Quem precisa de uma garagem? – Ricardo Espada

Olá, malta catita que vasculha instantemente por «cenas» que fazem rir. Calma, eu não estou a falar de drogas, pá… Está tudo doido, ou quê? Uma pessoa vem aqui na boa fé, com a humilde intenção de escrever uma crónica engraçada que vos faça rir ou, pelo menos, esquecer a actual desgraça de país em que vivemos, e vocês começam logo a distorcer o sentido das coisas. Assim não pode ser… E agora amuei, pronto. Eu também tenho sentimentos, ó! Seus insensíveis…

Pronto, eu admito: a culpa é minha, porque deveria ter começado este texto de uma forma mais amena, que não suscitasse uma reação tão negativa ou exuberante da vossa parte. Só por isso e, mesmo só por essa razão, vou recomeçar este texto porque parece que começamos com o pé esquerdo (Sem qualquer sinal de desrespeito por esquerdinos, hein!). Vamos lá então.

Olá, malta catita que busca por uma boa gargalhada! É este o vosso ópio, não é verdade? O riso, o humor, a gargalhada, é o vosso ópio! Seus patifes… Ah! Porra… Então não é que voltei a falar de drogas? O que é que se passa comigo, pá…? Esperem, deixem-me só fazer aqui uma pequena pausa, para ir tratar da minha plantação de cannabis… Ah, então Ricardo?! Novamente… Isto não está fácil, hoje… Parece que fui possuído por um espírito de um toxicodependente, apre! O melhor é focar-me no tema que decidi trazer até vós hoje, antes que o meu cérebro se desligue em forma de overdose de estupidez… Outra vez, overdose… Será que é uma boa ideia continuar esta crónica? Deixem-me pensar um pouco, enquanto fumo um daqueles cigarros que fazem rir… E é isto, não consigo parar! Eu nem fumo, quanto mais cigarros que fazem rir… Olha que esta, hein… É oficial: fui possuído por um espírito de um toxicodependente…

Bom, mas deixemo-nos de absurdos, e falemos de garagens. Isso, mesmo: garagens. As típicas garagens que alguns prédios possuem para que as pessoas que lá habitam possam guardar o seu carrinho, para dormirem mais descansadinhos à noite – e quem sabe, praticar o amor desenfreado, ao fim ao cabo, possuem a cabeça descansadinha para que tal se proporcione… Ora, mas existem algumas «bestas» que não pensam assim. Não associam o facto de o prédio onde habitam possuir uma garagem para guardar o carro. E, por mais estúpido que pareça, acham por bem estacionar o carro na rua, apropriando-se de lugares de estacionamento para pessoas que não possuem garagens e que tenham de estacionar o seu boguinhas na rua.

Ora, a meu ver, essas pessoas deveriam sofrer na pele esse puro acto de estupidez mental. Se eu mandasse (Eu? Ah! Ah! Nem no meu corpo mando… A prova disso, é o facto de continuar a envelhecer como se não houvesse o amanhã!), essas personagens pagariam bem caro o que andam a fazer! Ai, pagariam, pagariam… Esses meninos, para além de serem multados, deveriam pagar ainda mais de IMI! «Ora, vamos lá a ver… O senhor possui uma habitação que, só por mero acaso, tem direito a um espaço na garagem do prédio para arrumar o carro, e não usa? Ai prefere estacionar na rua? Pois muito bem… então, toca a pagar! São só mais 1000 euros a acrescentar aos 500 que paga de IMI. Como vai pagar? Com dinheiro, cheque ou multibanco? Hum?»

Ou isso, ou eram atropelados por uma manada de touros em fúria! Assim, como quem não quer a coisa… (Mas qual coisa? O que é a coisa? Raismaparta a coisa…)

Bom, tenho de ir que o meu dealer já chegou… Hã? Eu disse dealer? Nada disso… estava só a brincar… e tal… (Raismaparta este espírito toxicodependente…)

Adeus! E até para a semana, malta catita…


RicardoEspadaLogoCrónica de Ricardo Espada
Graças a Dois
Visite o blog do autor: aqui