Hegemonia benfiquista, final da Champions, Mundial e a sensação Valongo

Hegemonia encarnada onde a sensação foi “canarinha”

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Terminou a temporada futebolística nacional 2013/2014… E se na época transacta a cor predominante era um vermelho muito sépia, desta feita esse mesmo vermelho voltou com cores mais carregadas e vivas do que nunca. Campeonato, Taça da Liga e Taça de Portugal… Todos eles conquistados pelo Benfica de Jorge Jesus! Sim, quando se fala neste Benfica é impossível não associar o nome do grande responsável por estes feitos… Outrora muito contestado e “aconselhado” a sair do clube, hoje todos lhe pedem para permanecer por muitos e longos anos…coisa típica do adepto português!

Se o campeonato não deixou qualquer tipo de dúvidas quanto ao vencedor, tal foi a superioridade encarnada ao longo da mesma, bem como a final da Taça da Liga, já o jogo do Jamor teve contornos um pouco diferentes e mais apertados para os lados da Luz. O Rio Ave foi sempre um osso duro de roer e merecia mais, numa partida onde o jovem guardião Oblak se tornou, uma vez mais, uma muralha quase intransponível.

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Tal como na época anterior, o Estoril voltou a fazer um belo campeonato, confirmando um quarto posto mais do que merecido. Destaque para o trabalho de Marco Silva que, mesmo perdendo jogadores-chave do onze titular, conseguiu manter a equipa estável e organizada, sendo a grande sensação da prova. Do lado oposto esteve o Paços de Ferreira que não confirmou o terceiro lugar e a qualificação para a pré-eliminatória da Champions do ano anterior e quedou-se num 15.º lugar, salvando-se, somente, no play-off diante do Desportivo das Aves, tendo sido a grande decepção da temporada.

Noite de Lisboa inesquecível na conquista da décima

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Demorou mas chegou… A décima conquista merengue na mais prestigiada prova de clubes teve marca portuguesa em todos os sentidos! A final foi jogada em Lisboa, no Estádio da Luz, quatro portugueses faziam parte das duas equipas e o melhor marcador da competição (batendo um recorde histórico) fala a língua de Camões.

Mais uma vez Portugal mostrou a sua excelente capacidade de receber e organizar eventos de grande importância em termos desportivos. Uma organização elogiada por todo o mundo, com uma cerimónia de abertura fantástica e um ambiente excelente em redor do recinto, tudo isto a juntar a um jogo a todos os níveis apaixonante.

Numa das finais mais emocionantes dos últimos anos, Real e Atlético, equipas madrilenas, proporcionaram um espectáculo à altura dos seus pergaminhos, com incerteza quanto ao vencedor até final. Os corações espanhóis bateram forte durante 120 minutos, com maior força do lado merengue até ao golo de Sergio Ramos.

De um lado tínhamos um Atlético de Madrid, liderado pelo carismático e sempre polémico Diego Simeone, com o seu estilo muito característico… A equipa “colchonera” foi igual a si mesma, muita garra, muito coração, muita alma, enorme entreajuda e uma agressividade a todos os níveis notáveis. Faz do seu colectivo a sua grande força!

Do outro lado estava a grande potência da modalidade, o histórico Real Madrid, liderado por Ronaldo, mas que se manteve vivo na cabeça de Sergio Ramos, jogador que personifica toda a fúria espanhola que caracteriza o nosso pais vizinho. Os merengues tiveram do seu lado o facto de nunca baixarem os braços, uma garra e um crer que nem sempre acompanha esta equipa cheia de vedetas, mas que em Lisboa demonstrou essas capacidades. Tudo isso permitiu manter a equipa ligada à corrente já para lá do minuto 90, deixando para o prolongamento a resolução da partida, culminando com a conquista do troféu há muito desejado…depois de vários milhões de euros investidos!

