Festivais 2018 – Os Concertos A Não Perder

Olá caro/a leitor/a. Já não nos víamos há algum tempo, não é verdade? Desta vez, venho propor-lhe a leitura de um artigo onde poderá encontrar alguns dos concertos de festivais que não pode perder, apesar dos dias de alguns deles já estarem esgotados, mas pode ser que arranje um bilhete perdido algures na internet.

O nosso país tem estado na berra, quer no turismo, quer em termos de música, dado que alguns dos grandes nomes estiveram ou estarão no nosso país, este verão. E há música para todos os gostos. Desde música pop, até ao rock mais pesado, passando por eletrónica e jazz. Vamos a isso? Então vamos lá embarcar nesta viagem musical pelos caminhos de Portugal!

Como é óbvio, esta crónica não tem particular ordem, a não ser as datas dos festivais, por isso não estranhe se vir algum dos seus artistas favoritos mais para baixo nesta lista, se isso acontecer deve-se apenas à data do festival e do concerto em causa. Let’s go!

NOS Primavera Sound (7-8-9 de Junho)

Lorde (7 de Junho)

Não põe os pés em Portugal desde 2014, quando nos brindou com uma actuação soberba e ainda a participação com um dos cabeções dos Arcade Fire, concerto que decorreu no mesmo dia, pouco tempo depois da performance da neo-zelandeza.

Esta tour serve para apresentar o novo álbum, Melodrama, e é um dos concertos mais aguardados deste ano, seja ou não em contexto de festival. Lorde traz na bagagem maior notoriedade, comparando com 2014, mas também uma maior maturidade e novos sons. Infelizmente, desta vez não poderei ser um dos felizes contemplados em assistir o concerto ao vivo, mas garanto-lhe caro/a leitor/a, que se for um dos felizardos com essa possibilidade, vai curtir à grande o som desta miúda. Vale muito a pena!

Jamie XX (7 de Junho)

Jamie XX estará duas vezes em Portugal, em pouco mais de dois meses. Dia 7 de Junho estará em nome próprio no Parque da Cidade do Porto, no festival NOS Primavera Sound, e no SBSR, dia 19 de Julho com os seus colegas dos The XX.

Jamie é conhecido pelo seu trabalho não só ao serviço dos XX, mas também, pelo seu trabalho a nível individual e está presentemente a promover o seu álbum mais recente, In Colour,  lançado há 3 anos. É igualmente reconhecido como um dos melhores DJ’s da actualidade, aliás teve o seu mais recente trabalho nomeado para um Grammy e para um Mercury (prémio para um trabalho lançado no Reino Unido ou na Irlanda), demonstrando assim o quanto a crítica o valoriza. É, sem dúvida alguma, um dos concertos a não perder nos festivais de 2018.

Father John Misty (7 de Junho)

O projecto do norte-americano Josh Tillman está de volta a Portugal, para um concerto ao ar livre em pleno NOS Primavera Sound. Misty vem com um trabalho fresquinho na bagagem, já que lançou o seu quarto álbum de estúdio, God’s Favourite Studio, no dia 1 de Junho.  Apesar de ser recente, a crítica já se pronunciou sobre o mesmo, dando a entender que é “mais leve” que o seu antecessor e tem no geral muito boas críticas, com a Rolling Stone, a NME, a All Music, o The Guardian e o The Independent a classificarem-no com 4 estrelas em 5. Podemos verificar assim, o consenso deste trabalho e a qualidade do mesmo.

Unknown Mortal Orchestra (8 de Junho)

Os Unkown Mortal Orchestra estão em Portugal para promover o seu novo álbum, Sex & Food, lançado no dia 6 de Abril. Este trabalho tem a particularidade de ter sido gravado no Vietname, mas não só, foi também gravado em locais como o México, a Coreia do Sul, a Islândia e até a Nova Zelândia, país esse de onde é o frontman da banda, Ruban Nielson.

Nielson explica ao Ípsilon que este novo disco é “a minha tentativa de fazer sentido, de uma forma honesta, sobre o que sinto em relação aos tempos que vivemos”. Segundo o Público, é um trabalho que se inspira muito em Jimi Hendrix, logo, podemos esperar muitas guitarradas e um rock mais psicadélico em pleno NOS Primavera Sound.

