Ronaldo – o (extra)ordinário!

Ora viva!

Se gostou da crónica da semana passada, onde lhe falei sobre fraca gastronomia e um péssimo restaurante no Barreiro, irá certamente adorar a minha crónica desta semana. Hoje irei falar-lhe sobre um filme de elevada qualidade cinematográfica (pelo menos no que diz respeito a desenhos animados – ordinários).

 

Era domingo à noite e apeteceu-me ver um ‘filme ligeiro’. Um daqueles filmes que não tivesse que pensar muito para acompanhar a história, nem que fosse cheio de lamechices. Agarrei no computador, fui à Internet, e fiz o down… Quer dizer… Fiz o ALUGUER de um filme de animação chamado, Ronaldo o Bárbaro «Ronal Barbarian». Saquei o filme… Quer dizer… ALUGUEI o filme!! E comecei a ver aquele que viria a ser o meu filme de animação – para adultos – favorito.

«Atenção, quando digo – para adultos – não é porque envolva senhoras a ser sodomizadas por demónios, polvos, ou outros monstros como acontece no Hentai. É tão-somente porque tem algumas piadolas e outras situações demasiado explícitas para ser visualizado junto de crianças.»

(Ora então, deixem-me lá tentar fazer um resumo do filme sem estragar muito a coisa…)

Ronaldo, é um camponês franzino que bebe o sangue de “Crom” – um super-herói, que morre logo no início do filme. Ele e os seus companheiros, após beberem o sangue do super-herói, transformam-se também eles em super-heróis. Ou, neste caso, super-bárbaros.

«Como pode ver a coisa começa logo bem: 2 minutos de filme e já morreu alguém, esvaiu-se em sangue, e uma centena de tipos beberam o sangue dele como se fossem uns mini-vampiros…»

De seguida todos eles ficam grandes e fortes (e as senhoras extremamente turbinadas). Bom… Todos eles talvez não. O pobre Ronaldo apenas teve direito a uma pinga do sangue de Crom e, por isso, continua tão franzino como antes. A única coisa que se torna um pouco mais proeminente no nosso herói (e mesmo assim pouco) é a sua genitália.

Ronaldo é um pobre coitado, Ele sempre foi o motivo de chacota da sua tribo. Ele é constantemente gozado, abusado, achincalhado e mais uma ou outra coisa terminada em ‘ado’ (Só para ter uma ideia em certa parte do filme, é até violado). Até que, numa fatídica noite, aparecem uns tipos maus que atacam a sua aldeia raptam os seus irmãos’. Ele consegue escapar devido a um ‘infeliz’ acaso e a partir daí desenrola-se a acção do costume, onde o valente e franzino bárbaro, irá tentar salvar os seus irmãos das garras do mal.

 

 

Nesta demanda ele conta com a ajuda de um ‘trovador metaleiro’, um elfo metrosexual e uma guerreira boazona. Guerreira essa que anseia pelo dia que um homem lhe dê um valente enxerto de porrada. Isto para que depois ela se possa casar com ele, claro! (E aqui temos o perfeito exemplo, para todas as raparigas, de como o amor deveria ser. Se descobrires um homem capaz de te partir o focinho, tu casa-te com ele e jura-lhe obediência eterna…)

Bom… Confesso que isto contado assim não parece ser lá grande coisa. Mas juro-lhe que é do melhor que há. Não fossem estes desenhos animados dotados de um vocabulário próprio de um tipo do Norte e as cenas dignas de de um película para adultos…

«Testículos a voar, seios a saltar, rabos com celulite (eu isso não vi, foi a minha mulher que reparou… Pff, gajas!), simulações de sexo, asneiras como: Merda, Fodasse, Caralho e um valente, Filho da Puta! Tudo o que se pode pedir num bom filme de animação.»

No fim tudo acaba bem e até o Ronaldo parece curado da sua doença: a Osteopunhose – que, como ele diz, é a dor provocada pela punheta!

 

Uma salva de palmas para os  dinamarqueses, Thorbjørn Christoffersen, Kresten Vestbjerg Andersen e Philip Einstein Lipsk. E para os portugueses que tornaram esta dobragem tão maravilhosa de se ouvir: César Mourão, Raquel Henriques, Marco Delgado, José Nobre, Quimbé, entre outros.

Obrigado e bons filmes!

(Nota: Qualquer semelhança entre este filme e a Casa dos Segredos é pura coincidência.)