Feliz Krampus!

Vemos sempre o Pai Natal como aquele velho de óculos, coradinho, com um sorriso carismático…

Dá prendas! Qual é a criança que não gosta dele?!

Bem, parem de enganar as crianças, o velhote é apenas uma imagem manipulada pelo cristianismo e vários contos e cartoonistas Americanos.

O primeiro a retratar o Pai Natal moderno foi Thomas Nast em 1823, século XIX.

A imagem mais actual deste bom samaritano que aparece uma vez por ano e a que se usa é a da Coca-Cola, criada em 1930 (mais coisa menos coisa).

Também graças aos contos diz-se que o Pai Natal vive e faz os seus brinquedos, ou melhor os elfos fazem, no Pólo Norte e usa como transporte renas voadoras que puxam o seu trenó (olha só quem não gasta em gota! Esperto!).

A origem de toda esta imagem, das renas e do barbudo que dá prendas, vem dos países nórdicos de um ritual pagão, e era Odin quem montava um grande cavalo cinzento e andava a distribuir prendas pelas casas.

Foi quando o cristianismo chegou aos países nórdicos que Odin passou a ser o Pai Natal.

Mas quero também falar aqui do seu “sidekick”, todos os heróis têm um, porque não haveria o Pai Natal de ter um?

Também de origem pagã e europeia principalmente de leste, Krampus eram como que um ajudante vindo do inferno.

Com cornos de cabra, coberto de pelo preto, língua afiada e comprida, imaginem a do Gene Simmons mas mais comprida, e aspecto demoníaco.

Krampus era o responsável por punir as crianças mal comportadas, e não era com uma pedra de carvão no sapatinho (seus Americanos maricas!).

Pelo Natal, as crianças malcomportadas eram levadas de casa por este demónio e era chicoteadas, afogadas, comidas ou levadas para o inferno para a punição eterna.

Desenganem-se quando pensam que o fofinho do Pai Natal é que fazia tudo, os brinquedos eram os elfos, os miúdos que se portavam mal era o Krampus e acho que se isto fosse tudo verdade a Sociedade Protectora dos Animais já tinha tirado as renas.

Ah! Para não falar que o gajo não desconta! Sacana! Paga mas é a gasosa pá.

Voltando ao Krampus.

Se eu, quando era pequena, soubesse da existência deste bicho, portar-me-ia tão bem! Eu e todas as crianças! Penso que mesmo nos dias de hoje me comportava exemplarmente.

Penso também que precisamos de um Krampus, os miúdos estão a ficar uns mimados que não dão valor a nada.

Falando a sério, como europeus, devíamos ter abraçado esta cultura pagã (não festejamos também o Halloween?) e as histórias que nos contavam do Pai Natal não deviam ser as histórias americanas.

Lanço também aqui um desafio:

Quem alguma vez escrever um livro sobre o Natal, tem de contar a história europeia e não a dos US.

O desafio é ver se são publicados.

P.S.: Bom Natal!