Disneyland Paris

Seja bem-vindo ao encantado mundo da Disney!

Ora viva! Quero desde já pedir-lhe desculpa por não ter escrito a minha crónica a semana passada mas estava num local onde os computadores não são, ou pelo menos não deviam ser, permitidos! E os telemóveis deviam servir apenas para se tirar fotografias e/ou fazer vídeos: estava no encantado mundo da Disney!

Quer dizer, em boa verdade eu até estava em Paris (visto que apenas passei apenas um dia na Disney) mas disse a toda a gente que estive só na Eurodisney, que era para não acharem que sou pedante, ou armado em bom. É porque no dia em que cheguei a casa, fui visitar a minha tia e disse-lhe que tinha estado em Paris. Conclusão: ela fartou-se de dizer que eu devia estar rico, que isto não estava bom para se viajar, que se não sabia o que fazer ao dinheiro bem que lhe podia dar algum, e mais outros dois ou três impropérios… Depois, no dia seguinte, disse-lhe apenas que tinha ido à Eurodisney… Ficou toda nostálgica, começou a relembrar-se de quando lá tinha ido… “Foi um 1965. Estava um dia frio… Parei lá no caminho entre Fátima e Montemor-o-Novo. Adorei! O pior era o cheiro a estrume… Devia ser por causa dos ratos” – disse-me ela. Ai, ai, pobre tia… O Alzheimer deu conta de ti. Mas ao menos já te esqueces-te que fui a Paris!

Mas ‘Alzheimeres’ à parte, posso-lhe dizer que estes dias foram dos melhores da minha vida. A magia da Disney aliada à envolvência da cidade do amor fizeram-me perder o fôlego para aí umas três vezes… Duas à saída da montanha russa e uma numa noite fria em Paris. (Mas isso agora também não interessa nada.) A adrenalina, os suores frios, o coração a bater mais rápido que o normal, a respiração acelerada, o inchaço nas calças… (Ah! Esperem… Esta última parte também foi só na noite fria em Paris, não na Disney… Esqueçam lá isso, ok?) Posso-vos garantir que apesar de sempre ter tido vontade de lá ir nunca pensei que fosse gostar tanto. Adorei os divertimentos para adultos (não seja ordinário, ok?), os carroceis das crianças, os fatos, as máscaras, os cenários, até a ida a uma loja de souvenirs era fantástica. Tudo era diferente, tudo era incrível, tudo era mágico. Até os preços! Por mais que se olhasse não conseguíamos acreditar naqueles números… Só para verem o quão mágicos eram os preços, cada vez que a minha mulher agarrava em qualquer coisa, para comprar, eu desaparecia com a carteira. Parecia o Houdini dos preços altos!

Foi na Disney que voei em direcção aos céus, que conheci o rato Mickey, que lutei contra o capitão gancho, que cumprimentei os 7 anões, que beijei a Bela Adormecida… (estou a brincar amor, eu não beijei ninguém… Ela continua a dormir, ok?) Que me mascarei de pirata das caraíbas, de Chapeleiro Louco, de Mickey, de Pateta, de BUZZ, de Branca de Neve. Ups, quer dizer… De branca de neve foi a minha mulher, não eu… Eu mascarei-me apenas de príncipe, e de pirata, e dessas coisas todas másculas! Nunca de branca de neve! Ok?
E é por a Eurodisney ser um lugar tão incrível que aconselho a toda a gente a lá ir. A envolvência daquele ambiente é qualquer coisa de fantástica. A magia entre a criança que vive dentro de nós, e o adulto que se recusa a crescer, interligados em perfeita harmonia, fazem daquele lugar um sítio único! No entanto, se por ventura o leitor é um tipo que gosta de actividades menos radicais e mais ao estilo do Moulin Rouge, posso-lhe dizer que existe um lugarzinho fantástico no labirinto da Alice… Algures entre a casa do Chapeleiro Louco e a toca do coelho, vai encontrar um cantinho encoberto pelo fumo da Lagarta Azul que é um espectáculo. O pior mesmo é se aparecerem os gémeos TweedleDee e TweedleDum prontos a opinar sobre a sua performance sexual. Ou então se o gato Cheshire decidir aparecer na hora H e começar a rir-se do seu brinquedo favorito…
Mas não se preocupe, não é nada pessoal, ele é mesmo assim: brincalhão!