Mas qual será?… Mas qual será?… Mas qual será… O nome da criança. Eu sei lá, sei lá. Eu sei lá, sei lá!

Ora viva!
Prontos para mais uma boa dose de humor e piadas mais ou menos razoáveis, onde o importante mesmo é cascar nas criancinhas?! Siiim?! Então vamos lá a isso…
Agora que se aproxima, a passos largos, o dia do nascimento da minha filha, decidi partilhar convosco um momento que foi muito importante na minha vida: a escolha de um nome para a minha bebé!

Escolher o nome para um filho, ou filha, é capaz de ser a decisão mais importante que um pai/mãe alguma vez terá de tomar. Imagine o leitor que, por algum acaso, decide chamar o seu bebé de Ambrosino, Aldegundes ou  Umbelina?! Já pensou no quanto o seu rebento iria sofrer na escola?! Exacto! Seria a chacota de toda a sala…. Mas não julgue que são só estes ditos nomes, “esquisitos”, que provocam um mau-estar na vida social das crianças. Há uma série de nomes, “normais”, que causam inúmeros problemas quando aplicados fora de contexto. Passo a explicar…

«Nota: Existe uma elevada probabilidade dos nomes que irei mencionar, em baixo, serem o nome do seu filho, sobrinho, primo ou namorada. Se por ventura for esse o caso, quero que saiba que lamento imenso… Pelos pobres coitados que irão sofrer as consequências dos actos irreflectidos dos seus pais.»

– Bernardo: Bernardo até que é um nome aceitável. Isto claro se formos ricos e morarmos em Cascais. Ter um filho chamado Bernardo e morar no meio da Zona J, em Chelas, é sinónimo de espancamentos e assaltos diários. É impensável um miúdo do “bairro” chamar-se Bernardo. A única hipótese que um Bernardo tem de sobreviver, neste meio, é aprender algum tipo de arte marcial e transformar-se no Bully lá da zona. Claro que aí ninguém lhe chamará Bernardo. Talvez o tratem por “Bernas” ou “Nardo” ou simplesmente “B”!

– Constança: no que toca a este nome a minha opinião mudou drasticamente. (Porque será??) Se antigamente achava que a Constança era uma menina “bem”, da linha de Sintra, agora sempre que oiço o nome de Constança associo-o a uma pita violenta capaz de arrear em tudo e todos que lhe aparecem pela frente…

– Luana, Bianca, Linda, Geslaine, ou qualquer outro nome “abrasileirado”: não é que ache feio este tipo de nomes. Simplesmente acho-os um pouco intercontinentais. Tal como me parece estranho ver um chinês chamar João ao seu filho, só porque nasceu em Portugal. Também me parece esquisito uma mulher chamar Bianca à sua filha, só porque é o nome da sua personagem favorita na novela das 21h.

– Igor, Vicente, Alberto, Antunes, Adalberto, Engrácia, Emília, e um ou outro nome que tenha estado em voga em 1932: estes são nomes que eu gosto muito. O problema é que são nomes para avós e não para netos. Não quer dizer que daqui a uns anos a minha filha não fosse ficar contente por ostentar um lindo nome geriátrico, mas agora?! É que parece-me um pouco constrangedor, para as amigas da minha mãe, ouvirem-na a dizer que teve a tarde toda a limpar um cocó gigante da Emília ou a dar a papa ao Adalberto sem conseguirem perceber se ela se está a referir aos pais ou aos netos…

– Vânia, Vilma, Natacha, Érika, etc.: este tipo de nomes são espectaculares. Primam pela diferença. O único problema é que há tantas profissionais do sexo com este tipo de nomes que uma pessoa não consegue deixar de pensar: “Bom… chamei Natacha à criança agora a pobre coitada terá de ir trabalhar na indústria para adultos. Não há nada a fazer… Com este nome seguramente não irá para médica, não é verdade?!”

E quem diz estes, diz muitos mais. Ora é porque associamos determinado nome a determinada pessoa, ora porque não gostamos de como o primeiro nome soa junto com o apelido (Ninguém quer ter um filho chamado Amilcar se o apelido de família for Alho, não é verdade?!). Ou então porque temos dificuldade em dizer certas letras ou palavras. Por exemplo: eu tenho uma grande dificuldade em dizer os “l’s”. Agora imaginem lá se a minha filha se chamasse Liliana?! «Ó Uiuiana anda cá ao pai…»; «Uiuiana não faças isso! Não te aviso mais vez nenhuma. Tu larga a borbueta!» Não há condições…

Para terminar quero apenas dizer que a escolha do nome da minha “rebenta” foi deveras pacífica. Agarramos no tabuleiro de Ouija, um copo vazio e deixámo-la escolher. Bom, quer dizer… Inicialmente ela escreveu “AHAH!ESTÃOLIXADOSEUVOUSERTERRÍVEL!” mas depois após muita insistência lá acabou por escrever o nome que queria… Quer saber qual é?! Quer?! Pois… Não será ainda hoje.

“Ai! Ai! Leitor Sofre!” (eheh)