Fui à boleia – Maria João Costa

Pode correr mal, mas também pode ser só uma boleia, e nada mais. Pode ser o início de uma amizade, de uma história de amor, ou pode ser só o «colega das boleias» que faz das viagens de três horas e meia mais curtas.

Experimentei, fiz like numa dessas páginas de boleias Porto-Lisboa, Lisboa-Porto, e durante meses não passou disso, de um like, mas chegou o dia em que publiquei que precisava de boleia.

Há um lugar vazio, às 20h, sexta-feira. Mensagem privada no facebook e «bora» entrar num carro que não conheço, com uma pessoa que não conheço, para um lugar que acho que é o Porto.

Correu bem, ainda apanhamos o Rui no Oriente e também era a primeira vez dele, aliás, a primeira vez tinha corrido mal, foram embora sem ele. Foi a primeira vez dele sem se terem esquecido dele.

Foram três horas de muita chuva, muita conversa e troca de conhecimento. Um médico, uma mulher da internet e um senhor da televisão. Foi giro, aprendi umas coisas.

Não, não ficamos amigos, muito menos enamorados, e nem sei se chegamos a colegas de boleias, mas durante três horas demo-nos bem, e cheguei a casa inteirinha, para felicidade da minha mãe. Até à próxima, boleias.

Crónica de Maria João Costa
Oh não, já é segunda feira outra vez!