Tanto zum, zum, zum, por assunto nenhum! – Gil Oliveira

Ora viva! Antes que o leitor comece já a insultar-me, dizendo que o título está mal. Que na realidade o que se costuma dizer é: “tanto zum, zum, zum por coisa alguma”, ou “tanto zum, zum, zum, por nada”, quero que saiba que o título foi escrito assim só para rimar. É porque eu gosto muito de rimas e para além disso, estamos em época natalícia. Já para não falar que as coisas quando rimam soam sempre melhor. A maior prova disso, é que nos passatempos, quando temos que fazer frases, a malta tenta sempre fazer rimas. É quase como se fosse obrigatório… Mesmo que às vezes tenhamos que arranjar rimas para palavras como concupiscente, fluctissonante, zaragalhada ou outras ainda mais estranhas que estas…
(Qual é o passatempo que pede para usar tais palavras? Não sei! Mas mesmo que soubesse, também não lhe dizia. Até porque já tenho 2 ou 3 rimas boas, para cada uma delas, e nunca se sabe o dia de amanhã.)

Eu considero-me um género de poeta dos tempos modernos. Um trovador do século XXI… É certo que escrevo em forma de quadras (tal como quando tinha 5 anos) mas tento sempre colocar nas minhas quadras, temas modernos, actuais, irreverentes… Só para vos ajudar a perceber o que quero dizer com isto irei escrever um poema ligado à minha crónica da semana passada, e ao zum, zum, zum desnecessário que ela deu origem:

Abram bem esses couratos,
Para o ouvirem o que vos vou dizer,
Ah! Raios, com mil macacos,
Eu estou aqui é para escrever…

Pois então abram os olhos,
E leiam bem com atenção,
Porque rimas destas não há aos molhos,
Só há uma num milhão!

Esta semana pensei em escrever,
Sobre andropausa e coito interrompido,
Mas comecei logo a tremer,
Mal me lembrei do ginecologista enraivecido…

Com temas assim tão delicados,
É melhor eu nem brincar,
Não vão aparecer dois ou três chanfrados
Logo prontos para me crucificar.

Sei que havia muita expectativa,
sobre o meu tema desta semana,
Vai daí a minha tentativa,
De assim extinguir a chama.

Com o fogo não se brinca,
Já dizia a minha mãe:
“Vê lá se queres apanhar uma quinca,
que vais daqui até Belém!”

Sendo assim fico quietinho,
Até porque não sou de me meter em confusões
Prefiro ficar no meu cantinho,
Do que me “armar ao cucos” com mauzões!

E pronto, esta semana fico por aqui. Digamos que foi assim… a modos que… um tanto ou quanto… diferente (para não dizer parvo). Para a próxima semana trarei novamente os meus textos longos e aborrecidos, cheios sentido de humor negro, para conseguir fazer rir todos aqueles que não gostam de poesia. Inclusive os que se foram embora mal leram a primeira quadra.

Um muito obrigado e até para a semana.

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Crónica de Gil Oliveira
Graças a Dois
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