O Pai Sofre de hoje é um cocó!

Ora viva!
Agora que sou pai há várias coisas que me preocupam. Uma é quem ganhou as eleições, outra é a situação dos migrantes/refugiados, e outra ainda é se a minha filha faz, ou não, cocó. Em suma, passei a preocupar-me com merdas que até então não ligava patavina.

Em relação ao (des)governo, que nos irá (des)governar durante os próximos 2 anos (sim, porque duvido que aqueles dois estarolas se aguentem a governar, durante muito tempo, sem a maioria absoluta…) não tenho muito a acrescentar. O Povo decidiu está decidido! Se é cocó que querem é cocó que terão! Em relação à vinda dos Sírios para Portugal tenho tentado abster-me ao máximo. Ao fim ao cabo não há muito que eu possa fazer (pelo menos para dificultar a vinda deles para Portugal…) e toda a gente sabe que quanto mais se mexe no cocó, pior ele cheira… Mas, no que diz respeito ao cocó da minha filha, aí sim, eu tenho uma “palavra” a dizer!

As cólicas são o pior inimigo de um bebé. E, por consequência, de um pai. Não há nada pior do que vermos o nosso filho, ou filha, a chorar desalmadamente sem o conseguirmos ajudar.
A pediatra ensinou-me que a melhor forma para aliviar as cólicas era através de uma simples massagem, ou então fazendo pressão com as suas perninhas, contra a própria barriga. Segundo ela, qualquer uma destas duas soluções ajudariam a passar as cólicas uma vez que facilitavam o cocó a sair. Mas eu descobri outra forma: vendo o Canal Parlamento! Descobri que a minha filha adora fazer cocó a ver os políticos a discursarem na Assembleia da Republica. O que pensando bem até faz algum sentido. Se sempre que eu vejo programas de culinária na T.V. fico com fome, porque raio é que ela não há-de ficar com vontade de fazer cocó a ver… políticos!

(Agora que penso nisso, acho que seria fantástico se conseguíssemos expulsar os políticos do Governo com a mesma facilidade que expulsamos o cocó de dentro do intestino dos nossos filhos… Uma simples flexão das pernas contra a barriga e “PLOFT” já eram…)

Está a começar a ficar enojado com toda esta conversa escatológica?! Pois… Então seguramente é porque ainda não é pai!
Ser pai é isto! Ser pai é perder o nojo de tudo… É ser capaz de limpar rabos sujos, ser “baptizado” com cocó, levar banhos de chichi, ter vómito por todo o lado, aspirar ranho com a boca, limpar tudo e mais alguma coisa com as mãos… Só para ter a noção do quão “fantástico” é ser pai, fique sabendo que só nestes últimos dois meses de vida já limpei mais porcaria do que nos 31 anos anteriores.

Ok,  confesso que sou um pouco “nojentinho”. Não vomito. Raramente faço cocó. (E mesmo quando faço não olho para ele. Desculpem-me mas não compreendo essa gente que olha para o cocó, a ver se está bonito…) E se tiver alguém a vomitar próximo de mim, fujo. (Mesmo que esse alguém seja a minha esposa ou um ente querido). Lamento mas essas coisas escatológicas e fisiológicas não são bem a minha onda. No entanto, no que toca à minha filha, as coisas mudam completamente de figura. Transformo-me numa espécie de Super-Herói-Limpa-Porcarias! Estou lá para tudo… É claro que das primeiras vezes não foi fácil. As primeiras fraldas foram trocadas sem lhe limpar o rabo sequer. A primeira vez que ela “bolçou” em cima de mim eu bolcei de volta. A primeira “aspiradela nasal” acabou comigo a cuspir-me todo, mas fora isso acho que as coisas até vindo a correr bem. O truque é tentar não respirar enquanto se está a tratar dela!

Por isso, futuros papás e mamãs de Portugal. Não pensem muito nisso. Isto são apenas fases. (Ou fezes, neste caso! AH! AH! Perceberam?! São fezes… AH! AH! AH! Não liguem, isto é da falta de horas de sono.).

Primeiro é a adaptação, depois vem o “the real deal”. Sim, porque parece que estes cocós que ando a limpar são os melhores… Diz que os próximos já têm cheiro e tudo… Oba! E eu que era capaz de jurar que estes cheiravam mal o suficiente.

(Agora que penso bem, este Governo é mesmo como um cocó de bebé… Quando achávamos que isto era o pior que havia e que não tarda nada estávamos livres dele, descobrimos que afinal de contas ainda vai piorar bastante nos próximos anos…)

“Ai! Ai! Pai Sofre!”