Inception – A Confusão de um Sonho

Quando estamos a dormir nunca sonhamos com a nossa morte. Sempre que temos uma situação em que caminhamos para algo que nos assuste acordamos, como um “pontapé”. Talvez a maioria das pessoas não saiba disto mas este facto não escapou aos roteiristas do filme Inception. Leonardo DiCaprio é o homem de destaque nesta produção de 2010, com a assinatura de Christopher Nolan, que nos leva numa viagem pelo mundo dos sonhos.

Quem tem uma vaga ideia das teorias de Freud, sabe que os sonhos são projeções do subconsciente sobre situações do dia-a-dia, preocupações, desejos e medos e que, tudo junto, dá origem aos “filmes” desconexos que nos acompanham enquanto dormimos.

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Na longa-metragem, Inception encontramos um mundo onde a tecnologia permitiu invadir a mente humana, fazendo com que possamos interagir com o subconsciente de uma pessoa, no caso de Inception criminosos, e implementar ideias ou fazer com que revelem alguns segredos.

Mas há um revés no meio de tudo isto: nunca devemos permanecer no mesmo sonho por demasiado tempo, correndo o risco de ficarmos presos na realidade fictícia. É aqui que entra o referido “pontapé”… Não, não é uma expressão, é aquilo que realmente acontece na história! Para acordar os “viajantes” um dos elementos do grupo fica acordado à espera do momento certo para garantir que os companheiros voltam da realidade paralela.

Um pouco confuso, não? Há, até, uma solução para que não haja confusão entre a realidade e ficção: cada pessoa tem um objeto próprio que se comporta de maneira diferente na vida real e no sonho criando assim uma clara distinção entre as duas partes.

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Sem lançar spoilers sobre a história de Inception, até porque este é um drama que vive muito nos pormenores e das entrelinhas, vamos a factos: DiCaprio aparece como cabeça de cartaz de um elenco de luxo, que tem nomes como Tom Hardy, Marion Cotillard ou Ellen Page, na pele de homem amargurado pela morte da mulher. E se os sonhos revelam os nossos medos e desejos, o deste agente é simples: ter a família reunida de novo. Valerá a pena ficar preso num sonho só para cumprir um desejo?

Impossível é assistir a esta obra sem nos questionarmos sobre os nossos próprios subconscientes e o que poderíamos encontrar lá. Se ainda não viu, e ficou com vontade de ver esta história, prepare-se para a manhã seguinte, porque depois de uma boa noite de sono, vai ter muitas questões na sua cabeça…