Perfeição escreve-se com três letras apenas: Mãe

Ao longo destes dois anos (quase três) de colaboração com o Mais Opinião escrevi mais de cem crónicas. Houve espaço para tudo um pouco: temas genéricos, crónicas muito pessoais, curiosidades surpreendentes ou temas actuais e pertinentes. E todas foram difíceis de escrever, cada uma à sua maneira. Mas nenhuma se equipara sequer à dificuldade desta que agora lêem. Porquê? Porque esta crónica serve para parabenizar e homenagear a pessoa mais importante da minha vida: a minha Mãe.

Estou com a minha mãe desde o dia em que nasci. E em quase vinte e quatro anos raros foram os dias que não passámos juntos. Não terão sido mais de meia dúzia com toda a certeza. Isto perfaz assim um total de 288 meses, 8760 dias, 210379,5 horas, 12622770,3 minutos, 7573366224 segundos e 31,536000000 milésimos de segundos (isto se as minhas contas estiverem correctas, e ambos sabemos que a matemática nunca foi o meu forte, não é mãe?). E durante a esmagadora maioria deste tempo estivemos juntos, lado a lado a viver a vida sempre em paralelo. E se viver comigo durante um curto espaço de tempo já é difícil imaginem durante tanto tempo. É uma tarefa hercúlea, só ao alcance de uma mãe, claro está.

Partilho com a minha mãe imensas coisas, mas a primeira de todas é o dia de nascimento. Ela nasceu hoje mesmo, dia 10 de Junho, enquanto que eu nasci exactamente um mês depois, 10 de Julho. Assim que eu nasci, ainda nada tinha vivido, e já tínhamos algo que nos unisse para todo o sempre. Daí em diante haveríamos de partilhar cada segundo, cada passo em frente, cada recuo, cada vitória, cada derrota, cada sorriso, cada lágrima como se fosse a última.

Cometi muitos erros e tive a minha quota-parte de falhanços, parvoíces e más decisões. Mas em todos estes momentos estiveste onde uma Mãe deve estar: ao meu lado. Sempre acreditaste em mim e no meu potencial. Sempre escutaste as minhas ideias malucas e as minhas teorias loucas. Nunca duvidaste de mim nem da minha palavra. E isso é algo que nunca se esquece, passem os anos que passarem, seja o que for que a vida nos destine no futuro.

Se hoje sou licenciado (e quase mestre) a ti o devo, pois sem o teu apoio (económico, mas não só) nunca teria chegado tão longe. Se hoje sou locutor de rádio na Rádio Voz de Alenquer a ti o devo pois sem a tua força, o teu apoio e os teus conselhos de ouvinte fiel e atenta não teria descoberto a maior paixão da minha vida: fazer rádio. Se hoje sou “político” mais uma vez a ti o devo, pois sem o teu incentivo e a tua disponibilidade em me acompanhar sempre que necessário nunca teria tido a oportunidade de hoje estar numa posição que me permite ajudar tantos habitantes da nossa freguesia e do nosso concelho. Se hoje escrevo crónicas para o Mais Opinião, para o Magazine Mais Opinião, para o PT Jornal, para o Trendy Mind e para o Song to Sing Along a ti o devo pois foste tu que descobriste o anúncio a pedir escritores para esta grande família que é o Mais Opinião. A paixão pela leitura e pela música herdei-as de ti, levando-me isso a lembrar-me de ti a cada página lida ou a cada música ouvida.

Obrigado pela educação que me deste, pelos valores que me transmitiste e acima de tudo pelo amor e carinho que me dás todos os dias. Se hoje sou quem sou a ti o devo. Apenas prometo o que posso cumprir (o que é um mau lema de vida para um político, pensarão vocês caros leitores e com alguma razão) como tal prometo amar-te, apoiar-te, fazer-te sorrir e soltar gargalhadas, estar a teu lado acompanhando-te para todo o sempre, porque o laço que nos une é eterno e inquebrável.

Hoje, dia 10 de Junho, é o dia de Portugal, mas também é o teu dia. E sendo o teu dia é, inevitavelmente, o meu dia também dado que compões uma parte importante do meu ser. Por mais anos que passem nunca conseguirei agradecer-te e retribuir-te o suficiente por me teres gerado, dado à luz e criado. Para mim perfeição escrevesse com três letras. Para mim perfeição é igual a mãe. Porque no meio dos teus defeitos para mim és perfeita. Amor de mãe é único, e eu tenho a sorte de ser amado todos os dias do ano, por ti e pelo pai. A vocês digo obrigado, o meu profundo obrigado.

Feliz dia mãe/mãezinha/ mamã/mãmãzita, que a tua vida seja longa, repleta de sorrisos e gargalhadas e que estejas sempre rodeada de todos aqueles que têm lugar no teu coração.

Quantos a vocês caríssimos leitores, que esta crónica seja uma forma de vos relembrar da importância que os pais têm na nossa vida e na definição da nossa personalidade. Sem eles não seríamos nada, nem sequer tínhamos nascido quanto mais viver o que quer que seja. Valorizem aqueles que mais perto estão de vocês, dêem-lhes amor e carinho que eles merecem.

P.S: Pai, não fiques com ciúmes porque eu também gosto muito de ti e um dia terás uma homenagem só para ti, combinado? 😀

Boas leituras.
Boa semana.