Os que querem ficar por cá – Maria João Costa

O que é nacional é bom, e não fui que o disse. Pode haver quem não acredite que é possível, mas por cá ainda de fazem umas coisas que valem a pena.

Talvez seja ironia, ou talvez seja só eu que não percebo nada de economia e acho isto uma boa notícia, mas os números não mentem. “Empresas com capital inferior a 5 mil euros representam 50% do total das constituídas e cresceram 72% face a Janeiro de 2012”. Resumindo, há por aqui empreendedores, ou demasiados portugueses que ganharam o euromilhões, mas que são sobrinhos do “tio Patinhas”.

Partindo do princípio que a primeira hipótese é a que se aproxima mais da realidade, é sobre ela que devíamos de falar, apontar, sublinhar, mostrar, enviar, e fazer notar. Não é preciso sair de casa, nem do sofá para se perceber que há cada vez mais jovens com vontade de ficar em Portugal, e com emprego. É caso para dizer que se “o Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé”, se não há emprego, cria-se um.

Depois de uma atualização de meio segundo no Feed do Facebook, depressa consegui encontrar três exemplos de jovens portugueses, que não ganharam o euromilhões, e que se fizeram à estrada, com menos de 5000 euros, muito menos.

http://www.lemiserable.com.pt, um jogador de futebol que de miserável não tem nada, que criou uma marca de t-shirts que se diferencia de todas as outras pela originalidade, e criatividade. Cada bocado de tecido tem uma mensagem que se faz ouvir.

http://www.oluismoreira.com, fotógrafo. Começou por fotografar os amigos a andar de skate e percebeu que podia fazer disso um estilo de vida.

www.improveit.pt, dois recém-licenciados em fisioterapia desempregados. Começaram há dias a gerir uma empresa que pretende criar soluções na área da Saúde e das Ciências do Desporto, com ênfase na formação contínua e na prestação de serviços.

Pelo menos eles tentaram.

Crónica de Maria João Costa
Oh não, já é segunda feira outra vez!