O homem que casou com uma cabra

Olá leitores, eu sei que estão cansados da minha escrita presunçosa e demasiado prepotente. Sei também que prometi que escreveria sobre um assunto sério esta semana, mas não me contive. Peço desde já as minhas sinceras desculpas a todos os meus fãs, aqueles que esperam ansiosamente pela Quinta-feira, além de ser o dia da publicação da minha crónica também é o melhor dia para fazer amor (estudo comprovado dizem eles).

O senhor Aparecido Castaldo, residente em Jundiaí (terra aonde Judas perdeu as botas, as meias e já agora as cuecas, a 45 km de São Paulo, Brasil), com 74 anos, cuja atividade profissional é pedreiro, atualmente encontra-se reformado, resolveu casar-se pela quinta vez.

Até aqui tudo bem, embora o meu lema seja casamento há só um, ou resulta ou não há mais nenhum, qualquer alminha tem o direito de amar e ser amado cinco vezes na vida ou mais. A idade também pesa, compreendo que o senhor se sinta sozinho e precise de uma companhia feminina, mas casar aos 74 anos é só para os corajosos, a menos que tenha uma boa herança ou pé-de-meia escondido no colchão, não estou a ver outro motivo forte para tal disparate (desculpem a minha honestidade).

E casar cinco vezes é digno de registo. Eu que casei apenas uma vez e já estou pelos cabelos, não me imagino a casar a segunda vez e muito menos a quinta! Provavelmente o senhor Aparecido é um homem muito exigente, com muita energia para dar, deve exigir uma senhora com tudo (ainda) no sitio, uma fada do lar e uma cozinheira cinco estrelas, de certeza que não quer casar com uma cabra qualquer! O quê? Como? Podia repetir? O senhor Aparecido Castaldo vai casar com uma cabra! Li bem? Uma cabra, cabra? Daquelas com quatro patas e cornos? Nossa…e eu a pensar que estava louca só porque sonhei com o João Baião!

Carmelita é o nome da noiva-cabra, resolveram oficializar a relação após dois anos de união de facto.

Os oito filhos de Castaldo estarão presentes nesta linda cerimonia, que será realizada na única Igreja que consentiu tal matrimónio, uma Igreja cujo nome não deixa margem para dúvidas, a Igreja do Diabo.

Eu adoro histórias de amor, historias como estas fazem-me chorar de tanto rir. Neste momento só me questiono pelo seguinte: como será a lua-de-mel? É melhor nem imaginar…