Onde está a Pessoa nas organizações? – A importância do Capital Mental – Patrícia Marques

William Schaufeli (2011) refere a necessidade de se observar o capital mental nas organizações. Entre o capital monetário e o capital humano, existe o capital a ser desenvolvido, adaptado, reestruturado e possivelmente (se assim for necessário) reabilitado.

Este capital mental, refere-se ao conjunto de estruturas de pensamentos organizados, que visam responder aos desafios das tarefas apresentadas. A organização mental deve de encarar as tarefas como um desafio satisfatório/motivacional que levará à realização. A vida organizacional deve de estar em constante harmonia com o capital humano.

Pode-se verificar as seguintes situações:

– A existência harmoniosa capital humano – capital mental (desenvolvimento psicossocial) – capital monetário.

– A existência harmoniosa capital humano – capital monetário, mas a inexistência de segurança ao nível do capital mental, i.é, a falta de encorajamento de compromisso capacidade – atitude (fruto da intervenção psicossocial)

– A existência harmoniosa capital humano – capital mental em desarmonia com o capital monetário (necessidade de intervenção ao nível da reabilitação psicossocial ligada ao dever do trabalho)

– E por último, a inexistência harmoniosa entre os 3 segmentos que devem de ser entendidos pela Pessoa, em contexto Pessoalidade – Organização.

É claro que apenas a primeira situação de harmonia é a que é genuinamente credível. As 3 situações posteriores podem dar segurança em muitos aspetos da vida quotidiana mas não em todos. Deste modo, as organizações devem requerer uma estrutura Pessoa – Trabalho como um desafio constante, como situação fortificada, com valores sustentáveis parte a parte.


Hoje em dia se fala cada vez mais em “Reorientar para o trabalho”, em vez de “Reorientação vocacional”. Numa perspetiva própria, isto não está muito certo, mas está adaptado às circunstâncias que são possibilitadas no próprio País.

 “Já te deste conta das atividades que te deixam realmente feliz, quando o produto de atividade fica pronto?”

“Já alguma vez fizeste Orientação Vocacional e comparaste com o tipo de atividades que gostas e ficas feliz ao realizar?”

Cada vez mais o capital mental, seja nas organizações, seja na vida privada e pessoal, está cada vez mais enraizado no contexto do trabalho; isto porque, o dinheiro é necessário para comprar, mas a prevenção de riscos psicossociais é importante para intervir. A sociedade deve de ser bem vivida, não num standard padrão “ ganhar dinheiro – trabalhar – gastar”, mas num processo superior, ou seja, num continuum de vida onde conste o sentido da felicidade, ante a observação de um estado precário ao nível monetário.

Isto porque, um standard padrão, desenvolve (não existindo prevenção dos mesmos) problemas situacionais, sociais, emocionais, psicológicos, físicos, que darão origem à substituição e possivelmente a desemprego e desarmonia nas esferas da vida da Pessoa. Um processo superior visa responder com motivação aos desafios, utilizando a ferramenta “Criatividade”, “WorkTeam” ou outro tipo de ferramenta que dá um sentido de felicidade ao “WorkCreator” que realiza com devoção – valor, o trabalho que lhe dará o fruto monetário necessário, dando por isso a resposta às necessidades sentidas, não só no âmbito financeiro, mas também no âmbito familiar. Deste modo, as barreiras valores e trabalho em si mesmo são transpostas e farão muito mais sentido para a Organização maior que é a organização famíliar.

Sites pertinentes sobre o assunto:

William Schaufeli sobre Workengagement

Associação Portuguesa de Saúde Ocupacional – Intervenção em riscos psicossociais

Crónica de Patrícia Marques
Um lugar ao Sol
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