Ora viva, caro leitor! Hoje, dia 10 de Julho de 2018, celebra-se uma efeméride muito especial. Trata-se de algo que raramente alguém não gosta e que faz parte do quotidiano gastronómico de quase todos os cidadãos do planeta Terra. Falo, obviamente, de pizza! Quem não aprecia uma bela e sempre apetitosa pizza que atire a primeira pedra… Ei, calma… também não há necessidade de levar isto tão à letra e desatar a arrancar pedras da calçada para me atingir. Olhe para o nome da crónica, chama-se “O que eu digo não se escreve…”, por isso, controle-se. Para perceber um pouco melhor da história da pizza, decidi entrevistar alguém que percebe realmente do assunto. Ora vejamos…
Eu: “Olá, como está o meu caro amigo?”
Marco Bellini: “Olá! Podia estar bem melhor.”
Eu: “Oh, peço desculpa se o estou a atrapalhar, mas eu queria apenas…”
Marco: “…uma pizza, correcto? Eu sabia!”
Eu: “Calma… Por acaso não era isso que eu queria…”
Marco: “Então se não quer uma pizza, ponha-se na real alheta que eu estou cheio de trabalho hoje! Tenho clientes à espera de mais uma belíssima pizza elaborada pelo grande, majestoso e espectacular Marco Bellini!”
Eu: “Ah! Era mesmo sobre isso que vinha falar consigo hoje ó grande, majestoso e espectacular Marco Bellini! Eu gostava de saber a sua opinião sobre este grande dia para si, o “Dia Mundial da Pizza”?
Marco: “Oh, para mim é só mais uma terça-feira…”
Eu: “Ok, percebo… Mas o que acha da invenção da pizza? Deve ser algo que o marca profundamente, visto que ganha a vida com isso.”
Marco: “Sabe, às vezes sinto-me um pouco exausto… Mais valia não ter inventado esta iguaria…”
Eu: “Ah, mas não foi você que inventou a pizza! Foram os egípcios!”
Marco: “Correcto! Fui eu…”
Eu: “Como assim? Mas o senhor é italiano! Não é egípcio! Não pode ter sido você o inventor da pizza!”
Marco: “Pfff… Sim, actualmente sou italiano. Mas já fui egípcio… e fui eu que inventei a pizza…”
Eu: “Hã?!”
Marco: “Vê-se mesmo que você é português… Fui eu, enquanto egípcio que inventei a pizza. Ao princípio tratava-se apenas de misturar farinha com água. E assim ficou até eu falecer. Entretanto, reencarnei num grego e prossegui com a minha invenção, elaborando-a cada vez mais. Por exemplo, enquanto encarnado num grego, passei a usar farinha de trigo ou grão-de-bico. Já ouviu falar no “Pão de Abrão”?
Eu: “Já, sim senhor!”
Marco: “Pois… não era pão nenhum. Era pizza. Mas aquela gente era muito religiosa e não quis aceitar o nome pizza. Acharam que ficava mais no ouvido o “Pão de Abrão”, e eu acabei por aceitar.”
Eu: “Ah… E depois?”
Marco: “Depois? Depois voltei a falecer e reencarnei num turco. E aí comecei a acrescentar cebola e coberturas de carne. E por aí adiante, de reencarnação em reencarnação, até chegar aos dias de hoje em que sou italiano.”
Eu: “Ah, muito bem… Então e quantas reencarnações já teve?”
Marco: “Olhe, já perdi a conta. Já fui egípcio, turco, espanhól, brasileiro, grego, francês e italiano. Mas foi só quando reencarnei italiano que eu aprimorei realmente a pizza, graças aos famosos queijos italianos.”
Eu: “Que maravilha… Olhe, ó Marco Bellini, usando aqui uma expressão bem conhecida dos portugueses, que é “Marco Bellini é que sabe”… diga-me lá, finalmente, qual é o verdadeiro segredo da pizza: a massa ou o tomate?”
Marco: “Ah, isso é bastante simples…”
Eu: “Ai, sim?”
Marco: “O verdadeiro segredo da pizza não são os ingredientes em si… O verdadeiro segredo da pizza são as minhas reencarnações!”
Eu: “Ah… boa…! Então, já agora, qual será a sua próxima reencarnação?!
Marco: “Vou reencarnar num português e até já sei o que vou fazer com isso…!”
Eu: “Sim? E pode adiantar o que será…?”
Marco: “Posso! Vou inventar a pizza de Cozido à Portuguesa! Vai ser um sucesso garantido!”
Eu: “Eish… Deverá ser, sim… (Ou então vais é ficar internado para sempre num hospício…)”
Marco: “O que foi que disse?”
Eu: “Eu…? Ah… sim… Eu disse… Hum… Ah, sim, foi… feliz Dia Mundial da Pizza!”
Marco: “Ah! Obrigado! Até uma próxima reencarnação!”
Eu: “Inté! (Ou não… Espero eu…)”
Feliz Dia Mundial da Pizza!
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