A opinar com… Ana Martins

Bruno Neves e Filipe Vilarinho, são os autores desta rubrica que todos os meses coloca 5 perguntas de actualidade a leitores. Tornando assim a interacção da opinião publica e acessível a todos.

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Este mês a escolhida foi Ana Martins, do Porto, assistente administrativa, casada e com duas filhas, vivendo a realidade do Portugal de hoje. Foi pedida a sua opinião sobre 5 temas quentes.

Ana

Ana Martins
Assistente Administrativa
Porto
Casada
Duas Filhas

 

 

Mag.+opinião – A Ana tem duas filhas e daqui a uns anos é possível que elas optem por ir para a Universidade. Se quando esse dia chegar as suas filhas lhe disserem que querem ir à praxe como vai reagir?

Ana Martins – Bem falando muito sinceramente não sei bem, por um lado acho que se for da vontade de alguma delas ser praxada o deve ser, por outro tenho muito receio. O que espero sinceramente é  que elas alinhem apenas nas praxes em que se sintam confortáveis,ou seja que não façam nada que não queiram, que ponha causa a integridade física e psicológica delas e principalmente a vida delas. E que também nunca o façam aos outros. Respeito mútuo.

Mag.+opinião Na sua opinião o que distingue a boa da má praxe?
Ana Martins – Bem não se pode dizer que exista uma boa praxe e uma má praxe, pois tudo depende, dos seres humanos que estão presentes ,quer a praxar quer a ser praxados, pois ninguém é obrigado a fazer o que não quer. Mais uma vez digo que tem que haver respeito pelas partes envolvidas.

Mag. +opinião – Na sua opinião o actual Governo está a tomar as melhores medidas para recuperar Portugal ou podia ter sido seguida outra estratégia?
Ana Martins – A meu ver alguma coisa tinha que ser feita, se calhar as medidas tomadas foram drásticas demais, pois acabou por afetar muitos inocentes. Pois se existiam classes médias, as mesmas deixaram de existir e apenas existem os ricos que pouco sentem, os pobres e os miseráveis.

Mag.+opinião – Terá sido esta crise uma forma de demonstrar aos portugueses que era preciso poupar mais e gastar menos?
Ana Martins – Provavelmente, pois conheço algumas pessoas que ganhavam 100 e gastavam  200, hoje em dia ganham 100 e tentam gastar apenas 95.

Mag.+opinião – Tendo em conta a grave crise que ainda passamos e que futuro antevê para as suas filhas?
Ana Martins – Não consigo fazer previsões, tudo é possível, primeiro espero poder continuar a pagar os estudos das minhas filhas esse for da vontade delas a faculdade, e quando se formarem que consigam arranjar trabalho cá senão, terão que emigrar.

Mag.+opinião Falando especificamente do ensino, que comentário lhe merece o actual Ministro Nuno Crato?
Ana Martins – Não consigo entender em que pode ser benéfico para os estudantes, ter os mega agrupamentos, turmas enormes e a falta de pessoal docente quer no início de cada ano letivo quer na ausência de qualquer professor que falte por tempo indeterminado. Que pense que se quer ter futuros adultos com formação, civismo e educação, tem que pensar mais nas crianças de hoje e não no dinheiro que elas representam.

Entrevista produzida e conduzida por Bruno Neves e Filipe Vilarinho
Os nossos agradecimentos à entrevistada Ana Martins.