Portugueses em 2030 – Maria João Costa

Fui a 2030 durante dois dias (14 e 15) e gostei, come-se bem por lá. Isto de ir a Congressos com pessoas importantes tem outro sabor.

“Presente no Futuro”, ouviram-se previsões sobre os portugueses em 2030, falou-se e debateu-se sobre o futuro. Tivemos americanos, brasileiros e uma atriz imigrante da Bósnia com um sentido de humor invejável. Se eu já sei como é vamos estar daqui a 18 anos?
Uma das poucas conclusões a que todos chegamos foi a que temos que dar mais importância ao presente, ao presente futuro. Ninguém sabe dizer se em 2030 vamos aprender o ABC por cado o USB, como dizia o Vasco Palmeirim; e nem com o futurologista Andrew Zolli conseguimos obter respostas mais concretas do que “O futuro é agora”, mas esse também não era o objetivo. Questionar, pensar, alertar, mudar, esses eram os pilares que moveram centenas de participantes, mais velhos, é certo, porque os jovens preferiram deixar as ideologias de lado, e sair à rua.
Era inevitável não pensar na coincidência, ou não, de estarmos a falar do futuro, enquanto a maior manifestação de sempre avançava de norte a sul de Portugal. Manifestavam-se por não poderem sonhar com o futuro. O Homem não gosta de lidar com a incerteza, e quando o obrigam a fazê-lo pode não correr bem.

Em 2030, espero estar a trabalhar no meu país, a fazer o que me dá prazer, sem ter de deixar para traz quem gosto, e sem medo de sonhar no amanhã português. Não custa tentar.



Crónica de Maria João Costa
Oh não, já é segunda feira outra vez!