Sejam bichas à vontade, não se ponham é à minha frente!

Viva! Ou pelo menos assim espero, é que escrever para mortos é um tanto ou quanto aborrecido. Diz que os defuntos são um bocado preguiçosos para a leitura. Para além de terem pouco sentido de humor (deve ser por causa daquela história da decomposição, parecendo que não ainda é coisa para aleijar). Mas esqueçamos os mortos e falemos de coisas mais “alegres”… Falemos de “bichas”! Você gosta de bichas?! Eu detesto-as! Não me julguem, não é por mal… É mesmo uma questão de falta de paciência para elas! Eu sei que cada um sabe de si e Deus sabe de todos, mas só de pensar em apanhar uma bicha no meu caminho, até se me arrepiam os pêlos…das costas. Por isso, sempre que possível, faço de tudo para as evitar. O problema é mesmo quando não consigo. E é sobre isso mesmo que lhe irei falar hoje.

O leitor não sabe mas eu vou fazer o favor de lhe contar (que mais não seja só para lhe fazer inveja): eu estou de férias! E como sou um tipo que adora andar no “laréu” nas férias aprovei para dar um “pulinho” até Cuba. – Um pulinho é como quem diz, claro! Eu diria antes, um PULÃO! É porque para além do raio do país ser longe como tudo ainda é complicado como o catano para se chegar lá. – Passei por 24 horas e 35 minutos de vôos, 1 dor de cabeça, 4 bichas e 1 dor de barriga, de todo o tamanho, que me fez andar a “pintar de pistola” a sanita do avião. E tudo isto só na ida, visto que o regresso foi igual (ou pior). Para que possa imaginar o tormento que eu passei vou fazer o favor de partilhar consigo a minha história. Imagine um género de “Viagens de Gulliver” só neste caso serão as “Viagens de Gilberto”!

Partida de Lisboa, uma bicha enorme logo na zona do check-in. Chegada a Madrid, mais quatro bichas na recolha das malas. Mudança de terminal, outra bicha no controlo e depois do controlo a maior bicha que já vi em toda a minha vida para entrar no avião. Quando finalmente consigo fintar a bicha e entrar no avião, apanho-a novamente lá dentro no W.C. “IRRA… Xiça penico!!” Ainda eu não estava em Havana e já o meu corpinho tinha passado por mais bichas que os Village People.

«Atenção, só para não haver confusões nem mal entendidos, eu quando digo “bichas” refiro-me a filas! Aquele aglomerado de pessoas, umas atrás das outras, em fila indiana – e não a pessoas extremamente alegres, com elevado gosto por roupa colorida, que têm preferências sexuais um pouco diferentes das minhas, ok?! É verdade que também não sou lá muito fã das outras (daquelas mais coloridas) mas desde que não venham para o meu lado tudo bem. Hum… Agora, pensando bem, a minha opinião sobre os dois tipos de bichas é mais ao menos a mesma: sejam bichas à vontade deixem-me é estar “sogadito”, ok?!»

Mas continuando, chegado a Havana, bicha para o controlo alfandegário. Depois, bicha para apanhar as malas e ainda bicha para entrar no autocarro. Finalmente quando cheguei ao hotel pensei para comigo: “Boa Gil, estás safo das bichas!” – Mentira! Ainda eu não tinha acabado de pensar já estava a levar com outra bicha no check-in (aliás, até levei com 2 bichas no check-in. Aquela onde estive parado até ser atendido e a que me atendeu depois).”Uma “bichce” pegada”. Vejam lá que  até para o W.C. do quarto apanhei bicha (a minha mulher adiantou-se a mim e tive de esperar…) Porquê meu Deus! Porquê?! Porque criaste tu as bichas?! (Atenção, continuo a falar das bichas-filas e não das bichas-larilas é favor não confundir. Até porque a criação das bichas-larilas até foi uma coisa jeitosa que Deus fez. Ora vejamos: diz que existem 6 mulheres para cada homem, se 2 bichas se enrolarem uma com a outra são 12 mulheres que ficam sobram, agora imaginem esta conta multiplicada pela quantidade de casais gays que existem? Nada mau, não é?! (Sim, eu sei que sou casado… Mas não custa saber os números….)

E pronto, por hoje fico-me por aqui até porque estou deprimido demais para fazer “piadolas”… Não é nada fácil estar de molho com 30º, na praia, num dia e 24h depois apanhar uma molha, com 10º na rua! IRRA! Sabem o que vos digo?! Não há bicha que aguente! Xiça penico!

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Crónica de Gil Oliveira
Graças a Dois
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