Tatuar os olhos? Deus “ma” livre! – Raquel Santos

Não sei o que passa na cabeça de certas pessoas. Às vezes, gostava de ser uma mosca e espreitar a mente dessas pessoas e saber o que lá está a pairar.

Ideias parvas! Ideias estúpidas! Ideias incompreensíveis! Ideias e mais ideias estranhas que para passar a ação são dois tempos.

Num programa desta semana, um senhor que escolhe o corpo para fazer pequenas obras de arte, deslumbrou-se a pintar/ tatuar os seus próprios olhos. Quando vi isto, senti um arrepio na espinha e fiquei boquiaberta. “Como é que alguém tatua os olhos? Não foram por cima nem por baixo dos olhos, foi mesmo dentro do olho.”

Excelentes obras de arte são desenhadas no corpo, mas quando chega ao exagero, transcende o real. “Existe muitos locais onde podem tatuar, mas nos olhos?”- pensei eu, incomodada com o assunto.

As tatuagens são passadas como marcas de marginalidade, no entanto, não é bem assim. As pessoas não se afirmam com um caracter melhor ou pior se tiverem ou não tatuagens. Eu não gosto, detesto! Desenhar é no papel, nas telas. O corpo não é uma tela, pelo menos para mim.

Tatuam nomes de antigos namorados, de pessoas importantes e depois querem eliminá-los do corpo e não é fácil. Arrancá-las do coração também não o é, contudo a marca é mais simples de ocultar ou simplesmente apagar.

Respeito aqueles que se tatuam. Não me peçam para tatuar, nem que fosse o nome da pessoa mais importante para mim, porque eu não preciso de anunciar aos outros, basta eu saber o que ela significa para mim de verdade!

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