Nick Cave & The Bad Seeds (9 de Junho)

Nick Cave já passou várias vezes pelo nosso país, quer fosse com este projecto, ou seja, o Nick Cave & The Bad Seeds, quer fosse com o projecto Grinderman. Eu apenas tive a oportunidade de o ver ao vivo neste segundo registo, mas consegui verificar o animal de palco que Cave é.

Esta tour é o regresso de Nick Cave aos palcos, depois de uma tragédia familiar, já que o seu filho de 15 anos morreu em 2015, o que o levou a escrever o álbum Skeleton Tree, lançado em 2016. O australiano vem acompanhado da sua banda de sempre, os Bad Seeds e era um dos nomes mais aguardados este ano em Portugal, por isso será um daqueles concertos memoráveis para quem estiver num dos festivais mais aguardados deste ano.

Rock In Rio (23-24-29-30 de Junho)

Muse (23 de Junho)

Não estão em Portugal, num festival, desde 2015, altura em que foram cabeças de cartaz do NOS Alive e preparam-se para ser, novamente, o destaque de um dos dias de um festival, desta feita o primeiro dia do Rock in Rio. Apesar de não lançarem nenhum álbum desde o mesmo ano, os Muse estão a preparar o lançamento de um novo trabalho ainda este ano, logo é plausível que possam apresentar alguns temas novos, quando subirem ao Palco Mundo a 23 de Junho.

Ainda com Drones na bagagem, a banda de Matt Bellamy é um dos nomes mais aguardados dos festivais deste ano e deverão mostrar toda a sua força característica neste concerto. Eles, que já são habituais em Portugal, e costumam esgotar, como foi o caso das duas datas no MEO Arena em 2016. Os Muse já têm história no Rock in Rio, onde estiveram na terceira edição do mesmo em solo português e em 2010, sempre esgotados, como é aliás habitual com a banda britânica.

Neste regresso ao Parque da Bela Vista não faltarão músicas como “Supermassive Black Hole”, “Uprising”, “Supremacy”, “Resistance”, “Starlight”,  ou mesmo “Madness”, sendo estes alguns dos maiores êxitos da banda.

Bruno Mars (24 de Junho)

Confesso que seria o único artista que me fazia ir este ano ao Rock in Rio, no entanto, o preço elevado dos bilhetes (69€) fez-me recuar na intenção de ir, até por não ser o maior fã dos restantes artistas presentes nesse dia do festival. No entanto, Bruno Mars animará todos aqueles que marcam presença num dia esgotadíssimo e irá pôr toda a gente a abanar a anca e a dar o seu pezinho de dança. Eu sei que o farei, caso transmitam na televisão o concerto.

Não será difícil de prever que músicas como “24K Magic”, “Versace on the Floor”, “That’s What I Like” irá colocar toda a gente em polvorosa. Especialmente se a estas músicas se juntarem outros êxitos, como “Treasure”, “When I Was Your Man”, “Grenade”, “Locked Out of Heaven” ou “Uptown Funk”. Uma coisa é certa, não vai haver ninguém parado no recinto do Rock in Rio, ou dos arredores no dia 24, na altura em que Bruno Mars estiver em palco. Aposto um milhão de euros como ninguém consegue ficar parado.

O Groove de Mars é demasiado contagiante para que não haja, um pezinho a bater no mínimo, apesar de eu acreditar que haverão muitas ancas a gingar.

Demi Lovato (24 de Junho)

É a estreia de uma menina da Disney que se tornou numa cantora de enorme sucesso no nosso país. Demi vem ao nosso país num dia em que o destaque vai para Bruno Mars, mas deixa bem assente que ela terá uma palavra a dizer e irá aquecer o público como ninguém. Isto porque, Demi é tudo menos uma cantora que fica quieta a cantar, muito pelo contrário, está sempre em movimento e coloca todos a mexer-se.

Possivelmente veremos uma Demi a experimentar os ritmos latinos que tem feito nos últimos tempos, bem como a soltar toda a sua vibe de diva da pop. “Sorry Not Sorry”, “Heart Attack” serão claramente temas que não vão faltar no dia 24, no Palco Mundo do Rock in Rio.

