A origem do Walking Dead e os comprimidos do ó-ó!

O pensamento que vos trago hoje é estupidamente brilhante! Mas tão brilhante, tão brilhante, que o melhor mesmo é nem sequer o ler para não ficar ofuscado…

Hoje acordei sem vontade absolutamente nenhuma de sair da cama. Não sei se foi por ter dormido pouco, se por estar frio no quarto ou, simplesmente, porque estava abraçado à minha almofada de uma forma tão sexual que temia que, se a largasse, ela fosse procurar outro… Era uma daquelas manhãs que damos por nós a ponderar ficar na cama e inventar uma desculpa qualquer para não ir trabalhar: “Estou chefe, não vai dar para ir trabalhar! É que… tenho um “janjão” no pé esquerdo que está a dar conta de mim. Nem consigo andar!” Mas rapidamente tirei dali o sentido. É porque a desculpa, para além de esfarrapada, não iria surtir qualquer efeito. É que o chefe sou eu. E apanho-me sempre que estou a mentir! (Gostaram da forma subtil que eu arranjei para dizer que sou chefe? Eheh! Sou um pindérico, eu sei!)

Portanto não havia nada a fazer, tinha mesmo de levantar o meu rabo preguiçoso da cama e ir à minha vida. Arrastei-me até ao W.C., fiz a necessidade nº 1, tomei banho, lavei os dentes e vesti-me. Felizmente consegui fazer tudo isto pela ordem correcta mas, infelizmente, o sono teimava em não me largar (quase que parecia aquele boneco do “muco” no anúncio do “Mucorhinathiol – Mucoral”).

Eis que, durante o pequeno-almoço, tive uma ideia genial! Então e se eu criasse um comprimido capaz de enganar o meu organismo, fazendo com que ele pensasse que já não tinha sono? Um comprimido que após a sua ingestão me desse a sensação de uma noite bem dormida. Ou então de apenas uma sesta. Ou ainda de uma autêntica “cura de sono”. Já estava a ver tudo… Seriam comercializados em embalagens de 7 comprimidos (que era para não haver abusos por parte das pessoas) e nas seguintes dosagens:
Pequena sesta – Satisfação da necessidade de ó-ó entre 30m até 2h;
Noite bem dormida – Satisfação da necessidade de ó-ó por um período de 8h;
Cura de sono – Satisfação da necessidade de ó-ó entre 12 a 16h. Uau! Fantástico! Tinha tudo para dar certo… (ou não.)

Então e porque é que não deu?! Simples. Porque eu não percebo nada de fármacos. O que é uma pena, pois se percebesse a esta hora estaria rico. Montava um laboratório de drog… Ahhh… Quero dizer, montava um laboratório de comprimidos legais e inofensivos. Tudo dentro da lei, claro. Ouviram senhores agentes da polícia que possam estar a ler isto. Tudo legal! E com factura e recibo, para o Passos Coelho não se zangar comigo. Ok? Mas, infelizmente para mim, sou uma nulidade no que toca a essa área.

E pronto, agora para além de ter de ir trabalhar contra vontade, ainda inventei um comprimido fantástico que não vou poder criar. Já não me bastava o sono e ainda tinha que levar com a frustração. Olha que belo início de dia…

Mas eis que no caminho para o trabalho, tive uma epifania! (Na realidade foi só um pensamento parvo mas sempre quis dizer que tive uma epifania…) “O Wallking Dead deve ter começado assim!”. Muito provavelmente a origem dos zombies deveu-se a um grupo de pessoas viciadas em comprimidos destes… Os tipos devem ter tomado os “comprimidos do ó-ó”, mais do que duas semanas seguidas, e os seus cérebros transformaram-se em “papa”. Depois disso os seus organismos carentes começaram a pedir carne humana crua – e de preferência viva – para aguentarem a privação de sono.

Palmas para mim! Ainda não terminou a série do Walking Dead e já descobri tudo!
“Ó Gil, mas tu não descobriste nada! Apenas supões como é que tudo começou. Então e qual é a cura?” – Perguntarão alguns leitores. E eu respondo: “A resposta para a cura, caros amigos, é óbvia! Basta arranjarem umas maquinetas do género daquelas onde estavam as pessoas “armazenadas” no filme Matrix, enfiarem os zombies todos lá para dentro e deixarem-nos lá a dormir durante 1 ano. Certamente após esse ano tudo voltará a ser como era antes. Bom… Quase tudo. É porque muitos deles já não têm os membros todos…E, parecendo que não, é difícil de se arranjar um emprego quando se têm um olho a menos ou só metade do corpo.”

Por isso amigo leitor, amanhã, quando acordar e pensar em ficar mais 10 minutos na cama lembra-se do meu artigo. Antes menos 10 minutos de sono do que 10 centímetros de cérebro. Adeus e até breve!

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Crónica de Gil Oliveira
Graças a Dois
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