Maldita Constipação!

Meteste-me na cama,
Tomaste conta de mim,
Sua malvada, sua sacana,
Garanto-te que isto não fica assim!
Deixaste-me a suar,
A transpirar, a gemer,
Puseste-me a arfar,
Sem mal me conseguir mexer.
Ouve agora o que eu te digo,
Escuta bem com atenção,
Nunca mais brincas comigo,
Sua maldita… Constipação!

Gil Oliveira ® 2015

Ora viva, pessoal! Como devem ter percebido, pelo “lindo” poema que acabei de elaborar, hoje irei falar-vos sobre constipações. Ou, mais propriamente dito, sobre “gripalhadas”! A gripe é uma doença que ataca de uma forma rápida e violenta. Uma espécie de Extremista Islâmico em forma de vírus. Num momento estamos bem, no outro, já fomos!

Felizmente para mim ela raramente me ataca. Não sei se é por eu cheirar mal ou se pura e simplesmente por ter um sistema imunitário espectacular, o que é certo é que raramente fico engripado. O problema é quando tenho de levar com a gripe dos outros… Ora porque a minha excelentíssima esposa decide passar a noite toda a tossir e não me deixa dormir; ora se porque a minha querida sobrinha decide começar a espirrar para cima de mim como se não houvesse amanhã; ou ainda porque a pessoa que está à minha frente, no comboio, se esquece dos lenços de papel e passa a toda a viagem toda a sorver ranho pelo nariz!

O acto de sorver o muco nasal é das piores coisas do mundo. Eu defendo que passe a ser socialmente aceite o acto da libertação de gases intestinais (inodoros, atenção!) e passe a ser recriminado o fungar do nariz! O ranho é para sair, pessoal! Se ele quer sair deixem-no! Estarem constantemente a puxá-lo, para o vosso interior, só faz é mal. Faz-lhe mal a si, que fica cheio de “nhenha” acumulada no cérebro, pulmões e estômago e faz mal às pessoas que estão junto de si. Só para o leitor ter a noção do quão nojento e incomodativo isso é, imagine um «frrumm» no final de cada frase, numa simples conversa:

“Olá bom dia. «frrumm» Estás bom Zé? «frrumm» O que é feito de ti? «frrumm» Já não te via há muito. «frrumm» Olha, diz-me, que vais fazer logo? «frrumm» Queres ir beber um café à tarde? «frrumm» Ai não podes?! «frrumm» Ó… Porquê? «frrumm» Estás constipado? «frrumm» Pois. «frrumm» Eu também. «frrumm» Mas felizmente, a mim, a constipação não me impede de sair… «frrumm»”

Fantástico, não é?! Pois… Eu sei! Ainda no sábado passado assisti a uma conversa deste género no meio da rua. Confesso-vos que só não interrompi a porcaria da conversa para dar um lenço de papel ao interlocutor porque não o tinha. Mas se calho a ter acho que eu próprio tinha assoado o nariz ao tipo… DASS!!

Outra coisa que me aborrece são as pessoas que vão trabalhar, feitas zombies,  com 40º de febre. Escaras por todo o nariz, olhos do tamanho de amendoins e um aspecto capaz de fazer com que o Kim Jong Un pareça um borracho. No entanto apresentam-se ao trabalho. Porreiro, não é?! Não, não é! Eu, tipo saudável, dificilmente infectado por este tipo de coisas, tenho de levar com um “viroso” no meu emprego. Isto é quase tão mau como se o vírus ganhasse pés e decidisse começar a andar por aí a rebentar pessoas no meio da rua… Não se faz, pá!

Gentes, se estão doentes fiquem em casa. Resguardem-se. Ponham-se bons e depois logo saem. Não se armem em zombies do Walking Dead. Eu sei que a vida custa a todos mas eu não tenho de levar com as vossas doenças, ok?! Até porque se ,lá na série, é socialmente aceite enfiar objectos contundentes no cérebro de zombies, no de pessoas constipadas não o é. O que está mal feito, porque vendo bem, assim de repente, até são bastante parecidos.

Nota mental: A partir de hoje, para além de defender que passe a ser socialmente aceite o acto da libertação de gases intestinais (e volto a frisar que me refiro apenas aos inodoros!) passe também a ser aceite social e judicialmente, a inserção de objectos contundentes no cérebro de pessoas que decidam vir trabalhar constipadas. Tenho dito!