Katy Perry (30 de Junho)

Sabia que Katy Perry é luso-descendente? Pois é, a cantora californiana tem um tetra-avô açoreano e, como tal, regressa ao nosso país 7 anos depois da sua primeira passagem. Katy é conhecida por ter uma energia inesgotável e será isso que se pode esperar no dia 30 de Junho, no Palco Mundo. Hits como “I Kissed A Girl”, “California Gurls”, “Roar”, “Firework” são um excelente cartão de visita para aquilo que pode esperar da norte-americana.

Isso e que fale um pouco português, já que, como referi, tem família portuguesa. Quem sabe se não aprende a cantar um pouco de uma música de Ivete Sangalo, que irá actuar no mesmo dia que Katy Perry, ou até, cante um pouco da “Casinha” dos Xutos, que actuam no dia 29 de Junho, no mesmo palco.

De acordo com a organização do Rock In Rio é a única data da cantora na Europa este ano.

Jessie J (30 de Junho)

A autora de “Flashlight” está de volta a Portugal, desta vez traz na bagagem o seu novo álbum R.O.S.E. e deverá encantar os portugueses com a sua belíssima voz. Esta é a sua quarta passagem pelo nosso país e o regresso ao Palco Mundo, onde esteve em 2014. Jessie é conhecida pela sua energia contagiante em palco e, por isso, é um daqueles nomes que faz todo o sentido numa lista de concertos a não perder.

Êxitos como “Flashlight”, que já referi acima, não faltarão, bem como, “Price Tag”, “Domino”, “Nobody’s Perfect”, “Masterpiece”, músicas que deverão ser tocadas no Parque da Bela Vista, bem como algumas das músicas que fazem parte do seu quarto álbum.

RFM Somnii (6-7-8 de Julho)

Axwell /\ Ingrosso + Steve Angello (7 de Julho + 8 de Julho)

A minha primeira reacção quando preparava esta crónica e vi o cartaz do Somnii foi “oh meu deus, eu não acredito que os Swedish House Mafia vão voltar a Portugal”. E sim, caro/a leitor/a eu sei que tecnicamente não são os Swedish, mas sim os seus projectos a “solo”, até porque Axwell e Ingrosso tocam juntos no dia 7 de Julho e dia 8 é Steve Angello que sobe ao palco montado na Figueira da Foz.

Seis anos depois de terem passado em Portugal com a One Last Tour, estão de volta, embora em dias separados, mas quem sabe se não haverá uma mini reunião. Só saberá se lá for! E se for o caso, não se esqueça de nos contar e de filmar e de reportar tudo, porque eu sou fã dos Swedish House Mafia e fico com uma inveja horrível de quem tiver a sorte de ir ver estes três nomes gigantes da música electrónica a actuar, apesar de não ser um grande fã de música eletrónica.

EDP Cool Jazz Fest (11-17-18-20-26-28-31 de Julho)

Salvador Sobral (18 de Julho)

O autor do êxito, “Amar Pelos Dois” que venceu a Eurovisão 2017 e nos deu a possibilidade de realizar a Eurovisão no nosso país este ano, não é muito fã de festivais, mas o Cool Jazz, é um festival bastante singular.

Para além de se dedicar especificamente a um estilo musical (Jazz), é por norma um festival mais intimista, algo que se adequa perfeitamente ao ambiente que Salvador Sobral mais aprecia e portanto será uma excelente oportunidade para ver o músico português que está de volta aos palcos e cheio de energia.

Gregory Porter (20 de Julho)

É um dos maiores nomes do Jazz e do Soul actual e estará presente no EDP Cool Jazz Fest no dia 20, para demonstrar o porquê de ter este rótulo. Acaba de lançar um álbum de tributo a Nat King Cole, o Nat King Cole & Me, sendo que algumas das músicas foram gravadas com um microfone que já tinha sido usado pelo homenageado.

Para além das músicas de Nat King Cole deverá, como é óbvio, cantar as suas próprias músicas, possivelmente as de Liquid Spirit e Take Me To the Alley, que foram agraciados com Grammys.

