O tempo voa!

Mais coisa, menos coisa…2013, já foste! – Mi Céu

2013, passou a voar!

 

2013, passou a voar!

O tempo é curioso! No mínimo! E dá que pensar!

Vamos por partes!

Era eu, criança ainda, ensinaram-me, um trava línguas! Subordinado ao tema tempo! Gostava imenso, de o repetir, até à exaustão! Diria que naquela época era quase universal sabê-lo! De trás para a frente e da frente para trás! Aqui vai: “O Tempo perguntou ao tempo, quanto tempo o tempo tem, o Tempo respondeu ao tempo que o tempo, tem tanto tempo quanto tempo, o tempo tem.” Trava-línguas popular.

Naquela época, usava os meus tenebrosos óculos! Quase todos os dias, eram motivo para uma cerimónia de baptismo, à minha pessoa! Cada nome pior que o outro! Ignorava-os! A todos! Que remédio! Como mandava a tradição! Como penitência diária quase! Um rabo de cavalo, na nuca repuxado até fazer dores de cabeça, acompanhar com os caracóis rebeldes! A insistirem, em aparecer, junto à testa. Quando chovia piorava tudo! Mais caracóis! Mesmo apanhados! Não faziam ideia, o que era a força da gravidade! Nessa altura, o tempo parecia demorar, uma eternidade! Seguramente! O meu passatempo preferido no recreio, dividia-se entre as bolas de futebol! Os berlindes! Mascar chiclete! Escondidinhas! Saltar à corda! E…tudo mudou! 

Conclusão! O último ano! Passou rápido demais! Diria! Eu! Gosto de saborear a vida! Há momentos, que dá vontade, de os cristalizar! Fazer, com que, não acabem! Nunca! Terá sido a melhor parte de 2013! Os momentos! Passados em família! A minha! Momentos com amigos! Os meus! Os de longa data! Os de pedra e cal! Permanecem! Alguns! Outros partiram! Já não tinham de ficar! Nem fizeram por isso! Os novos! São, alguns até! O que interessa, é o enriquecimento! Que tudo isso nos traz! As pessoas! Sempre as pessoas!

Parafraseando, Mafalda Veiga, numa das suas distintas músicas. Guardemos, o que é bom, de guardar! Esta mulher, simples! Consegue, dar vida, aos nossos sentimentos! Pega nas palavras e traduz em sensações! Dá sentido ao que sentimos! Combina e recombina! O que está solto! Algures! Dentro de nós! 

Em conversa, com uma amiga, há uns bons anos. Falou-me de tempo psicológico. Remeteu-se a uma situação da vida, complicada, ao nível das emoções. Um familiar, vítima de um grave, acidente de viação. Em que se deparou, que o tempo de calendário, não coincidia com o tempo, em que ela estava a viver as coisas. É de facto caricato! Podemos dizer, que existem dois tempos, no tempo! O tempo de calendário! E o tempo, que assumimos, interiormente. Quantas vezes, é dia da semana e já nos parece fim-de-semana? Ou vice-versa! Pelo contexto, do que estamos a viver. Recordo-me que isso acontecia bastante, quando trabalhava consecutivamente, ao fim de semana. Por sua vez, usufruía das abençoadas folgas, à semana. Usando uma frase típica da minha mãe “É tudo uma questão de hábito!”. Tenho de concordar que sim! A famosa adaptação! De início, confesso, não foi fácil! Mas depois, inconscientemente, ligamos o piloto automático! Por essas e outras situações, apercebi-me da enorme capacidade, que temos de nos adaptarmos! Quer no tempo, quer no espaço! E ainda bem, que assim é!

A brincar, a brincar, por cima ou por baixo, quente ou frio, doce ou amargo, macio ou áspero! Com chuva ou com sol, aberto ou fechado, sozinho ou acompanhado. A entrar ou a sair. Curto ou comprido. Ao natural. Com ou sem dor. Com stress ou zen. Foi-se! Mais um ano! Num ápice! Como todos! Deixou marcas na história! Pelo bem ou pelo mal! Custou, a todos! Mas foi-se! Esperemos, que o ano que se avizinha, seja mais generoso e amigo!
Já nem me dou ao trabalho de ler seja o que for de previsões, estudos ou blasfémias, sobre o que há-de vir! Era bom era! Uma bola de cristal! Na hora certa! Dava cá um jeitaço! Daqueles! Mas, nada seria, a mesma coisa! A vida é assim mesmo! Como dizia a minha avó “A vida é uma carta fechada”!

