Gosto de falar de amor! Aquele amor! De verdade! Aquele que dói! Corrói! Mexe! Remexe! Faz-nos cometer loucuras! O que nos tira a capacidade de pensar! Simplesmente existe! Sentimos! Deixamos que ele flua!

O amor, é um lugar estranho! – Mi Céu

Gosto de falar de amor! Aquele amor! De verdade! Aquele que dói! Corrói! Mexe! Remexe! Faz-nos cometer loucuras! O que nos tira a capacidade de pensar! Simplesmente existe! Sentimos! Deixamos que ele flua!
Gosto de falar de amor! Aquele amor! De verdade! Do bom! Aquele que dói! Corrói! Mexe! Remexe! Faz-nos cometer loucuras! O que nos tira a capacidade de pensar! Simplesmente existe! Sentimos!          Deixamos que ele flua!

 

Falar de amor, é também, falar de dor! Quão importante foi, para sabermos hoje, amar melhor! Amor é Cumplicidade! É Compromisso! É Saber ser! É Saber estar! É saber-mo-nos respeitar! O amor ajuda-nos a lapidar! O amor está presente, em cada acto nosso! Explícito ou implícito! Não nos conseguimos despir dele! Faz parte de nós! É ele que nos diferencia! A forma como amamos, torna-nos únicos! O amor é a nossa pele! É o nosso jeito! É a nossa voz! É tudo o que somos!
Engloba todo o nosso ser! Indissociável! Incomparável! Inigualável!
O amor de hoje será igual, ao amor de há uns anos atrás? Existirá hoje um amor novo e o amor de antigamente?

Gosto de falar de amor! Aquele amor! De verdade! Aquele que dói! Corrói! Mexe! Remexe! Faz-nos cometer loucuras! O que nos tira a capacidade de pensar! Simplesmente existe! Sentimos! Deixamos que ele flua! Evolua! Normalmente, apanha-nos desprevenidos! Vem sempre de onde não imaginamos! Longe ou perto! Não conseguimos controlar! Acontece! Do nada! Ou do tudo, que em nada, nos é indiferente! Quando sentimos, torna-se difícil explicar! Seja o que for! Torna-se tudo inexplicável! Nem eu sei, bem o porquê de o querer escrever! Mas acho que o amor é mesmo assim, sem motivo!

Não me sai da cabeça o título de um filme “O amor é um lugar estranho”! É mesmo isso que sinto ultimamente! Não só pelas situações que tenho vivenciado! Mas pelas histórias que ouço e assisto à minha volta! Não me reconheço, na forma como, se vive hoje o amor!

Por um lado fico feliz, por ter conhecido o amor, noutros moldes! Conheci o amor com brilho! O amor com direito a tudo! Com estrelas e o mar no olhar! Era um amor que tudo podia! Cortava-nos a respiração! Ficávamos sem fala quando o víamos! Era tudo muito pessoal e realmente vivido! Intensamente! Com unhas e dentes! Salvo seja! Refiro-me, à garra com que tudo, se vivia! As coisas que se faziam por amor! As declarações, as cartas por correio ou entregues pessoalmente, os bilhetinhos, as perseguições (saudáveis), os telefonemas para casa (não existia telemóvel), os sacrifícios que se faziam, as surpresas, os encontros, os segredos, a cumplicidade…e as coisas duravam! Era tão bom!

Não digo, que hoje, não se amem! Mas amam-se de outra maneira! Não fazem metade de metade, do que se fazia antes! Nem estão dispostas a fazer! Tudo por amor! As pessoas tratavam-se bem! Cuidavam umas das outras! Não só no amor, mas na amizade! Também isso mudou! Até a forma como se fala e escreve entre as pessoas, mudou! Havia uma atenção especial! Escolhiam-se muito bem, as palavras! Para não magoar ou ofender! Diria até que havia um respeito diferente! Umas pelas outras! Um respeito saudável! Existia uma linha, bem definida, que separava o outro de nós! No entanto, essa linha, possuía todo o encanto do mundo!

Por outro lado, é com tristeza que sei, que o que foi não volta a ser! Não foi o amor que mudou! Mas sim as pessoas! Deixaram de ser as mesmas! Com aquela vontade, de lutar pelo amor, até ao fim! Hoje é tudo muito impessoal! Banal! Irreal diria! Em grande parte, dos casos, virtual! Atrever-me-ia a dizer, que o que existe, já não é amor! Podem chamar outra coisa! Sei lá! Mas aquele amor arrebatador! Não o identifico em parte nenhuma!

O amor nos moldes que hoje existe, passou a ser para mim, no mínimo estranho! É um facto! Demorei assumir as coisas desta forma! Mas esta é a realidade! O amor como se vive, não o reconheço! Não sei viver o amor assim! As pessoas, não vivem os sentimentos, por inteiro! É tudo pela metade! Não se entregam ao sentimento! Não vivem da mesma forma, que me foi apresentado, o amor!

Hoje, é o chamado, amor descartável! É um amor, com pouco amor! Um amor impaciente! Temperamental! O que hoje é, amanhã já não é! Saltam fora, à primeira contrariedade! Muito menos, alguém pensa viver o resto da vida, ao lado de uma pessoa e dedicar-se apenas e só a essa pessoa! Isso é amor! As pessoas estão numa relação, com um pé dentro e outro fora! Ninguém se liga, verdadeiramente, a ninguém! Omite-se! Esconde-se! Joga-se! Poucas pessoas constroem algo sólido no campo das relações pessoais! A parte material, fica quase sempre acima de tudo, na hora de decidir seja o que for, hoje tudo o que é supérfulo é mais importante do que um namorado (a) ou uma relação com alguém!

Ninguém é perfeito! Isso é certo! Mas todos podemos ser melhores! Se quisermos! O amor, exige esse melhor de nós! É através dele que podemos ser e dar o que de melhor temos e somos! O amor é isso! Ajuda-nos a ser pessoas! A sermos inteiros! Íntegros! A não nos enganarmos a nós próprios, muito menos aos outros!

Desculpem-me as modernices, mas eu continuo a gostar do amor, vivido e sentido, como antigamente! Em que as pessoas não tinham medo de amar, plenamente! Sem telemóvel, sem pc, sem net! Tudo ao natural! Na vida real!

Mas apesar de tudo, ainda acredito, no amor! Algures nalgum lugar! Porque afinal, não há regra sem excepção e não somos todos iguais e ainda bem!

Deixo-vos uma frase muito verdadeira do filme “ O amor é um lugar estranho” que considero absolutamente fantástica “Todos queremos ser encontrados.”

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