O «Glutão»… – Ricardo Espada

O que é o «Glutão»? Não é um bicho de 7 cabeças, mas é algo que dá que pensar. Todos nós (Humanos, é claro!) o temos, mas ninguém se interroga sobre o seu uso. Para que serve? Porque é que existe? Porque é que, simplesmente, ele não desaparece? Qual a sua verdadeira utilidade? Porque raios, tenho eu algo assim? O que será que posso fazer, para que ele se esvoace? Para que desapareça! É, que, parecendo que não, ele ainda dá algum trabalho, e, honestamente, não me parece que mereça tal preocupação e importância por parte de minha pessoa. Mas, é um real facto, o desgraçado está cá, e parece que vai acompanhar-me até à minha ida – ou, encontro… – com o criador, o TODO PODEROSO. E, chegamos até esta parte do texto, sem que o leitor entenda ou alcance, do que raio estou a falar. Não é? Pois… Bom, então vá… eu passo a explicar. Estou a falar do Umbigo! Espantado? Não esteja. Eu vou passar a explicar… Mas, calma! Não vou explicar aqui neste parágrafo, mas sim, no parágrafo seguinte… Ora faça lá o favor de deslocar as suas retinas para o parágrafo seguinte, ó fáxavôr!

Seja muito bem vindo, a este maravilhoso e extraordinário parágrafo. Prometo que será um parágrafo, o mais esclarecedor possível, para não maçar mais o caro amigo leitor do +oPinião. O Umbigo, por mais que custe associar, é um raiosmaparta de um «Glutão» do pior! Sim, é a mais pura das verdades. Eu pergunto: «Para que serve o Umbigo?» E agora respondo: «Ora, não serve para nada! Aliás! Serve, sim, para dar um trabalho dos diabos, ao ter de retirar do seu interior, a sua iguaria preferida – o cotão!» O raça do cotão. É um facto: O Umbigo é um lambão do pior! Sempre em busca do cotão perdido, cada vez que vestimos uma camisola interior que, normalmente, é fabricada em algodão. Ora, o algodão é bom e é muito fofinho e confortável. Que disso não existam dúvidas, mas é um assaz fabricante da iguaria preferida do Umbigo – o raio do cotão! E, se não tivermos cuidado com a sua salubridade, o mais natural é que possa apanhar uma infecção tal, que poderá levar a consequências mais complicadas.

Agora, vamos à teoria final. Penso que descobri, o porquê da opção de certas mulheres e, hoje em dia, de uma absurda quantidade de homens (O que acho lamentável, pá!), em colocar um piercing no maior «Glutão» – No meu entender, é claro! – do corpo humano! É, de facto, até demasiado simples. Ora, essas pessoas fartaram-se da necessidade diária de zelar pela higiene do Umbigo, com receio que ele contraísse uma bela de uma infecção! Por isso, toca de colocar lá algo que, atravancasse a demanda insana por parte do «Glutão», em procura do cotão perdido numa qualquer camisola de algodão. Existiu um génio qualquer, que se lembrou: «Espera lá… Mas este Umbigo de um raio, não pára de se apropriar de cotão, como se não houvesse o amanhã? Espera aí, que eu já te vou tramar, meu malandreco…» E, zás! Furou o raça do Umbigo, enchendo-o de uma substância metálica que o impediu de se alambazar de cotão atrás de cotão.

Resultado: O Umbigo, ganhou toda uma nova utilidade, sendo alvo de vários piercings, mas, ao mesmo tempo, passou a infectar-se com mais facilidade. Porque temos de reconhecer: é preferível toda uma imensidão de cotão, do que um qualquer objecto estranho a perfurar a carne humana com um desprezo total, que deixa qualquer «Glutão» maldisposto.

Mas, continuo a insistir na pergunta: «Para que raio, serve o Umbigo, porra?».

E volto a insistir na resposta: «Para, simplesmente, NADA!».

Se este texto é a coisa mais absurda e, igualmente, a mais estúpida que alguma vez existiu? Hum… também… não é… assim… tão… Bah! É absurdo e estúpido, é!


RicardoEspadaLogoCrónica de Ricardo Espada
Graças a Dois
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