Flagelos pessoais: uma chatice, pá! – Ricardo Espada

Olá, gente gira! «Bem-vindos ao mundo encantado dos brinquedos onde há reis, princesas e dragões…» Eh lá, o que foi isto? Na verdade, o que eu queria escrever era «Bem-vindos a mais uma fantástica crónica de Graças a Dois», e saiu-me a letra da Leopoldina. Ah, já sei. Deve ser por estarmos quase no Natal, dá-se-me para estas coisas. É o chamado espírito de natal. Ou, então, é simplesmente pura estupidez aguda – que é algo que me atormenta há já alguns anos.

Hoje decidi trazer dois temas que têm sido uma espécie de flagelo pessoal. São actos praticados por algumas pessoas, que me levam à loucura – daí eu estar a ficar careca, meus amigos: é de arrancar os cabelos de uma forma bastante insana. Estou a referir-me  primeiro, àquelas pessoas que, apesar de um esforço enorme em contrário, ao encetarem uma conversa connosco, olham-nos não para os olhos – como seria normal acontecer –, mas sim, para a testa. E, em segundo, àquelas pessoas que, ao comerem qualquer alimento, ou beberem qualquer sustância liquida (Tirando a lixívia, hem!? Crianças, ingerir lixívia é parvo. Não é Swag. Por isso, não o fazei, ou sereis alvo de Bullying na escola. Quem vos avisa, vosso amigo é!), deixam sempre um restinho no fim.

Comecemos pelo primeiro tema: «Pessoas que nos olham para a testa, em vez de olharem para os olhos.»

Malta que tem este vício, por favor: vós sabeis o quão irritantes podem ser? É que nós estamos a falar com vocês, e vocês não nos largam o raça da testa! Levam-nos a ter de praticar toda uma série de truques para que vocês se «toquem» (No sentido figurado, ok?! Deixem-se lá de badalhoquices…), larguem-nos a testa, e olhem para os olhos. Normalmente, optamos por abrir muito os olhos, como se estivéssemos sempre surpreendidos com todas as palavras que entoam da vossa boca, durante o diálogo que travam connosco. O que é estúpido. Visto de fora, podem pensar que vocês nos estão a insultar e que nós estamos super surpreendidos, do género «Ai, meu Deus… Eu não posso acreditar no que este/esta me está a dizer… Olha o/a sacana, hem?!» Para não falar no facto de pensarmos que temos algo na testa. Fica estranho, ok? Vá, parem lá com isso, antes que eu comece a usar um corno de unicórnio, e começar a espetar-vos com ele num sitio que eu cá sei, de cada vez que decidirem por bem olhar-me para a testa durante um diálogo com a minha pessoa. Considerem-se avisados.

Passemos agora ao segundo tema: «Pessoas que deixam sempre um restinho de comida, quando acabam as suas refeições»

Pessoal, isso é super irritante. Se bebem um café, deixam sempre um restinho. Se bebem sumo, sobra sempre um restinho de sumo. Se comem uma bela sandes mista, têm de deixar sempre um restinho. Malta que deixa sempre o seu restinho, tenho uma novidade para vocês: isso é estúpido. Se durante uma semana inteira, juntar-se todos os restinhos que vocês deixam, isso dava para alimentar uma família inteira de lutadores de sumo. Não entendo o facto de, quando vocês vão a um restaurante para usufruir de uma bela refeição, optam por deixar sempre um restinho no prato. Isso é estranho. Se pagam por uma refeição, porquê deixar restos?

Tenho de confessar aqui uma coisa: a minha namorada sofre deste flagelo. Ela deixa sempre um restinho em tudo o que ingere. Seja café, sumo, sobremesa, salada, etc. Mas eu tenho uma táctica para superar este ligeiro transtorno. Normalmente, no restaurante – e dependendo dos restaurantes –, pede-se uma dose para cada pessoa. Eu não. Eu peço uma dose para os dois, porque sei que acabo sempre por comer mais que meia dose. Ah, esperem… será por isso que eu digo sempre que comi muito bem? E que, naquele restaurante servem muito bem, quando ela argumenta exactamente o contrário: que comeu mal, e que servem as doses muito mal? Hum… não admira ela andar tão magrinha… Enfim, e é isto. Então adeusinho, sim? Isso. E deixem-se de restos e de taras por testas, seres estranhos…

Até para a semana, malta catita.


RicardoEspadaLogoCrónica de Ricardo Espada
Graças a Dois
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