Olha a bolinha de Berlim!!

“Voltei, voltei… Voltei de lá… Ainda à pouco estava de férias e agora já estou cá!!”
Teve saudades minhas?! Vá… Não se arme em durão. Eu sei que estava a morrer de saudades minhas. Quer dizer…minhas, minhas, não acredito das minhas crónicas, talvez! E adivinhe lá do que lhe irei falar hoje?! Eu ajudo: é sobre uma coisa típica do Verão. Ainda sabe o que é o Verão, não sabe? É aquela estação do ano que ainda não chegou… Ou, se chegou, foi-se embora tão rápido mas tão rápido que nem demos por ele. AHH patife! Pois é… Hoje irei falar-lhe sobre: bolinhas de Berlim! (NHAMMM!)

“Chamavas-lhe bolinha, metia-la na boca… E trincaaaavas. Trincaaaavas!
Por ela ficas louca, cheia de água na boca… E trincaaavas. Trincaaaavas!
Já com creme no cabelo e algum açúcar no cotovelo… Tu trincavaaaas. Trincaaaavas!”

Que linda que é esta música meus amigos. Esta é, para mim, a música do verão! Uma música que devia ser considerada o Hit sensação dos vendedores das bolas de Berlim no Algarve. Esses vendedores ambulantes «chatos como putaça» mas queridos «como o raio» que são capazes de nos alegrar ou estragar uma belíssima tarde de praia…
Quantos de nós já não amaldiçoaram estes senhores por causa da chinfrineira que faziam enquanto queríamos descansar? E, desses tantos, quantos foram os que depois dos amaldiçoarem não desejaram que eles passassem novamente pela nossa toalha? Hum?… Vá confesse. Bem me pareceu…

Será que há aqui alguém que nunca tenha comido uma bolinha na praia? (Atenção: malta que seja alérgica não conta, ok?) Eu já comi! E digo-lhe: não foi só uma vez… E ainda lhe digo mais: foi tãããõoo bommm. Quase tão bom como um… um… um passeio à beira mar no fim da tarde! (Pensava que eu ía dizer o quê, seu malandro? Hum…? Um orgasmo? Aiii, aiii. Não podem apanhar um pouco de sol que ficam logo todos acesos… Ó meus amigos, comer bolinhas na praia sabe muito bem mas também não vamos exagerar, não é?!)

Eu Confesso que não sou um tipo guloso mas a combinação de sal, sol, água fria e bolas de Berlim é, para mim, uma das melhores coisas do mundo. Durante o resto do ano é um bolo que dispenso. Mas assim que aperta o calor e meto os caniços na areia «zimba» dá-se-me logo uma vontade de devorar bolinhas que nem vos digo nem vos conto. Eu sei que é errado mas sabe tão bem… É tipo irmos para a cama com a ex-namorada ou ex-mulher. É errado, faz mal, sabemos que nos vamos arrepender depois mas na altura não conseguimos resistir!

E por falar em ex-mulheres… Que história é essa da língua da sogra? Quem é que quer comer a língua da sogra? Humm…?? Que mundo é este, meu Deus?! Não seria melhor: «OLHAA A LÍNGUA DA MELHOR AMIGA DA MULHER!» ou ainda «OLHA A LÍNGUA DA PRIMA» Isso sim eram línguas boas de se comer, agora da sogra?! Pfff… Sinceramente…

Para terminar quero apenas elogiar todos os vendedores originais de bolas de Berlim. Aqueles tipos inovadores que em vez da tradicional cantilena: «BOLIIIIINHAS!! Olha a bolinha de Berlim! Há com creme e sem creme… Olha a língua da sograaaa…» adoptam slogans tão fantásticos como estes:

«AS BOLINHAS DO MANEL SÃO DOCES COMO MEL!»
«QUEM A MINHA BOLINHA PROVAR, NUNCA MAIS VAI QUERER DEIXAR!»;
«COMA AS BOLINHAS DO ZÉ, APROVEITE ENQUANTO ELE AINDA ESTÁ EM PÉ!» ou ainda :
«CHORA BEBÉ, CHORA! CHORA QUE A MAMÃ COMPRA… JÁ CHEGA BEBÉ, PARA DE CHORAR QUE A MAMÃ JÁ TÁ A PAGAR…»

Uma enorme salva de palmas para estes autênticos ‘Quim Barreiros’ da doçaria veraneante. Um bem-haja para todos. (Excepto para quem está de férias… A esses desejo que comam uma bolinha com doce estragado e fiquem a ‘pintar de pistola’ durante 3 dias…Pumba! A inveja é lixada…)