O caminho certo é sempre em frente – Teresa Isabel Silva

Não sei se a culpa é da crise, mas sinceramente acho que este género de pessoas sempre existiu. Estou a falar dos sinaleiros das passadeiras.
Este género de pessoas funciona para a sociedade como uma espécie híbrida que resulta do cruzamento de um humano pedestre sem carta de condução com um polícia sinaleiro e funcionam de maneira pouco concisa.
Quem anda de carro pode pelo menos uma vez por semana encontrar um sujeito desta espécie, são aqueles que mesmo estando na passadeira, mesmo depois do carro parar para lhes ceder passagem, param a meio, para fazer gestos de simpatia ao condutor cedendo lhes a passagem.
Estes seres humanos ficam assim especados no meio das zebras da estrada a controlar o trânsito nos locais onde eles têm prioridade de passagem. Este é o momento, em que paramos o carro para os simpáticos peões passarem, e eles param a meio para nos deixar passar nós, enquanto isso, nós, os condutores pensamos “O que é que ele está a fazer?”.
Se as pessoas (condutores e peões) seguissem o ritmo e a ordem normal das coisas seria de esperar que o trânsito fluísse com melhores condições. Mas em vez disso, por causa destas criaturas que por algum motivo teimam em ceder passagem aos carros, o trânsito pára só para que o peão deixe passar o carro que parou para ele passar no sítio destinado para a sua passagem.
A minha pergunta é: Será que esses sujeitos por algum motivo temem o carro que obviamente está parado para ele passar?
Estarão esses peões a pensar “Hum… Tu estás só a espera que eu dê um passo para me passares a ferro, e me colares ao alcatrão!”
Honestamente acho que nunca vamos saber, mas considero imperativo que os peões comecem a ter aulas de código. Antigamente eu tinha uma disciplina chamada “Responsabilidade Cívica” ora aqui está alguma coisa que deveria ser ensinada aos nossos jovens.
Pelo menos os mais novos não vão sofrer deste sindroma de parar e sinalizar o trânsito no meio das passadeiras.
Alguém por favor diga a essas pessoas que isso não se faz. Quando se começa a atravessar uma passadeira é para a levar até ao fim. Já existem muitas coisas em Portugal que param a meio sem motivos e explicações, não precisamos de mais!



Crónica de Teresa Isabel Silva
Crónicas Minhas