Pensamentos dispersos entre a crise e o futebol

Esta época futebolística está ao rubro. Não quero ferir susceptibilidades nem criar inimigos por isso não vou falar de clubes, nem de quem é melhor ou pior e muito menos de arbitragens.

Mas não resisto a pensar, cada vez que ouço presidentes, treinadores e até adeptos, que assim nunca mais chegamos (enquanto país) a lado nenhum. Eu passo a explicar: numa vitória são todos os maiores mas quando as coisas correm pior (empate ou até derrota) a culpa é do árbitro, do adversário e do sistema. Nada de pôr a mão na consciência e perceber o que falhou na táctica e o que se pode fazer melhor durante os treinos para que no próximo jogo seja diferente. Extrapolando para a situação do país: a culpa do desemprego é da crise, a culpa da crise é da troika, a culpa da troika ter entrado é dos safados da Merkel e do Sarkozy e assim por diante.

Enquanto não pusermos a mão na consciência e virmos o que estamos a fazer mal quer enquanto gestadores da nossa casa, do nosso emprego e do nosso país, a crise vai continuar bem viva.

Há um dito popular que diz que “enquanto um dedo aponta para outro temos 3 a apontar para nós”…

Crónica de Maria Café
Pensamentos Dispersos