Solstício de Primavera

Bem sei quem sou,

Todas as frases o vento leva

Mas nada mais tenho,

Que estas palavras

Para ti num qualquer papel amolgado,

Escritas de forma a descrever tudo

O que sinto, esperando que me queiras entender,

Mas não digas a ninguém

Porque só para ti existem,

Não quero outro alguém,

O meu mundo ao teu se converte,

A tua voz no silêncio

Deixa-me embriagado,

Não ofendas os Astros,

Não há conspiração

Alguma no universo para te magoar,

Por isso pára de chorar

E, vem sorrir e eu escrevo para ti

Só para te ver feliz,

O tempo passa como no leito do Rio Lis,

No horizonte surges divina

E, peço-te cura-me,

Porque me olhas assim,

Hoje apenas necessito de um sim.

Poema de Nuno Vicente