Ooops! Esqueci-me do raio do título… Ricardo Espada

Olá, caríssimos leitores que adoram perder o vosso tempo precioso a ler esta crónica. Quero avisar-vos de uma coisa: o tempo que irão perder a ler este texto, nunca mais o irão recuperar. E quando chegar o vosso momento final, em que estiverem prestes a dar o último suspiro, lembrem-se que os minutos que perderam a ler este texto, vos irá fazer muita falta – nem que seja para pedir a arrastadeira à auxiliar médica…

Bom, vamos lá abordar outro tipo de temas bem mais interessantes, que eu ainda sou muito novo para pensar em “momentos finais”, “últimos suspiros” e, obviamente, para necessitar de uma arrastadeira para fins de defecação…

Quero abordar o tema “Publicidade Natalícia”. Chega a esta altura, em que falta cerca de duas semanas para o Natal (Uoi! Duas semanas?! E cadê as prendas?! Será que, se eu não oferecer prendas a ninguém este ano, usando como desculpa o facto de ter ficado com o cartão de multibanco preso numa máquina de MB, as pessoas acreditarão e exclamarão na noite da consoada “Oh, coitado. Deixa lá, são coisas que acontecem…”? Não custa tentar, pode ser que pegue…) e já há algum tempo que começaram a surgir os anúncios de Natal, nos canais de televisão. São anúncios chatos, aborrecidos e que me levam à loucura. Fico deveras devastado, com uma publicidade em especial – a publicidade aos perfumes.

Confesso, eu sou um autêntico leigo no que respeita à matéria de perfumes. Para mim, os perfumes são todos iguais. Cheiram todos a qualquer coisa, que eu nunca consigo identificar o quê. Mas calma… Antes que comecem a acusar-me de não usar perfumes, deixem-me contrariar-vos o raciocínio, partilhando com vocês que sim, eu uso perfume. Mas, da mesma forma que vos digo que sou um leigo no que respeita a perfumes, também inocentemente vos informo que, o perfume que eu utilizo cheira a qualquer coisa que eu não sei, nem quero saber. Cheira a algo que eu gosto, e pronto, ficamos por aqui.

Durante um ano inteiro, raramente se observam anúncios de perfumes nas televisões. Ok, uma ou outra vez, lá aparece uma publicidade absurda a um perfume ou outro, mas nada como nesta época natalícia. Nesta altura do ano, os anúncios a perfumes tornam-se aborrecidamente e, exageradamente, demasiado excessivos. E, agora, os leitores interrogam-se o porquê de eu estar a encalhar neste assunto, tal e qual o capitão do Costa Concordia, naquele trágico dia em que decidiu armar-se em Ayrton Senna, fazendo uma manobra arriscada junto à margem, apenas para impressionar uma moçoila. Tendes calma, que eu explico-vos ó leitores impacientes. A explicação é simples, e bastante básica: eu sofro de Rinite Alérgica.

Por isso, sempre que vejo na televisão uma publicidade a um perfume qualquer, desato imediatamente aos espirros – o que é estranho, visto que não possuo uma televisão com tecnologia 5D. Mas, de facto, é o que acontece. E, como sofro de Rinite Alérgica, chego a espirrar cerca de 10 vezes seguidas sem parar em frente à televisão. Resultado: de meia em meia-hora, tenho de andar com um paninho a limpar o ecrã do raça da televisão. O que, convenhamos, é demasiado aborrecido, visto que, a intenção de Eugene J. Polley ao ter inventado o comando à distância, é para estarmos sentados no nosso sofá, e passarem-se dias ou meses, sem chegarmos perto da televisão para mudar os canais, quanto mais para limpar o ecrã da televisão com um paninho.

Estou agastado com tanto anúncio de televisão, em que os perfumes são o tema principal. Estou a considerar abster-me do mundo televisivo até Janeiro, mas acho que seria uma loucura o fazer – porque as televisões estão em todo o lado: em casa; no café; no consultório médico, etc. Enfim, elas estão em todo o lado, e andam de braço dado com a publicidade de perfumes, só para me tramar. No fundo, isto é um raio de uma conspiração para arruinar-me o Natal! As sacanas das televisões! As patifes! As bandidas! As… maravilhosas televisões que tanto prazer pessoal me proporcionam… (Calma, não estou a referir-me à visualização de filmes para adultos, hem! Estou a falar de séries de televisão, futebol e pornografia. Ah, bolas… Voltou-me a fugir os “dedos” para a verdade… RAIOS!)

Até para a semana, malta catita!


RicardoEspadaLogoCrónica de Ricardo Espada
Graças a Dois
Visite o blog do autor: aqui