O “amaldiçoado” Mundial do Brasil

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Com o Campeonato do Mundo prestes a ter inicio, parece que esta será uma prova com muitas dúvidas quanto ao seu possível sucesso. Para além das questões logísticas, os atrasos nos prazos de construção dos estádios, dos acidentes durantes as obras e dos inúmeros incidentes que o país tem vivido, em termos desportivos são muitas as estrelas que não estarão nesta fase final e outras que não estarão nas melhores condições.

Com tantos percalços a antecederem o grande evento no Brasil, é caso para dizer que desde o primeiro minuto em que os canarinhos foram escolhidos para receber a prova que esta se encontra “amaldiçoada”. As expectativas continuam elevadas, a incerteza do sucesso da competição tem sido evidente, agora resta esperar para ver se os protagonistas estarão à altura ou não de um Campeonato do Mundo, prova que move milhões de pessoas em todo o mundo e gere enormes paixões de infância, no mais puro e belo sentido de magia que o futebol transporta.

Razia de estrelas no Brasil – Será Ronaldo capaz de dizer “presente” neste Mundial?

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Cristiano Ronaldo é o caso mais gritante no que a nós, portugueses, diz respeito. O capitão da nossa selecção parece não ter recuperado da lesão sofrida ao serviço do seu clube e a sua participação no Mundial ainda é uma incógnita. Para além de CR7, também Pepe parece ser alvo de alguns cuidados. Falcão confirmou que não estará presente, Ribery foi dado como inapto pelo seleccionador francês e algumas lesões de última hora, em jogos de preparação, deitaram por terra o sonho de outros atletas.

Ainda assim teremos em prova jogadores de enorme qualidade e selecções de grande valor. Brasil, Alemanha e Espanha partem como claros favoritos, mas equipas como a Bélgica ou Colômbia são duas das que estão a causar maior expectativa, podendo intrometer-se e serem duas belas surpresas. Para além de todas estas não vejo outras capazes de lutar pelo título mundial. A Itália não é a mesma selecção fria e pragmática de outros tempos e o lote de jogadores convocados por Prandeli não me parecem capaz de fazer mossa selecções mais fortes. França, Argentina e Holanda têm excelentes individualidades, mas deixam a ideia que nos momentos decisivos não têm o que é necessário para dar aquele passo…e nem mesmo Messi me parece capaz de contrariar esta minha ideia. E não, não coloco Portugal entre os favoritos nem entre uma possível segunda linha…não porque Ronaldo é de momento uma incerteza em termos físicos, mas porque da nossa selecção é impossível fazer prognósticos. Já provamos que somos capazes do melhor e do pior. Já demonstramos ter capacidade de surpreender e chegar longe, como também já fomos favoritos e ficamos pela fase de grupos. Não aponto Portugal ao titulo, mas parece-me obrigatório fazer no mínimo…quatro jogos!

Quando o David venceu “os Golias”

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O Valongo é o novo campeão nacional de hóquei em patins, deixando para trás a fortíssima concorrência (em termos financeiros) de Benfica e FC Porto. A turma valonguense, formada por jovens atletas amadores, fez história ao vencer pela primeira vez o campeonato nacional.

Não podia deixar passar em claro este magnífico feito desta equipa, num campeonato onde existem dois clubes e onde o resto costuma ser paisagem. Este Valongo foi vencendo os seus jogos, fez do seu ringue um verdadeiro forte e bateu o pé a Porto e Benfica. Demonstrou vontade, organização, crença e uma garra fantásticas que tiveram o seu apogeu na derradeira jornada, na recepção aos dragões. Só a vitória servia à turma valonguense e partiram para a luta de tal forma empenhados e focados num único objectivo que nada nem ninguém parecia capaz de os fazer parar ou desistir. O triunfo chegou nos instantes finais, com um pavilhão a rebentar pelas costuras, culminando num final incrivelmente emocionante e de grande paixão.Um feito verdadeiramente notável que ficará, sem dúvida, para a história da modalidade em Portugal. Clube e adeptos sempre unidos como uma verdadeira família.

Artigo de André Costa