Olá, a menina dança? – Sandra Castro

A dança e a escrita são as minhas duas grandes paixões e, modéstia à parte, até tenho algum jeitinho para ambas.

A dança sempre fez parte da minha vida e é parte essencial da mesma. Basta ouvir a batida e lá dou eu uns passitos. Desde o tcha-tcha-tcha à rumba, samba, hip-hop, sem esquecer o funk e a moderníssima zumba, a salsa que eu pessoalmente adoro e o  estilo livre, há um leque maravilhoso de estilos de dança para todo o tipo de gostos e disposições.

Dançar tem inúmeras vantagens, tais como: é uma excelente aliada da boa disposição, ajuda a reduzir o volume corporal e a tonificar o corpo, activa a circulação, perda de calorias de forma eficaz e divertida e sobretudo sem sacrifício. Em grupo é uma maneira fantástica de socialização, sem par é uma forma única de exprimir o que o nosso corpo e coração sentem, de “sacudir” para fora do corpo e pensamento os sentimentos bons e maus. Melhora o mau humor e é eficaz nas depressões. Excelentes motivos para sair do sofá, não concordam?

Lembro-me com grande carinho dos meus tempos de bailarina, quando pisava o palco era uma sensação formidável  Naqueles momentos não havia mais nenhum lugar que eu quisesse estar a não ser ali, em cima de um palco a fazer o que amo.Quando revejo as vhs (sim, naquela altura ainda só se usava as cassetes de video) sinto uma grande nostalgia, rio imenso, que parolice de danças, vestidos e músicas. Mas confesso que foi das melhores fases da minha vida!

Hoje em dia a disponibilidade é pouca (que raio de vida que nós deixa com pouco tempo para fazer o que realmente gostamos) mas pelo menos a vontade é sempre imensa, de vez em quando lá vou eu a uma dancetaria dar uns belos passos de dança.

Sim, sou jovem mas não “curto” discotecas, a minha “onda” é dancetarias com músicas de baile. Não gosto de batidas que não me preenchem o coração, gosto de sentir a música em todo o corpo. Gosto do ambiente das dancetarias, gosto particularmente de ver os “jovens idosos” em amena cavaqueira a “curtir” a dança ao som dos Diapasão, em grande convívio nas mesas dos bailes, e da excelente boa disposição que normalmente se encontra nesses locais.

E a propósito de dancetarias, é curioso o facto de que sempre que vou nunca me convidam para dançar. Ohhhhhh. Portanto, se da próxima vez que eu for dançar e descontrair ao som do Emanuel, e se por um mero acaso algum leitor estiver também por lá, pode vir ter comigo e fazer o belo pedido: Olá, a  menina dança? Prometo que respondo sim, eu danço!

Crónica de Sandra Castro
Ashram Portuense