Portugal (in) Justiça – Percalços da vida

Hoje enquanto pensava no que poderia escrever para a crónica desta semana, nada me vinha à ideia, ou melhor… muita coisa me passava pela cabeça, mas nada de novo que as noticias na televisão e na rádio não dessem conhecimento.
No entanto, e após ler uma pequena história vivida por um senhor, cuja sua profissão é a advocacia, achei que merecíamos um pouco de humor com os casos dos outros (claro que se fosse no meu caso não achava piada nenhuma).


Pois bem, então a “história” que se segue é verídica (pelo menos assim o disse quem escreveu) e resumidamente passarei a contá-la: ia um senhor muito bem arranjadinho, de fato e gravata e sapatinhos muito bem limpinhos, quando assim que se deslocava para o tribunal para realizar um julgamento teve um azar: calcou “cócó” de cão. Ora, como estava a chegar ao tribunal, resolveu ir à casa de banho do mesmo para começar a limpar a “cagada” do sapato que, segundo o senhor, cheirava muito, mas mesmo muito mal. Apesar de tentar limpar o melhor que conseguia, o certo é que o cheiro não desapareceu. Mas tentando parecer despercebido, lá foi para a sala de audiência.
Contudo o cheiro não lhe saia do nariz e aproveitando um pequeno atraso na chegada dos intervenientes, resolveu voltar à casa de banho para mais uma vez ver se conseguia tentar disfarçar o cheiro – MAS NADA RESULTAVA.
Assim, não tendo alternativa e uma vez que a toga era muito comprida, resolveu tirar os sapatos e ir de meias fazer o julgamento, conforme lhe competia, deixando os sapatos numa divisão da casa de banho. O julgamento correu muito bem e ninguém lhe disse nada sobre o seu “calçado”.
“Fixe, ninguém reparou e tudo correu muito bem!”
Pois… o azar é que quando o senhor advogado se deslocou novamente à casa de banho para calçar os sapatos, surgiu um colega que lhe felicitou pela nova moda de calçado – imagino a cara que o senhor advogado deve ter ficado!
Achei a situação cómica e fiquei logo a imaginar o senhor advogado, baixinho (se a toga lhe tapava os pés, não era nada alto), descalço e a sentir um ar fresquinho nos pés enquanto inquiria as testemunhas.
Que vergonha! Eu no caso dele tentava-me meter no primeiro buraquinho que me aparecesse.
Mas depois fiquei triste… não assisti à situação. Que pena! Ver um senhor advogado a fazer um julgamento descalço, deve ser uma “moca”, fartava-me de rir.
Agora quando tiver de ir a tribunal, vou andar a olhar para os pés das pessoas, pode ser que descubra o famoso advogado dos “pés mal cheirosos” .
Por isso, para quem não me conhece agora vai ser fácil descobrir-me: se virem alguém que mal entre num tribunal fique a olhar para os pés das pessoas, sou eu: muito prazer em conhecer-te!!!
Mas só me falta fazer uma pequena questão ao senhor advogado em causa: o “cócó” que calcou seria mesmo de cão? É que pelo cheiro que diz ter tido se calhar era de vaca ou cavalo???
A minha cadela é mesmo bem cheirosa!!!!

SÃO AS (IN) JUSTIÇAS DA VIDA!