Confesso que tenho um mau Inglês, mais conhecido pelo Sócrates English, mas asseguro que sempre fiz os meus exames de Inglês em dias de semana, porque para mim o Domingo é para descansar. De qualquer forma não me enganei no título da crónica, escrevi exactamente ao que me soa a voz da Rihanna ao dizer esta frase.
Que saudades eu tenho das músicas dos anos 80 e 90, para sucesso ainda que parcial desta crónica peço-vos que desconsiderem músicas com letras da profundidade de Life is Life, nana na na na, life… is life nana na na na…
Mas as músicas dos anos 80 e 90 exigiam dos artistas, exigiam ter alguém que tocasse instrumentos, exigiam perder algum tempo para a letra ter uma certa profundidade, para ter harmonia, e era exigido aos artistas alguma perfeição na dicção.
Nos dias de hoje tudo é considerado música. Eu próprio por vezes sinto-me tentado a gravar o som da minha máquina de lavar na altura da torção, com certeza será alguma avaria que um técnico diria: “Meu Senhor o seu problema é do calcário”, mas a verdade é que ela tem uma batida digna de uma discoteca, e um provável garantido disco de ouro ou MTV Award. As músicas soam todas semelhantes, com a agravante de todas parecerem recorrer à mesma caixa de ritmos.
Depois as letras são um vazio de emoções e muitas vezes ditas de forma estranha. No caso Rihanna deita o Inglês por terra e diz a palavra Business como se tivesse aflita, com milho de pipocas no céu da boca ou na garganta.
Fazer hoje uma música torna-se uma coisa simples, grava-se uma frase para o microfone e deixa-se o estúdio. No estúdio um técnico soma à frase os sons da tal “caixinha de música” e depois tal e qual num programa de edição de texto faz pura e simplesmente copiar e colar, deixando a música em algo que soará a:
It ain’t it ain’t it ain’t nobody bineshh
A canalha compra, as rádios passam-na e o sucesso é garantido.
Rihanna, eu sei que me estás a ler, vou dar-te uma dica – Lei-Or quando dava entrevistas falava athin e dizia shopa de masha, mas quando cantava envergava o seu vozeirão de diva e dizia que já foi ao Brasil, Praia e Bissau, Angola , Moçambique, Goa e Macau, ai ela já foi até Timor “já fui um Conquistador”. Com dicção perfeita, com voz de cantora, sem recorrer a retoques, ou a corta e cose, e uma letra que tem a profundidade da nobre história de um país.
Põe os olhos nisto.
Ainda há alguém que compre cds? Moços, moiçoilas, ouçam as coisas antes de comprar, e tenham presente que é aos 13-14 anos que o vosso cérebro assimila as coisas que o vai moldar para o resto da vida.
Olá Miguel!
Eu estou radiante!
Finalmente alguém que me entende… nem caibo em mim de tanta alegria.
A minha opinião sobre esta (pretensa) cantora é a mesma!
Não há pachorra, mesmo!
Quando não cantam bem ao vivo, não deviam cantar de modo nenhum mas isto sou eu a dizer… eu que nem no chuveiro canto!!!
Parabéns pela sua crónica!
Oi, Miguel.
O pior de tudo é saber da existência de uma música(?) lelek-lek-lek e ainda ter as notícia de que a Mercedez Benz a usou no mais recente lançamento. Lamentável. As letras de hj….. Zero! Nota zero!
Abs.
Marco.