Hip Hip Urra…

36280by Peder Kroyer

Somos embebidos numa sociedade que parece estorvar o mundo inteiro. Até ela própria.Taxa de desemprego alta e não sei quantas medidas de incentivo de emprego. Vagas de emprego aos pacotes e quando se vai a ver, uns diazitos já chegam para nos inteirarmos da imagem empresarial, do processo de trabalho, do que a diferencia das outras marcas e pronto. A deficiência social reside na população ou simplesmente nesta onda de vagas de emprego ocasionais? E depois ainda podemos pedir…pedir muito, como quem pede a Deus que nos deixe estacionar à sua porta porque não está lá carro nenhum e depois, vamos a ver tem lá um proibido estacionar, mesmo sabendo que o resto dos estacionamentos não tem ninguém porque é parquímetro a pagar. Isto sem contar com as vezes em que nos deixámos seduzir pela indiferença; quase como estalos bem dados e ruídos barulhentos a dizer mal de nós. Até fiz uma oração à nossa senhora, e tentei puxar um cordelinhos a meu favor, pedi-lhe não sei quantas coisas até porque como os meus amigos mais íntimos sabem, o meu aniversário foi no dia 21…de Agosto! Por isso caro leitor, já não haverá razão para não felicitar o meu trabalho e dar-me os parabéns. E ainda relativamente ao emprego, quer dizer, ao trabalho, vamos ver já nem sabemos o que estamos ali a fazer, com quem estamos e o que ouvimos. Porque o português trabalha para trazer sustento à família, e relativamente a isso, podem observar nas minhas crónicas anteriores (se ainda tiverem acesso), que o sustento corresponde ao nível de saúde física, psicológica, emocional, espiritual, económica, social, conjugal e familiar. Se por isso, o português vai trabalhar para adquirir o direito 23 que consta na Declaração dos Direitos Humanos que exprime que «Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego» constado no site (https://dre.pt/comum/html/legis/dudh.html), bem que pode esquecer a questão da escolha. Por isso é que os rostos dos portugueses estão à vista – sempre sorridentes; porque à luz das teorias da lei e da psicologia positiva (que são realmente necessárias e urgentes de serem aplicadas), temos de colocar desenfreadamente dois fios a segurar os dois cantos da boca e ter a noção do smile bem pertinho de nós. Ai se o nosso Portugal não tivesse esta natureza sublime de contos de fadas, com uma fauna e uma flora riquíssimas, com apontamentos e monumentos culturais e históricos fenomenais…nada seríamos! Eu gostaria de sentir-me entrar numa empresa e ver pessoas e relações interpessoais soarem naturalmente! Sair à noite e ver naturalidade de sensações, emoções e expressões. E agora pergunto-me, o que é daquelas famílias que trabalhavam em determinada empresa e viram-na fechar? Algumas receberam indeminizações, outras nem sequer viram a entidade patronal a sair. Isso quando são em grandes empresas. E quando estas situações se verificam em pequenas e médias empresas que se dizem «como família?». Esqueçam. Empregado não é família e ponto final. Quanto muito, amigo(a), mas família? Só se for do coração. Afeição é essencial ao coração humano, assim como o amor, a paz, a felicidade e os valores que se constroem na essência humana e todo aquele que com coração puro se render à filosofia de que patrão é família, certamente mais dia ou menos dia se desiludirá. Mas Deus assim o quis, sabemos nós! Contanto, devemos de ter a noção de que só a humildade leva o grande vencedor até à vitória, ou então, ter a noção de «derrota após derrota, até à vitória final». Neste interregno que realizei ante novas publicações no +Opinião surgiram-me algumas ideias que, desde já, coloco-as em aberto ao diretor e editores: «Que tal elaborar um espaço para o leitor poder dar as suas opiniões acerca de uma crónica?»; brincadeirinha, como dizem os nossos colegas da ideia caipirinha em Portugal…fui leitora sim senhora, e gostei muito de o ser neste período de interregno. Apenas me inteirei das minhas verdades que já eram verdades para mim. A Psicologia é assim…uma desistência total numa sociedade pró-ativa, como quem pergunta: «- A que horas é para estar em X sítio? – Olhe, o fulaninho tal já lá está…» Mas o problema não é nem nunca foi da sociedade, o problema é meu; quer dizer o problema sou Eu, porque dizer somos nós estaria a denotar uma certa negatividade no outro. Como é o Todo em relação a mim? E eu em relação ao Todo? Como estou? Como sou? São perguntas comuns mas que interrogadas per-meio da vida fazem a diferença. E que diferença faz como estás e como os outros estão em relação a ti? Pergunta-te antes como é que «Eu estou perante mim?», e daí constará qual e como queremos caminhar o nosso caminho. Hã…a consciência que dói é a que se sente em nenhures e sabe de algures, tal como um gato que precisa de apanhar a ponta do fio, mas o novelo já está desenvencilhado e apenas o vai picando aqui e ali, e parece não lhe saber a nada porque não se inteirou do Todo contextual em tempo de início. Mas que diferença faz? É que dizer «Deus te pague» parece-me já tão artificial, que só do que a natureza me traz vejo a pluralidade de um agir por amor, em consequência de um mundo melhor. Se destas aprendizagens de viver me chegasse logo logo, todo o sofrimento que eu poderia evitar, seria talvez, a mulher mais feliz do mundo. Se de mim partisse a condição para oferecer as condições necessárias para melhorar as saúdes de alguém, seria muito feliz, ou talvez não. E soubesse eu erradicar a dor do mundo e segurar as duas mãos de alguém para a tirar dos cantos e das obscuridades…mas eu sou uma pequeña mujer, que observa a luz das estrelas e o espraiar do sol num magnífico céu azul. Esqueçam isto não foi de modo nenhum uma crónica da Patrícia Marques, foi sim de uma colega que estava em período de férias e que em tom de «Urra» veio dizer «Olá com um aperto de mão».

Vossa sempre amiga!