NOS Alive (12 – 13 -14 Julho)

Arctic Monkeys (Dia 12 Julho)

Alexander Turner e os seus macacos do ártico estarão mais uma vez presentes no festival lisboeta, sendo que felizmente estarei lá para os ver pela 3ª vez e apreciar ao vivo o seu novo trabalho Tranquility Base Hotel & Casino, bem como os outros êxitos da banda britânica.

Será, sem dúvida, um concerto muito eclético já que a banda conta com músicas com um ritmo frenético que deixam qualquer pessoa a abanar o corpinho, como outra em que nos fazem acender o isqueiro e acompanhar as palavras de Turner. É um regresso esperado e que contará com um público mais maduro e que é realmente fã dos britânicos, já que em 2014, tiveram algum público muito jovem que no fim da segunda música abandonou as filas da frente e deixaram o concerto para os verdadeiros apreciadores daquilo que os Arctic Monkeys sabem fazer.

4 out of 5”, “Do I Wanna Know”, “Flourescent Adolescent”, “Mardy Bum” e “505” serão algumas das músicas que não poderão faltar a 12 de Julho no festival que se realiza no Passeio Marítimo de Algés.

Nine Inch Nails (12 de Julho)

Os Nine Inch Nails são um dos nomes que nunca poderiam ficar de fora desta lista, até porque não vinham ao nosso país há 9 anos. A banda de Trent Reznor tem muito para mostrar aos fãs portugueses devido a este longo hiato e, segundo a Blitz, iremos ter música nova no Palco do NOS Alive.

Os NIN estão a preparar o terceiro disco, de uma trilogia de EP’s, este novo trabalho irá suceder a Not the Actual Events e Add Violence, parte I e II desta trilogia, que foram lançados em 2016 e 2017, respectivamente. Os autores de “Hurt” serão um dos nomes que leva mais gente ao primeiro dia de um dos festivais mais aguardados do ano.

Portugal.The Man (13 de Julho)

Não caro/a leitor/a, não são portugueses. Esta banda norte-americana estreia-se em Portugal, já que nos roubaram o nome, isto após fazerem uma espécie de promoção do nome do nosso país não pago pelo Turismo de Portugal, após um ano em que estiveram na berra (sim, eu sou uma alma antiga que ainda usa expressões como “na berra”) graças a um excelente singleFeel It Still”.

Será interessante ver como é que se sairão estes senhores em pleno palco Sagres, já que são uma banda um pouco “desconhecida” do grande público que conhece, maioritariamente, o single que lhes deu a notoriedade um pouco por todo o Mundo. Mas tendo publicado o ano passado o seu oitavo trabalho, terão mais do que músicas suficientes para darem um concerto muito interessante.

The National (13 de Julho)

Um dos nomes que os portugueses mais gostam, estão de volta a Portugal, isto após terem esgotado o Coliseu no dia 28 de Outubro. Esta será a 15ª vez da banda americana no nosso país e vêm cheios de garra para mostrarem o motivo de terem sido o primeiro nome anunciado para o NOS Alive.

Sleep Well Beast é o seu sétimo álbum e tem algumas músicas que reflectem a eleição de Donald Trump para Presidente dos EUA, de acordo com o Público. “Guilty Party”, “I’ll Still Destroy You”, “Day I Die”, “Nobody Else Will Be There” e “The System Dreams in Total Darkness”, serão algumas das músicas deste álbum que não deverão faltar no dia 13 de Julho, quando estiverem no Passeio Marítimo de Algés.

Pearl Jam (Dia 14 de Julho)

Desde 2010 que não colocam os pés em solo português e, desde essa data que são dos artistas mais pedidos para practicamente todos os festivais realizados na capital. Eram uma banda tão desejada que em pouco menos de uma semana, os bilhetes para os 3 dias e o bilhete diário esgotaram. Isto apesar de não lançarem nenhum álbum há cerca de 5 anos.

