As páginas da vida com Felicidade – Patrícia Marques

Love-Path

A felicidade é buscada pela população em geral. Uns dizem que Ela, a felicidade é encontrada; outros que são as pessoas que aos poucos vão conseguindo alcança-la; outros ainda referem que a felicidade não existe, que existe sim, a satisfação e/ou realização dos nossos sonhos/desejos/objetivos de vida. Ante tudo isto sabemos que a felicidade é sentida, manifestando-se muitas vezes por estados emocionais, resistência e extroversão da personalidade e até mesmo extrapolação de limites inicialmente estabelecidos.

Onde, Como e com Quem é que o leitor já encontrou/sentiu/ construiu felicidade? Decerto que para uns a felicidade é encontrada em certos momentos, com esta e aquela pessoa e para outros a felicidade é encontrada em momentos de uma simples ocupação. Para uns a felicidade pode derivar de uma simples situação, e para outros a felicidade é um cultivo de pensamentos, comportamentos e emoções positivos.

Depois disto, se o leitor realizar uma pausa, pode-se perguntar: «Na minha vida, quando é que eu senti a verdadeira felicidade?»; logo depois pode recordar-se dessas situações e apontá-las num caderno com 3 colunas: «Fui feliz quando…»; «Fui feliz com o/a…»; Fui feliz no(a)…». A resposta às três colunas é respetivamente: uma situação descrita; uma pessoa; um lugar. E qual o objetivo deste exercício prático?

O objetivo é pesquisar o núcleo da sua felicidade, isto é, as circunstâncias, as pessoas e os lugares. Deste modo terá a noção do dispêndio de tempo para com outras circunstâncias que não lhe dão a verdadeira noção da felicidade que é a sua, isto é, a noção de felicidade pode variar de pessoa para pessoa.

Valdemar Angerami (2007), dá um exemplo simplificado desta afirmação:

“Uma mãe chorosa diante da gravidade de uma cirurgia a que o filho se vê submetido repentinamente definirá o êxito dessa cirurgia, bem como o restabelecimento do filho como uma situação de extremo arrebatamento, em que o seu coração transbordará de felicidade.

Se a felicidade está presente no coração dessa mãe, certamente estará no coração de um adolescente que, após superar as dificuldades de um árduo vestibular, consegue a tão almejada vaga na universidade. Também se faz presente no coração dos torcedores de um time de futebol – a despeito de quantas desventuras, sofrimentos e desatinos a existência possui – quando esse time sagra-se campeão de determinado torneio”.

O próprio leitor ao considerar-se um ser pessoal, pode visualizar ‘cenas’ de felicidade no seu campo pessoal e profissional, pois todo o ser para além de um ser físico é também um ser espiritual.

Outrora, a existência espiritual parecia ser ofuscada por uma resolução rápida enquadrada dentro de um paradigma biopsicossocial. No entanto, na atualidade, a investigação na área da espiritualidade já se realiza em ciência. É claro que com isto não se quer dizer que se busca a sua origem, ou essência, mas sim, em que medida contribui para se alcançar a tão almejada felicidade.

O leitor na análise do seu caderninho pode tentar encontrar formas de felicidade eterna. Esta felicidade, tal como Angerami (2007) diz: “ consegue não apenas aliviar as agruras da existência, como também tornar suportável a vida materializada e coisificada imposta pela tecnocracia moderna”.

Felicidade, felicidade, felicidade, será que este mundo pode ser um mar de rosas?

Crónica de Patrícia Marques
Um lugar ao Sol
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