Se o leitor, tal como eu, é fã de cinema então certamente que já aconteceu estar no seu dia-a-dia e citar algumas frases clássicas do seu filme preferido. Já aconteceu não já? Aposto que sim! Existem citações e citações, umas que ficam mais na memória que outras. Precisamente por isso é que o American Film Institute elaborou o top 100 das melhores citações do cinema. E é este o tema desta semana.
Primeira nota: este top não é novo, pois já data de 2005, sendo que foram considerados todos os filmes lançados até 1 de Janeiro de 2004. Contudo admito que apenas agora tive conhecimento do mesmo. Este top foi revelado num programa especial em directo de três horas no canal norte-americano CBS. Este programa foi apresentado pelo actor Pierce Brosnan. O júri foi constituído por mil e quinhentos actores, críticos de cinema e também historiadores.
Mas tal como em todas as eleições também esta assentou em critérios bem específicos, nomeadamente: tinha que ser escolhida uma frase ou parte de um diálogo falado em inglês sendo que partes de letras de músicas não eram admitidas; era avaliado o impacto cultural da frase em questão, assim como se é utilizada no decorrer do dia-a-dia ou não; e por fim foram valorizadas citações que os fãs evocam como forma de celebrar e recordar o filme.
Grande parte deste top, principalmente os lugares cimeiros, são certamente inesperados para o público que apenas aprecia os chamados “blockbusters” assim como para os mais novos que não conhecem os chamados “clássicos dos clássicos”. E se não conhecem ainda vão bem a tempo para o fazerem (e em certa medida eu mesmo me incluo neste lote pois desconheço alguns dos clássicos aqui referidos).
O primeiro lugar foi para a frase “Frankly, my dear, I don’t give a damn.” proferida pelo actor Clark Gable no filme “Gone with the Wind” de 1939. Segundo lugar para “I’m going to make him an offer he can’t refuse” de Marlon Brando no mítico filme “The Godfather” de 1972. A fechar este pódio temos “You don’t understand! I coulda had class. I coulda been a contender. I could’ve been somebody, instead of a bum, which is what I am” mais uma vez de Marlon Brando no clássico de 1954 “On the Waterfont”.
Se tentarmos analisar pelo ano de lançamento verificamos que a entrada mais recente foi em 2002 (“My precious” de Andy Serkis em “The Lord of the Rings: The Two Towers”) seguido do clássico dos clássicos, aquela frase que já todos nós proferimos em algum encontro de amigos: “I see dead people” de Haley Joel Osment em “The Sixth Sense” datado do já “distante” ano de 1999.
Alguns grandes concorrentes não ficaram mal colocados: “May de force be with you” (Harrison Ford, em “Star Wars” de 1977) ficou em oitavo lugar; “You talkin’ to me?” (Robert De Niro, em “Taxi Driver” de 1976) ficou num honroso décimo lugar e o mítico “E.T phone home” (Pat Welsh, em “E.T” de 1982) pode ficar orgulhoso do seu décimo quinto lugar.
É, contudo, curioso constatar que gigantescos clássicos como “Carpe diem. Seize the day, boys. Make your lives extraordinary” (de Robin Williams, em “Dead Poets Society” de 1989), “Nobody puts Baby in a corner” (de Patrick Swayze, em “Dirty Dancing” de 1987) ou ainda “I’m the king of the world!” (de Leonardo DiCaprio, em “Titanic” de 1997) estão nas últimas posições: 95º, 98º e 100º respectivamente.
Se ficou curioso em relação ao restante top para ver se algumas das suas citações favoritas estão lá presentes só tem que seguir o link: http://www.afi.com/100years/quotes.aspx
Os verdadeiros fãs de cinema vão querer explorar esta temática, os restantes vão ficar com pena de não serem apreciadores de bom cinema.
Boa semana.
Boas leituras.
Crónica de Bruno Neves
Desnecessariamente Complicado
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Como grande “colado” em cinema tinha mesmo de comentar. Estes gajos andam a dormir… Incluem You had me at “hello.” de Jerry Maguire e deixam de fora “Show me the money” do mesmo filme…
A verdade é que há tantos diálogos e frases épicas em filmes, que é muito difícil compilar as 1000 melhores, quanto mais as 100 melhores.
Uma que eu gosto muito é do filme Independence Day:
“All you need is love. John Lennon. Smart man. Shot in the back, very sad.” Num momento do filme em que realmente tudo o que importa já não existe, e todas as quezílias de um casal podem ser postas de lado desde que haja amor.