No entanto, é sabido que Eddie Vedder é fã de Portugal, aliás já tocou no Sudoeste a solo, durante este interregno da presença da banda norte-americana, isto enquanto vinha até à Ericeira apanhar umas ondas. O concerto dos Pearl Jam será sem dúvida aquele que irá reunir mais gente em frente ao Palco NOS durante estes 3 dias. O momento mais alto será quase de certeza, quando a música homónima do festival for tocada (porque tem de ser tocada) e em que o Passeio Marítimo de Algés cantar em uníssono “Oh I, oh, I’m still alive”.

CHVRCHES (13 de Julho)

Os escoceces CHVRCHES (lê-se Churches, ou seja, igrejas) estão de volta a Portugal, desta vez para se estrearem no NOS Alive. O trio chega ao nosso país já com o seu terceiro álbum editado. Love is Dead vendeu só na primeira semana mais de 11 milhares de exemplares e marca a primeira vez que um álbum da banda foi produzido por alguém de fora da mesma.

Sobem ao Palco Sagres, no dia 13 de Julho e não deverão de fora deixar as músicas que lhes renderam maior sucesso online.

Jack White (14 de Julho)

Um dos membros dos White Stripes e um guitarrista frenético, marcará presença no Palco NOS no último dia do festival e não tenho dúvidas que terá muita gente à sua espera. É a segunda vez que vem a Portugal em nome próprio, tendo a primeira vez sido no Coliseu de Lisboa, em 2012.

O guitarrista norte-americano vem apresentar o seu novo disco, Boarding House Reach, que foi lançado em Março, mas Lazaretto e Blunderbuss deverão dar um arzinho da sua graça. Uma coisa é certa, os fãs de air guitar têm, certamente, em Jack White um ídolo, já que o americano faz da guitarra o que quer. E claro que o grande êxito dos White Stripes deverá ser a música que fecha a sua actuação, afinal de contas é o hino de quase todos os festivais, ou não fosse ele o “Seven Nation Army”.

Super Bock Super Rock (19-20-21 de Julho)

The Vaccines (19 de Julho)

Os Vaccines regressam a Portugal, tendo continuado a ter êxito em terras de sua majestade. Sobem dia 19 de Julho, ao palco secundário do SBSR, o Palco EDP, mas se a sua fama em Inglaterra passar para terras lusas, não deverá parecer um palco secundário, já que prevejo que a pala do Pavilhão de Portugal, será demasiado pequena para albergar tanta gente debaixo de si.

Os britânicos vêm apresentar o seu novo álbum Combat Sports, o quarto trabalho da banda, tendo os anteriores tido enorme sucesso. O primeiro What Do You Expect From The Vaccines ganhou um disco de platina, o seu segundo Come of Age ganhou o disco de ouro. O terceiro English Grafitti e o de prata.

The XX (19 de Julho)

Apesar de apenas os ter visto (finalmente!) o ano passado, os XX são excelentes em palco e darão um concerto magnífico no Palco do Super Bock Super Rock, como já deram no Alive. A banda inglesa continua em tour a promover o seu terceiro álbum de estúdio, I See You. Este álbum demonstra uma nova sonoridade dos The XX com uma amostra mais eletrónica, mas sempre mantendo o seu estilo característico.

São uma das minhas bandas preferidas, logo sou suspeito, mas não tenho dúvidas que será o melhor concerto do festival, onde não irão faltar “On Hold”, “Angels”, “Crystalized” e “Islands”, entre tantas outras músicas. Podem também esperar uma boa interacção com o público presente no Altice Arena, sobretudo por parte de Romy.

Benjamin Clementine (21 de Julho)

Benjamin Clementine não é propriamente um artista que eu colocaria neste festival e digo-o de forma honesta, até porque já o vi ao vivo, este ano. O músico inglês é claramente um nome mais adequado ao Paredes de Coura, onde esteve o ano passado, ou até a um Marés Vivas, ou seja, um ambiente diferente de um festival tipicamente urbano, como é o SBSR e o Alive, por exemplo. E sim, eu sei que ele se estreou no SBSR em 2015, mas não acho que seja o melhor palco para ele.

No entanto, se for ao Parque das Nações, no dia 21 de Julho, pode esperar um músico calmo, mas enérgico e cheio de vontade de conversar com o público que o vê. “Condolence”, “London”, “I Won’t Complain”, entre tantos outros. I Tell A Fly é o segundo trabalho de Clementine e foi o que o trouxe a Portugal para uma mini-digressão este ano e que irá mostrar ao público presente no Palco Super Bock.

