Portugal e o seu 836º Aniversário!

Este sábado que passou, dia 23 de Maio de 2015, fez 836 anos que Portugal foi oficialmente reconhecido pela Igreja Católica (mais concretamente pelo Papa Alexandre III) com Bula Manifestis Probatum. Estejam descansados que não é o Lopetegui a mandar mensagens ao Jorge Jesus em Latim. Se não tivesse acontecido talvez hoje não fossemos o país das Santas Trindades. “O país das Santas Trindades, Nuno?”, pergunta o caro leitor, e muito bem diga-se. Sim! Vejamos, o Pastel de Belém, a Francesinha ou os Ovos Moles. Porto, Sporting e Benfica. Fátima, Futebol e Fado. Não menos importante o BPI, o BCP e o BES (agora chamam Novo Banco) mas nada de deixar a Santa Trindade. E, a infindável lista continuaria evidentemente. Que ultraje seria! Será desse acontecimento que iremos falar nesta crónica.

Todos sabemos, que reza a lenda que algures em 1125 na Cidade Berço de seu nome Guimarães, D. Afonso Henriques zanga-se com a mãe e começa a reconquista cristã para sul aos mouros. Vindo a designar-se alguns anos mais tarde de Condado Portucalense.

Tudo começou com a assinatura do Tratado de Zamora, quando decorria o dia de 5 de Outubro de 1143. E 5 de Outubro é dia da República, no nosso querido Portugal, nada é por acaso.

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O Tratado de Zamora, foi um Tratado de paz realizado entre D. Afonso Henriques e o Rei Afonso VII de Castela e Leão, a 5 de Outubro de 1143, do qual resultou a paz entre os dois Reinos. A partir desta data, o Rei de Leão e Castela reconhece o Rei e o Reino de Portugal como entidades independentes. Esta data, marca assim, a Independência de Portugal e o inicio da primeira dinastia Afonsina.

A soberania portuguesa reconhecida por Afonso VII de Castela e Leão no Tratado de Zamora, veio a ser confirmada, mais tarde, em 1179 pelo Papa Alexandre III, com a Bula Manifestis Probatum. D. Afonso Henriques perante o Cardeal Guido de Vico compromete-se a tornar-se vassalo da Santa Sé mediante o pagamento anual de quatro onças de ouro. D. Afonso Henriques e os seus descendentes. Portugal deixa de ser um feudo de Leão e Castela para se tornar um feudo da Santa Sé.

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