Karl Benz – A História do Primeiro Automóvel

Seja bem vindo a mais uma crónica, caro leitor.

Hoje – dia 29 de Janeiro – é um dia especial para o mundo motorizado. A verdade, é que foi neste dia de inverno que Karl Friedrich Benz registou a primeira patente para um automóvel movido a gasolina, também denominado de Patent-Motorwagen. Apesar de automóvel (em geral) não ter um desenvolvimento linear, foi no ano de 1886 que foi assinada a sua certidão de nascimento. Perante tal facto, Karl Benz é considerado o construtor do primeiro automóvel.

A ideia de algo a mover-se pelos seus próprio meios é uma ideia com alguma idade. As primeiras tentativas registadas levam qualquer fã de automóveis aos tempos da Antiguidade. No entanto, foi apenas no século XVIII – com a criação da máquina a vapor – que apareceu o primeiro veículo que é capaz de se mover, sem recorrer a qualquer tipo de força humana/muscular.

O principal problema das máquinas, nesta altura, seria o ruído que produziam, assim como o respectivo peso. Perante estes inconvenientes, o Homem procurou alternativas. A primeira alternativa à máquina a vapor apareceu no ínicio da década de 60 – em pleno século XVIII – com o Étienne Lenoir a apresentar o primeiro motor de combustão interna à base de gás de iluminação. Três anos mais tarde, o francês afirmou ter adaptado um desses motores a um veículo. No entanto, as provas nunca apareceram e o tempo responsabilizou Karl Benz como o primeiro homem a construir um carro movido a gasolina.

O veículo de Benz pesa apenas 265 kg e, era muito mais leve que as carruagens que eram adaptadas com motores a vapor. O motor de quatro tempos tinha apenas um cilindro que funcionava na horizontal. O volante era algo parecido com uma alavanca. A lubrificação estava ao encargo de pequeno recipientes de óleo, ao mesmo tempo que não havia, também, radiador. A água que fazia a refrigeração ficava dentro de um cilindro de cobre, enquanto que esta se ia evaporando.

Além disso, na época não havia postos de gasolina e Karl Benz viu-se obrigado a ir à farmácia mais próxima comprar algum combustível (que podia ser éter ou benzina). O primeiro carro movido a gasolina não tinha acelerador. Havia uma alavanca do lado esquerdo do motorista, que se fosse empurrada o carro acelerava.

Karl Benz teve a ajuda da sua esposa – Bertha Benz (1849-1944) – e montou uma empresa para a construção de motores de combustão interna. Primeiro investiu nos motores a dois tempos e, só depois decidiu fabricar motores a quatro tempos. No entanto, e a menos de 100 km de distância, outro alemão também avançava com a criação do automóvel. O seu nome era Gottlieb Daimler e, só em 1926, os dois homens uniram forças e criaram uma das marcas de automóveis mais conhecidas do mundo: Daimler-Benz.

O primeiro exemplo do Benz Patent-Motorwagen está exposto no Deutsches Museum, em Munique. Depois da primeira patente registada, estava na hora de aperfeiçoar a máquina e, só em 1888 é que se começou a vender o tão famoso automóvel. A primeira viagem oficial aconteceu a 5 de Agosto de 1888, com Berta Benz aos comandos do Patent-Motorwagen. No total, a mulher do ‘Pai do Automóvel’ percorreu 106 km para ir ter com a sua mãe.

A verdade é que o século XVIII já lá vai, mas foi só no século a seguir que o homem conseguiu explorar e criar uma diversidade enorme de carros, todos eles com funções diferentes. Hoje em dia existem bastantes marcas, com as suas próprias características, mas a essência do automóvel persiste. O passado foi bastante positivo, o que nos deixa a pensar de que forma será o futuro do automóvel. Terra, mar ou água? Ninguém sabe mas hoje já existem vários exemplos do que nos aguarda, tais como os carros movidos a energia eléctrica, a hidrogénio e, até mesmo, carros autónomos.

Posto isto só me resta desejar boas leituras…e da próxima vez que o estimado leitor for acelerar, não se esqueça de colocar um capacete!