Habemus Papam – Sabine Borges

Num Conclave com elevadas espectativas, no final do segundo dia, foi eleito o Papa Francisco I. A apresentação do novo Papa demonstra um sentido de igualdade e inovação. Igualdade pois deixa de ser um Papa italiano, o que já tinha acontecido, e deixa de ser um Papa Europeu, o que se torna inovador e demonstrando que a igreja não vem só da Europa. As perguntas que pairam no ar são:
– Terá este Papa uma responsabilidade acrescida? Afinal de contas beneficiou do termo de igualdade mas trará com isso um maior sentido de responsabilidade, talvez para comprovar que um Papa é um Papa, independentemente da sua origem. Apesar de ser Sua Santidade, o mínimo erro poderá ser julgado por este não ser o tradicional Papa europeu.
– Trará ele uma nova visão sobre a religião católica? Será distante ou próximo do Papa Bento XVI?
– Que posição terá ele face aos avanços da Tecnologia?

Todas estas perguntas pairam sob as cabeças dos católicos e de todo o mundo. Nesta altura é possível ter uma real noção do impacto que a religião católica tem em todo o mundo. Milhares e milhares de pessoas encontravam-se na Praça de São Pedro, prontas a ver o novo Papa. É realmente impressionante verificar a quantidade de gente que a religião move nesta nossa era da tecnologia, em que a Ciência prevalece sobre a Religião na maioria dos casos. Mas nestas alturas, a necessidade humana de acreditar em algo superior torna-se visivelmente maior e a crença é enorme. Milhares de devotos se mobilizaram para acolher o homem que tomaria o lugar de Bento XVI, sem antes mesmo terem certeza de quem ele seria. Apenas por devoção à religião. E é esta devoção que une povos e culturas que no fundo, apesar de distintas, estão ligadas por uma mesma crença, uma mesma religião.

Resta desejar e esperar que o Papa Francisco I seja bem-sucedido neste seu novo percurso e bem recebido por todos os católicos.

SabineBorgesLogoCrónica de Sabine Borges
Cada caso… é um caso