O Hobbit de J.R.R Tolkien

Já se viram os dois filmes que saíram e vai-se ver o último filme que vai sair.

Mas já leram o livro?

Se não, recomendo vivamente porque (lá vem a velha frase dos leitores) o livro é bastante melhor que os filmes.

No filme perde-se o registo do Tolkien, e este registo, acreditem que é muito importante para esta história, dá-lhe outro sentido e faz-nos sentir de maneira diferente, simplesmente…  faz-nos sentir.

No livro, mesmo que nunca se tenha ouvido a voz dele, é como se se o ouvisse a narrar a história.

“Num buraco do chão vivia um hobbit. Não se tratava de um buraco húmido, sujo e desagradável, cheio de restos de vermes e com um cheiro repugnante, nem tão pouco um buraco arenoso, nu e seco, sem nada para uma criatura se sentar ou em que comer: era um buraco de hobbit, e isso significa conforto.”

Só este primeiro parágrafo do primeiro capítulo do livro – “Um grupo inesperado” em O Hobbit – envolve-nos num calor aconchegante, faz-nos aninharmo-nos mais no sofá e esboçar um pequeno e doce sorriso, e isso significa Tolkien.

É assim, aninhados e confortáveis, que entramos neste livro, nesta aventura completamente inesperada.

Este livro não é só uma aventura, não é só uma história de um hobbit chamado Bilbo Baggins, que, num acto altruísta (e como ele próprio diria) imprudente, é levado pelo seu lado aventureiro, que o tinha deixado na infância, e parte nesta missão. Reaver a casa dos anões, porque ele tinha uma, e era injusto haver quem não a tivesse.

Ele foi esta criatura que nos surpreendeu, e mesmo pequeno e algo trapalhão, foi até ao fim e ajudou os anões.

Como em quase todos os seus livros, Tolkien frisa neste também, as suas preocupações ambientalistas, o seu desgosto de haver mal num sitio que poderia ser tão belo e apenas não o é porque o mal é quem detém o poder.

Ler este livro desperta a nossa curiosidade para o que está lá fora, desperta a vontade de partir numa aventura e suportar tudo o que ela tem de bom e mau, belo e feio.

Porque numa aventura nós vemos o belo, nós podemos tocar no belo!

Numa aventura podemos destruir o feio, acabar com ele como Tolkien sempre quis, destruí-lo com o que há de belo em nós e no Mundo.

O Hobbit não é só uma história. Nele relata-se a realidade de um mundo paralelo ao nosso. Tão paralelo que os problemas do mundo real sofrem alterações mágicas e se tornam reais no mundo de Tolkien.

Querem saber a diferença do mundo dele para o nosso? Leiam o livro.

Querem saber o que é nutrir sentimentos por figuras fictícias? Leiam o livro.

Querem sentir um quentinho agradável que irradia de dentro do vosso corpo?

LEIAM O LIVRO!!