IRS – O jogo favorito do Estado

Ora viva!

Nunca antes se ouviu falar tanto em IVA, IRS, IRC, IMI, IUC, I o raio que os parta… Agora que penso bem nisso constato que tudo o que começa por I é mau. (Talvez seja essa a verdadeira razão pelo qual o Cristiano Ronaldo despachou a Irina Shayk. Devia dar muitas dores de cabeça…)

Por isso, este mês, irei falar-vos sobre um dos “I’s” que tanta dor de cabeça dá ao povo português: o IRS!

IRS

Afinal o que é o IRS?
De acordo com a wikipédia (a melhor amiga dos incultos e preguiçosos) “…é a sigla para Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares. Tanto o IRS como o IRC são impostos sobre o rendimento que entraram em vigor no sistema tributário Português em 1 de Janeiro de 1989, aprovados pelo Decreto-Lei 442-A/88 de 30 de Novembro e Decreto-Lei 442-B/88 de 30 de Novembro, respectivamente. O IRS tributa o rendimento das pessoas singulares enquanto que o IRC tributa o rendimento das pessoas colectivas.”

Traduzindo por miúdos… É o dinheiro que o Estado nos leva, todos os meses, e que tentamos desesperadamente receber no meio do ano seguinte. Claro que nem sempre a coisa corre bem e, por vezes, somos forçados a pagar ainda mais um pouco a eles. (CHULOS!) E quem são eles? (SÃO UNS G’ANDAS CHULOS, É O QUE SÃO!) Peço desculpa, exaltei-me. Eles são um grupo de velhinhos, raquíticos, de unhas amarelas, dentes podres e cheios de pêlos de gato na roupa. Ou seja, os típicos viciados em jogo. E porque é que digo isto? Porque, se pensarmos bem, o Estado ao longo destes últimos anos tem vindo a criar uma forte dependência ao jogo.

Ora vejamos: primeiro, criou “Factura da Sorte”. Depois, o “Jogos da Santa Casa, 20% do Teu Lucro Agora é Meu”. A seguir a estas duas medidas lançou também o “O Teu Subsídio Já Era!” e o “A Tua Pensão Agora é Minha!”. E ultimamente têm vindo a apostar forte e feio no jogo favorito a nível nacional: “Solicita a Factura e Apanha o Infractor”. Ora vejam lá se isto é ou não é o perfil de alguém que está profundamente viciado em jogo?! Sinceramente só não sei é como é que ainda começamos a receber o IMI em forma de raspadinhas…

IMI

Seria qualquer coisa deste género… Um tipo recebia a carta do IMI para pagar, abria, raspava, e via quanto é que lhe tinha calhado este ano diria: “Epá, porreiro! Este ano pago só €100! Muita fixe..” ou então “HUU! HUUU! GANHEI! GANHEI! ESTOU RICO! €10 mil euros! HUUU! HUUU! Ah! Espera… Isto é para pagar? Não é para receber?! Ah! Raios…” Agora que penso bem nisso, talvez seja melhor apagar este ultimo parágrafo, não vá a Shô Dona Maria Luís Albuquerque ser minha leitora…

Voltemos então novamente ao IRS. O IRS é basicamente o pé-de-meia do povo Português. Pense na quantidade de vezes que já ouviu pessoas a dizerem que vão aproveitar o IRS para viajar, fazer obras em casa, ou comprar algo que há muito desejavam. Talvez até o próprio leitor já tenha pensado ou dito estas mesmas palavras. Se assim é, não concorda que seria melhor aumentarem logo o valor do desconto mensal? Ou, já que estamos numa de jogo, se investíssemos esse dinheiro em papel comercial do GES?!

pé de meia

Para terminar queria apenas falar-lhe sobre a moda de se pedir factura, com número de contribuinte, em todo o lado e mais algum. O leitor sabia que muito provavelmente este seu esforço será infrutífero? Que pode nem sequer vir a receber os tão famosos €250 de que o Estado tanto fala? Sabe também que, com um pouco de azar, pode ainda vir a receber uma carta para pagar as dívidas às finanças do dono do seu restaurante favorito, ou do senhor da padaria?! E esta hein?… Quem diria que a história das facturas trazia água no bico?!

Mas não sejamos pessimistas. Vamos esperar que tamanho azar não lhe bata à porta e que os €250 sejam somados ao seu reembolso do IRS de 2015. Quiçá assim até possa ir de férias para Palma de Maiorca, ou Menorca, em vez de ir só até Vila Nova de Mil Fontes…
AH! Mas não se esqueça, vá para onde for peça sempre a factura com o número de contribuinte, ok?!

“EH! EH! C’um Catano!”