Anos há muitos! Mas definitivamente, nenhum como 2013! Em que sentido? Perguntarão vocês! Em todos! Digo eu! Ora, pelo eclodir, de novas ideias! A reinvenção de marcas, artigos, serviços! Ou, simplesmente, pelo revivalismo! Inspiração, que se fez notar! Um pouco, por todas, as áreas de negócio! Amante de moda e de música! Senti-me peixe na água! Com o vintage, também, a vir ao de cima! Em praticamente tudo! Atrevo-me a dizer, o revivalismo, não passa de moda! Mais até! Intemporal! A inovação, à altura! Sempre de braço dado! Bom de ver! As lições de vida, não escaparam ilesas! Necessárias! Pelos piores ou melhores motivos! Fazem parte!

Começar, é sempre começar! Assim, como acabar, é impreterivelmente, acabar! Ou seja, não tem volta! É, mesmo assim, no palco da vida! Acabou! Sinónimo de terminado! Lugar e oportunidade ao novo! Ao desconhecido! Ao que há-de vir! Final de um e início de outro! Novo ano! Nova etapa! Esta é, uma fase típica, de “balanço”! Altura em que, um misto de tristeza e alegria, me assaltam! Nos assaltam! Um turbilhão de imagens, ideias, coisas, pessoas, acontecimentos! Passam, como um vaivém, pela memória!

Por outro lado! Pela incerteza, do que me espera, o próximo ano! Não imagino! Mas uma coisa sei! Não quero que seja mais um! A somar, a tantos outros! Até porque este, é diferente! Pelo menos, na numeração! É par! Eu e os números pares, dá-mo-nos bem! Diria, até, bastante! Bem! Tem, um je ne sais quoi, de positivo! Boas energias! Claro está…tudo, poderá acontecer! Mas, comigo, tenho um bom presságio! Basta-me! O resto? É fazermos por isso! A nossa parte! Sempre! Somos nós, os autores!Dos nossos segundos, minutos, dias e meses! Mandamos e desmandamos! Do e no, nosso tempo! Em tudo! Ou quase tudo! Em muito!

Por sua vez, 2014 chegou! Enigmaticamente poderoso! Ei-lo! O verdadeiro! Novo! Quebra- cabeças!

Dizem que, o jogo, é um valioso instrumento educacional! Verdade, verdadinha!

Entremos, neste jogo versus ano! Para ganhar! Mas se for o caso, saber perder! Ter humildade! É, igualmente, importante!

Nada mais, do que sermos capazes de mudar a nossa realidade, com os nossos actos!

Encarar o novo ano, como um novo desafio! A nós próprios! Afinal o que seria de nós, sem os desafios? São eles que nos ajudam a subir degraus! A crescer! Fazem de nós, pessoas mais fortes e capazes!

Em 2014, não nos fiquemos, pelas intenções! O que traçarmos, como meta /objectivo, é para cumprir! Passo a passo.

Deixo um desafio: Ser original, despreconceituoso e sobretudo humano! Pode não ser simples – mas é o caminho!

Isso mesmo! Mais coisa, menos coisa! 2013, já foste! Agora, é a vez, de 2014! Como quem diz! Vamos a “ele”! Prego a fundo! Em frente! Obviamente no sentido figurado! Mas vivamos! Activamente! Com garra! Determinação! Esperança! Fé! Alguns, condimentos essenciais!

Nesta parte, lembro-me sempre, de um grande actor que já nos deixou! Com a sua perda, fez com que todos reflectíssemos, nas suas fortes palavras! Uma vez que, não existe, bola de cristal e não! Como não saberemos, até quando cá estamos…por isso:

“Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento. Agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por fazer.” António Feio

 Para todos! Um inesquecível ano!

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