MEO Marés Vivas (20-21-22 de Julho)

Kodaline (21 de Julho)

Já os vi ao vivo por 2 vezes e são, sem dúvida, uma banda especial pelo carinho que têm pelo nosso país. Os Kodaline, que cancelaram o concerto deles em nome próprio por estarem/irem preparar o seu novo álbum, dão concertos maravilhosos. É um concerto a não perder pelo simples facto de irem apresentar em “primeira mão”, os resultados do seu novo trabalho e se os últimos já deram boas indicações nos palcos portugueses, não tenho dúvidas que este trará uma boa vibe.

Rita Ora (22 de Julho)

A britânica estreia-se em Portugal em formato de concerto, isto depois de em 2016 ter estado numa loja de roupa no Rossio. Ou seja, tecnicamente não é a estreia dela no nosso país. A cantora é a cabeça de cartaz do último dia do Festival e deverá ser ela a fechar o palco principal na edição de 2018.

Apesar de só ter editado um único álbum até à data, Ora está a preparar o lançamento do seu segundo álbum para este ano, e tem já vários singles e várias canções para poder preencher o seu alinhamento. Existe assim muita curiosidade para ver o que a cantora e actriz pode vir a fazer no dia 22 de Julho.

MEO Sudoeste (8-9-10-11 de Agosto)

Hardwell (9 de Agosto)

Apesar de não ser nem um dos meus DJs preferidos, nem a eletrónica o meu estilo predileto, a presença de Hardwell, considerado pela DJ Mag (revista especializada) o DJ número 1 do Mundo, é sempre de Sassinalar. Não será a última vez que pisará palcos portugueses, no entanto, é um concerto a não perder caso seja fã de música eletrónica ou fã do DJ holandês.

Shawn Mendes (11 de Agosto)

O canadiano que é luso-descendente irá subir ao palco principal do Sudoeste, nesta que é a sua estreia num festival em Portugal. No entanto, no caso de não puder estar no dia 11 de Agosto na Zambujeira do Mar, nada tema, porque para o ano Shawn Mendes volta ao nosso país para actuar no Altice Arena, no dia 23 de Março.

Mas é do dia 11 de Agosto que ainda estamos a falar e é importante referir que Mendes vem promover o seu terceiro álbum, Shawn Mendes. Sim, o álbum é seu homónimo, mas apesar da falta de originalidade no nome, tem tido uma boa crítica, sendo que apenas o New York Times deu uma nota negativa, de 0 a 5 estrelas deu 2,5, o que é necessariamente negativo, na sua totalidade. Já outros órgãos de comunicação apreciam mais o trabalho do luso-descendente. O The Independent, a Rolling Stone e a NME dão 4 estrelas em 5, a Variety dá 4,5 em 5, e o The Guardian é um pouco menos, com apenas 3 em 5.

O autor de “Mercy”, Stitches”, “Treat You Better” e “There’s Nothing Holding Me Back” fará tudo para que o público presente no MEO Sudoeste aprecie o seu espetáculo.

Vodafone Paredes de Coura (15-16-17-18 de Agosto)

Fleet Foxes (16 de Julho)

Em poucas palavras se define esta banda: Ritmo alucinante. Estava presente no NOS Alive do ano passado, numa “tenda” à pinha, quando vi um homem aos pulos a entrar no palco cheio de energia e tudo pronto para entoar as músicas dos norte-americanos.

Apesar de não ser o maior conhecedor da banda, (afinal de contas apenas os conheci o ano passado), incluo-os nesta lista por ser um concerto imperdível para quem no ano passado não pode estar presente no festival que decorre no Passeio Marítimo de Algés. Se tocarem os êxitos: “Mikonos” e “White Winter Hymnal” já fico muito feliz.

