O Lugar e o Produto do Trabalho – Patrícia Marques

O conforto no lugar de trabalho é um dos fatores imprescindíveis para que, todos os dias, nos possamos mover com motivação, para a nossa fonte de rendimento anual, que no final de contas, é onde normalmente se passa a maior parte do tempo. Quando me refiro a conforto, refiro-me ao conjunto de condições essenciais, para que o trabalhador possa executar a(s) sua(s) tarefa(s) da melhor forma possível, com eficiência e acima de tudo com um feedback de realização contínua, recebido por parte do trabalhador.

Muitas vezes, as hierarquias empresariais, escolhem uma estrutura hierárquica, onde a finalidade é existir um conjunto de tarefas designadas para cada pessoa na intenção de desenvolver uma organização quer ao nível da execução das tarefas em si, quer ao nível do capital humano. Por isso mesmo, a informação que chega da base ao topo da hierarquia, chega muitas vezes distorcida, ou então, existem condições e problemas ocultos a esse patamar, próprio para dirigir e solucionar os desígnios que vão surgindo, no objetivo último de gerar um maior e melhor capital.

O capital humano funciona aqui como o impulsionador do produto do trabalho desenvolvido. Fará diferença se um produto final chega às mãos do cliente, com uma denotação positiva (+), isto é, onde:

  • Se valorizou a satisfação do trabalhador;
  • Se proporcionaram condições de trabalho adaptadas à tarefa e ao trabalhador;
  • Existiu uma preocupação em solucionar os problemas que foram surgindo ao longo do processo de execução do trabalho;
  • Se atendeu às caraterísticas e personalidade do trabalhador, mediante a definição da função que iria executar.
  • Se ouviram as “soluções” e o feedback do trabalhador, relativamente, ao ambiente, às condições de trabalho, ao acompanhamento, à resolução de problemas designados, às “falhas”, à reciprocidade vida pessoal – profissional, à sua capacidade emocional, à sustentabilidade da sua motivação.

 

Deste modo, a avaliação dos riscos psicossociais, como o próprio nome indica, incide sobre os riscos psicológicos e sociais a que o trabalhador está exposto no seu trabalho. Temos, por parte dos meios de comunicação, a informação de que “o mercado de calçado” é um dos mercados com maior garantia de sucesso, ao ponto de ser internacionalizado.

Será a qualidade do produto final?

Será o produto, fruto da satisfação do trabalhador?

Serão as condições contratuais?

Será a possibilidade de trabalhar no processo da “criação”?

Será o acolhimento da “Pessoa”, dentro da empresa?

Serão os bónus e extras?

Será a organização eficaz, eficiente e sustentável e o feedback da mesma por parte do trabalhador?

 

Crónica de Patrícia Marques
Um lugar ao Sol