Sol – Meu Bem E Meu Mal

O Sol é aquele amigo que nos entra pela casa sem precisar de pedir licença, e do qual sentimos saudades quando ele não aparece. Caros leitores, nesta crónica vamos construir uma lista de prós e contras da exposição solar.

A verdade é que tem tanto de bom como de mau, sabe? Não se esconda dele, mas também não abuse, é tudo uma questão de equilíbrio. Eu adoro o sol, das primeiras coisas que faço ao acordar é subir os estores para o deixar entrar, o pior é quando é tão cedo que ele ainda nem nasceu (também lhe acontece não é?). Sou daquelas pessoas que admite mesmo sentir que as estações do ano e o estado do tempo afetam o humor. Pode ser psicológico, mas sem dúvida sou muito mais feliz em dias de sol e calor, já que no inverno tenho de aguentar à bomboca com mãos e nariz sempre frios. E o leitor, gosta de sol? Sim? Não? Será que no final desta crónica vou fazê-lo mudar de opinião? Pelo menos, que no fim destas linhas se sinta mais informado.

Sol
“É importante que escolha o protetor solar indicado ao seu tipo de pele, se necessário recorra a um dermatologista que o irá ajudar!”

Já que vamos falar de sol, tomei a liberdade de lhe apresentar os irmãos UVB e UVA, que são os principais atores nos efeitos da exposição solar. Os raios UVB, estimulam o bronzeado da pele e podem causar queimaduras solares se não tivermos cuidado e não nos protegermos devidamente. Os UVA, apesar de indolores, penetram na pele de forma mais profunda, aceleram o envelhecimento cutâneo e podem provocar intolerâncias solares, normalmente designadas por alergias solares e problemas de pigmentação.

Alergia ao sol? Sim, existe mesmo, eu já passei por isso um verão, mas felizmente foi apenas nesse ano, no entanto não significa que não volte a ter, provavelmente o meu sistema imunitário estava mais frágil naquela altura e reativo aos raios UV. Como se manifesta? Na maioria dos casos, há partes do corpo onde surgem manchas vermelhas que causam alguma comichão. Há pessoas que o têm todos os anos, mas calma, pode descansar porque isso não significa que não possam ir à praia, ou apanhar sol, existem formas de prevenir, existem tratamentos, por exemplo através de cápsulas, que se podem fazer antes do verão. Nestes casos um dos conselhos é aumentar a ingestão de alimentos ricos em betacaroteno, como cenoura, abóbora, manga ou papaia, ou tomar suplementos à base da vitamina presente neste conjunto, que funciona como protetor natural da pele, em especial se for associada ao selénio e vitaminas E e C.

Deixemos agora de lado as alergias, preciso de lhe dizer o que pode acontecer se estiver demasiado tempo exposto ao sol, prefiro começar pelas coisas más.

Sol
“Não vá em cantigas de tatuagens feitas com escaldões como já vi por esta internet fora, há modas que não deve de todo seguir, há brincadeiras que lhe podem sair muito caras à saúde (…).”

Queimaduras solares, quem já não as teve? Passou um dia fora de casa, não contava estar tanto tempo ao sol, não colocou protetor solar, ups. É o mais frequente, porque a maioria de nós só coloca protetor solar quando vai à praia, certo? Mas está errado, devemos ter o hábito de o aplicar antes de sair de casa mesmo que seja apenas um dia de passeio. Posso contar-lhe que no mês passado, fui até à Feira do Livro, o que se traduziu em largas horas a caminhar ao sol, e se ele estava forte… Nessa manhã, tinha intenções de colocar protetor antes de sair, mas acabei por me esquecer. Ora, branca como sou (sim, sou daquelas pessoas a quem atribuem o título de copo de leite), o resultado foi um escaldão nos ombros e num dos braços. Caro leitor, vamos lá ver se nos entendemos, o tom de pele vermelho-escaldão ou lagosta, não é de todo bonito de se ver.  Não vá em cantigas de tatuagens feitas com escaldões como já vi por esta internet fora, há modas que não deve de todo seguir, há brincadeiras que lhe podem sair muito caras à saúde, proteja-se e oiça o conselho dos D.A.M.A. no tema “Joni (Lagostim)”, a canção oficial do movimento “Juntos Por Um Sol Saudável”.

Para além das queimaduras solares, a elevada exposição ao sol pode, a longo prazo, traduzir-se em cancro da pele, desidratação e aceleração do envelhecimento cutâneo (já referido anteriormente), que se traduz no aparecimento de manchas, rugas profundas, perda de densidade e elasticidade da pele.

E as coisas boas? Se o fizermos de forma consciente e responsável, a exposição solar é muito benéfica. Aumenta a produção de vitamina D na pele, o que ajuda a fortalecer os ossos e articulações; reduz o risco de depressão, porque o nosso cérebro vai produzir mais serotonina (uma substância antidepressiva natural), e aí se explica porque algumas pessoas se dizem sentir mais bem-dispostas em dias de sol.

O segredo está no equilíbrio e em saber tirar partido dos benefícios sempre com responsabilidade. É importante que escolha o protetor solar indicado ao seu tipo de pele, se necessário recorra a um dermatologista que o irá ajudar. Se for à praia não se esqueça de levar água, para evitar a desidratação, o chapéu-de-sol e evitar as horas em que os raios UV estão mais fortes, normalmente entre as 12h e as 16h.

Aproveite o verão e recarregue as energias!
Voltamos a encontra-nos em breve por entre linhas e sorrisos,
Margarida Gaspar