Olá, suas almas insaciáveis por uma boa dose de risada da boa. Daquelas que provocam terríveis dores nos maxilares. Daquelas que provocam dores nos abdominais. Daquelas que fazem faltar o ar, por não se conseguir parar de rir. Pensando bem, há suicidas que podiam praticar o seu acto de suicídio, optando por rir às gargalhadas até ficarem sem ar, em vez de se atirarem de uma ponte. Seria muito mais engraçado eles chegarem às portas do céu, e São Pedro perguntar-lhes:
– Seja bem vindo a este espaço de amor, paz e muita alegria interior. Diz-me, meu caro amigo, como foi que partiste do mundo?
– Suicidei-me…
– O quê?! Mas… Bom, qual foi a forma de suicídio que usaste?
– Ri-me às gargalhadas até que fiquei sem ar…
– Hum… Suicídio por riso… Esperai, meu caro amigo… Irei consultar o manual de acesso ao reino de Deus, e saber se suicídio por riso permite a entrada… Esperai… Ora, letra ésse de super… Ah, cá está! Sim, suicídio por gargalhadas é permitido. Faça o favor de entrar, caro amigo…
– Mas, como? O portão está fechado…
– Oh, que estupidez a minha. Esqueci-me de carregar no botão do comando… Pronto, já está… Podeis entrar… Ide… Ide…
– Obrigadinho… ó barbichas…
Peço desculpa por este pequeno momento de pura e desnecessária estupidez. Mas é algo mais forte do que eu, que não consigo controlar, e que me obriga a partilhar com o mundo – mas, simplesmente inútil…
Vamos lá ao que interessa! Vamos lá ao tema que vos trago hoje. Parece que estou a ganhar um certo trauma a Centros Comerciais. Porque, caso não saibam, existem inúmeros casos absurdos a acontecer nesses absolutos antros de pura ignorância, estupidez e de exagerado consumismo descontrolado – os Centros Comerciais. Na semana passada, partilhei uma experiência pessoal que se desenrolou numa casa-de-banho pública de um Centro Comercial, agora, vou partilhar algo que presenciei na zona de restauração do mesmo Centro Comercial. E o que será? É algo que está explicado no parágrafo seguinte. Deslocai-vos até lá, ó fáchavôr…
Descobri que existem verdadeiras «Divas», a habitar na zona de restauração dos Centros Comerciais. Estou a referir-me – mais propriamente – àquelas pessoas que lá vão almoçar, ou jantar. Depois de escolherem o local onde vão buscar a sua refeição, dirigem-se em direcção a uma mesa para poderem, acomodadamente, a ingerir. Até aqui tudo catita – eu próprio o faço, e penso que é um acto natural para qualquer ser humano (Que já tenha evoluído para Homo Sapiens Sapiens…). Mas a «Síndrome de Diva» chega no final da refeição. É nesta última fase da refeição que tudo se revela… O que pareciam serem pessoas bastante básicas e simples, assim que terminam a sua refeição, parece que se transformam em pessoas com o «nariz empinado» – orgulhosos, e julgando-se superiores a tudo e a todos. Parece que, algum ingrediente presente na refeição que acabaram de ingerir, fez despontar nos seus cérebros, uma ideia de superioridade absurda. Refiro-me ao facto de, estas autênticas «divas», não levantarem o seu tabuleiro da mesa. Simplesmente, levantam-se da mesa e seguem a sua vida, com o nariz empinado. E, meus amigos, isto acontece mesmo quando existe um carrinho especifico para as pessoas colocarem os respectivos tabuleiros. E, por vezes, esse mesmo carrinho encontra-se mesmo, mesmo, mesmo – e mesmo, PORRA! – ao lado da mesa onde estão sentadas… Isto são «Divas», meus amigos. São pessoas que, infelizmente, vingam-se nas empregadas de restauração para se sentirem importantes. Como quem diz: «Ah, e tal… Eu paguei, comi, sujei a mesa e o tabuleiro todo, mas a minha empregada vem e limpa isto tudo! Sim, sou uma «Diva Javardona»… Mas foi para isso mesmo que eu paguei! Para ter uma empregada a limpar a minha porcaria…».
Isto é o mais próximo que essas «Divas» têm de uma empregada doméstica. Como não o têm em casa, usam as empregadas de restauração para se vingarem. Possuo uma novidade para vocês («Divas»): elas não são vossas empregadas pessoais, pá! Ganhem lá juízinho, e coloquem o raça do tabuleiro no respectivo carrinho destinado a esse mesmo propósito. Não custa nada, e vocês podem seguir na mesma a vossa viagem com o nariz empinado. Suas «Divas»…
Pff… «Divas» d´um raio…
Grr… Raiosmaparta as «Divas»…
Ena, que revolta interior… Vou mas é tomar os comprimidos…
Até para a semana, malta catita…
Crónica de Ricardo Espada
Graças a Dois
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São essas mesmas divas que entram nos estabelecimentos comerciais e quando nós sorrimos e lhes dirigimos o nosso simpático e aberto “bom dia” ou “boa tarde” nem olham para nós… E quando perguntamos se a ideia é mudar de visual, nem respondem… Mas forçam as portas das vitrines para tirar as peças e desarrumam a loja toda e atiram com as peças para cima dos balcões…. E, espante-se, damos com elas dias depois a trabalhar numa confeitaria vizinha!
Primeiro que tudo, obrigado pelo comentário à crónica, Ana Isabel.
Sim, e facto, essas “divas” dos centros comerciais estão espalhadas por este país que nem uma praga de gafanhotos. São pessoas que não enxergam (nem mesmo em frente a uma vitrine de uma loja – que costuma servir de espelho) a figura ridícula que estão a fazer… Mas, enfim… Elas estão para durar, infelizmente… 🙂