A Poetisa da Morte!

Numa noite fria e escura de inverno, mas de luar resplandecente, olhando pela janela da sala de estar, reparo que se encontra do lado de fora num descampado um vulto. a fixar em mim o seu olhar com uns olhos muito vermelhos e segurando uma enorme foice. Intrigada com a situação, chamei a minha amiga Carla que naquela noite ficou a dormir na minha casa devido ao intenso nevoeiro que se fazia nessa mesma noite, mas surpreendentemente para mim, a minha amiga Carla nada viu do outro lado da janela. Era só e apenas uma imensidão de escuridão, apesar de estar lua cheia.

Apesar de estar ausente por não me sair do pensamento a imagem que observei pela janela, pois, tinha a certeza no que acara de ver. A minha amiga Carla, continuava a contar-me as suas aventuras e desventuras da sua mais recente viagem pela Argentina, à luz da lareira acesa.

O avançar da hora, era evidente, o cansaço mais ainda pela longa viagem de regresso da Argentina. Então, decidiu-se que seria melhor irmos dormir e cada uma de nós dirigiu-se para seu próprio quarto mas, antes de ir olhei uma última vez pela janela e nada vi. Talvez fosse mesmo fruto da minha imaginação momentânea

Acordando sobressaltada, devido a uma pequena sensação de que estava a ser observada. De repente, senti mesmo uma presença no quarto, era o vulto que algumas antes horas me fixava o olhar com os seus olhos muito vermelhos e que segurava uma enorme foice através da janela da sala de estar. Perante esse enorme vulto estava eu novamente mas, desta vez nos pés da cama. Assustada e com uma respiração ofegante, perguntei.

– Quem és? Que, queres de mim?

Pergunta, à qual respondeu com uma voz calma e doce.

– Sou a Poetisa da Morte e, vim abraçar-te!

E assim, aqui neste sombrio túmulo jaz no Jardim dos Mortes Calados, que de forma inesperada vos conta esta assustadora história, real tão real, como todos aqueles que a acabaram de ler.