Arcade Fire (18 de Agosto)

Apesar de terem esgotado o Campo Pequeno há uns meses, os Arcade Fire são uma banda que em caso de gostarmos das suas músicas, devemos estar presentes nos seus concertos. E quem vos diz isto é alguém que, quando vieram ao Rock in Rio há coisa de 4 anos e tendo eu bilhete para o dia em concreto, acabei por não assistir ao concerto por culpa de terceiros. Juro, eu queria ter visto o concerto e tal qual uma criança fui quase arrastado para fora do recinto, enquanto a banda canadiana tocava a sua música mais famosa da altura e, ainda hoje, uma das suas músicas mais icónicas, a “Reflektor”.

Neste concerto podemos esperar um misto do novo Everything Now, juntamente com os êxitos dos álbuns anteriores. Será o “típico” concerto de festival, sendo que os Arcade Fire são tudo menos uma banda típica. Podemos esperar algo de irreverente, como por exemplo, Win Butler a atirar-se ao Rio Coura, ou algo do género.

E desta vez, ninguém me impedirá de ver, pela primeira vez, os Arcade Fire ao vivo.

Pussy Riot (dia ainda não anunciado)

Uma estreia absoluta da banda punk em Portugal. Se for apreciador de Putin, talvez não seja a sua banda preferida, longe disso. No caso de não ligar a política poderá, no mínimo, estar intrigado pela performance das russas. Será também um throwback ao Mundial deste ano e logo veremos se estaremos em festa.

Sol da Caparica (16-17-18-19 de Agosto)

Virgul (16 de Agosto)

O antigo membro dos Da Weasel continua em grande forma estando prestes a lançar o seu 5º single, de acordo com uma entrevista própria para o facebook do festival. O seu rimo mais latino e tropical é excelente para o palco principal em pleno verão.

Será também especial para Virgul pisar novamente um palco neste festival, já que o músico é natural de Almada e claro que não irão faltar os êxitos: “Rainha”, “I Need This Girl” e “Só Eu Sei”, bem como outros das bandas onde passou como os Da Weasel ou os Nu Soul Family.

Expensive Soul (18 de Agosto)

O duo de Leça da Palmeira está de volta! Em Março, Nex Max e Demo lançaram o seu novo singleLimbo” e estarão a promovê-lo por vários sítios em Portugal, este verão. Mas que melhor sítio para promover uma banda portuguesa do que um festival recente, que aposta em grande parte na lusofonia?

Apesar de querem mostrar o “Limbo” a quem aprecia a sua música, os Expensive Soul estarão possivelmente a experimentar novos sons, no entanto, as músicas que levaram a banda nortenha a chegar aos 20 anos de idade não ficarão, certamente, de parte. Afinal de contas, “Amor É Mágico”, “13 Mulheres”, “O Cúpido”, “Brilho” e até “Eu Não Sei”, são músicas que não irão faltar num concerto que terá muito interesse.

EDP Vilar de Mouros (23-24-25 de Agosto)

Incubus (24 de Agosto)

A banda americana está de volta a Portugal onde não vinham desde 2012 e logo a um dos festivais com mais história do nosso país. Os autores de “Drive” regressam com um novo álbum na bagagem de seu nome 8. É mais um nome histórico neste festival, que já conta com Los Lobos ou Peter Murphy, que deverão levar alguns fãs da nostalgia à freguesia do Concelho de Caminha.

David Fonseca (25 de Agosto)

O músico português acaba de lançar o seu novo projecto, Radio Gemini, que tem um conceito completamente novo e estará a promovê-lo durante este verão com vários concertos, mas o Vilar de Mouros é um dos poucos festivais onde o músico de Leiria irá actuar.

Neste concerto podemos esperar um típico concerto de David Fonseca, muito animado, passando de música em música, explicando o conceito e contando histórias sobre as mesmas. Deverá, no entanto, ser um concerto especial, dado que não é costume ver o músico em festivais, mas sendo o Vilar de Mouros um festival histórico deverá dar o mote a David Fonseca para dar algo de diferente.

 

Quero desde já agradecer a quem conseguiu chegar até aqui, e deixar-lhe um desafio: que outros concertos em Festivais de Verão em Portugal considera serem a não perder e que não foram listados nesta crónica? Se tem alguma sugestão, não se acanhe e deixe na caixa de comentários as suas sugestões.

Até para o mês que vem (ou talvez até antes) e até lá, cante e dance ao som das suas músicas preferidas!