menos mulheres apaparicadas e mais Gajas apalpadas.

O Dia Internacional da Mulher é um dia muito lindo. Muito romântico, cheio de flores, poemas, refeições fora, festas com amigas, concertos do Tony Carreira e, quiçá, um pouco de fony-fony, debaixo dos lençóis, lá para o final da noite. Já no Dia Internacional da Gaja o que acontece é bastante diferente. As flores oferecidas no domingo já murcharam, os poemas foram esquecidos e aquele restaurante maravilhoso, onde foi jantar no dia 8, está fechado. AH! E o Tony Carreira hoje não canta em lado nenhum (ou pelo menos em nenhum concerto, já em casa isso é lá com ele…) No Dia da Gaja não há cá fantasias! É tudo “puro e duro”…

“Então mas se assim é, porque raio é que havemos de comemorar um dia como este?!”

Porque sim! (Adoro esta resposta.) Porque este é um dia verdadeiro. Um dia em que as mulheres, à nossa volta, se transformam em verdadeiras “gajas”. E atenção, quando digo “gajas” não o faço em tom depreciativo, muito pelo contrário. Refiro-me a “gajas” que trabalham 8h ou 9h por dia, chegam a casa, dão banho aos miúdos, mudam as fraldas, fazem o jantar e, se for preciso, ainda vão até ao supermercado buscar a bilha de gás, porque a velha acabou enquanto faziam o arroz. Estas sim, são as “gajas” que merecem todo o nosso amor e admiração… Porque as outras, aquelas que andámos a apaparicar no Domingo passado, tiveram a vida facilitada. É muito fácil estar-se bem disposta num dia em que somos tratadas como rainhas, em que nos dão prendas, em que a única coisa que precisamos de fazer é “empipocarmo-nos” para sair. Se querem ver o que é uma mulher a sério experimentem observar as vossas mulheres, mães e amigas nos outros dias do ano. Naqueles em que elas estão em casa, a fazer 31 coisas ao mesmo tempo: lavar, passar, cozinhar, tratar dos putos, etc… e ainda assim conseguem ter um sorriso nos lábios para toda a família e a libido de uma adolescente de 16 anos desperta só para si…

“Ó Gil, não sejas assim… Eu também ajudo a minha mulher em casa.” – Dirão alguns homens ingenuamente…

Caro leitor, deixe-me que lhe diga uma coisa: se acha que “a ajuda”, já está mal! Isso demonstra que acha que está a fazer parte do trabalho dela… Nunca, mas nunca, diga tal coisa à sua cara-metade. Mas se por acaso o fizer, o melhor mesmo é procurar um bom sítio para se abrigar ou ter para onde fugir. Porque depois, assim proferir tais palavras, garanto-lhe que uma bomba irá rebentar aí por casa…

“OK! Está visto que és contra o dia da mulher! Cá para mim tu és é um enorme machista!”

Não meus amigos. Eu não sou machista. Muito pelo contrário. Sou a favor da igualdade. Mas de uma igualdade a 100%. Uma igualdade que não existe e que muito dificilmente existirá algum dia. As coisas não são iguais e é por isso que nós (homens) nascemos com uma pilinha e vocês (mulheres) com uma vagina. Uma mulher que queira ser tratada de forma igual e depois peça ao seu marido para trocar o pneu do carro, abrir o frasco da compota, trocar a lâmpada da cozinha e ainda espera que ele vá fazer duas máquinas de roupa enquanto passa a ferro, não é alguém que saiba a definição de igualdade. É alguém que procura um escravo lá para casa…

Quanto ao resto? Igualdades de direitos, exploração do sexo feminino no local de trabalho, diferenças salariais, ou até a percentagem de homens e mulheres em cargos importantes? Não me venham cá com conversas, pá! Eu também sou muito explorado no meu local de trabalho, não recebo nada por aí além, não desempenho nenhum cargo importante e até agora (pelo menos que eu saiba) ainda ninguém inventou o Dia Internacional do Gil Oliveira!.

FELIZ DIA DA GAJA!