Longe vão os tempos dos machos alfa – Maria João Costa

Para quem tem animais em casa, o que se segue pode estar muito próximo da sua realidade, e as dúvidas que se levantam podem muito bem ser as que coloca cada vez que se depara com uma situação semelhante. As dúvidas são as mesas, e possivelmente, as respostas também não vão ser muito diferentes. Mas não desanime, chame o seu “melhor amigo”, e leia o que se segue em voz alta.

Macho ou fêmea? É a primeira dúvida quando se depara com a possibilidade de ter um amigo de quatro patas a ocupar o espaço que falta no sofá. Depois de pouco ou nada pensar, acaba-se por trazer para casa aquele que despertou o lado mais sensível de um apaixonado por animais. É fêmea, e depois?


Depois, há um pequeno problema, elas não são menos do que eles e a vontade de descobrir as coisas boas da vida não lhes é indiferente. Há quem lhe chame sio, há quem diga que só quer fazer o amor, e outros justificam certos atos com o vocábulo “dominância”. Isto é, ela não se sente inibida, e agarra-se sem preconceitos, à perna sexy de quem a ainda não a domina.

E depois disto, o filme é esse que estão a imaginar (com língua de fora incluída), e a vontade de a afastar da perna, de lhe bater com um jornal no rabo, e de a deixar de castigo na cozinha nunca foi tanta. Mas depois da melhor amiga de quatro patas deixar lesões na dita perna sexy, de mostrar uma dedicação inquestionável, há uma altura em que o melhor a fazer é olhar para o lado, e dizer “Ok, faz lá o que tens a fazer e despacha-te!”.

 

Crónica de Maria João Costa
Oh não, já é segunda feira outra vez!